O sabor que veio do sul: Em tempos de liberdade restrita, beba Freedom

#DiárioDaQuarentena #Covid-19

Liberdade é um desejo hipodérmico do ser humano e também um direito garantido por lei no Brasil. Infelizmente, nas últimas semanas, a nossa liberdade tem sofrido restrições por conta da pandemia da COVID-19. Para amenizar um pouco meu isolamento social, resolvi escrever sobre uma das minhas cervejas preferidas e que traz “liberdade” no nome: Freedom, que significa liberdade em inglês.

A Freedom é uma American India Pale Ale produzida pela cervejaria gaúcha Vintage Craft Beer, situada em Porto Alegre – RS.  Por outro lado, o nome da cerveja faz uma referência ao rock. “Aqui na empresa só toca rock and roll; e dos mais antigos, como Creedence, Johnny Cash e o maior guitarrista de todos os tempos: Jimi Hendrix. No caso da nossa cerveja, Freedom é uma homenagem à música que Jimi Hendrix escreveu e gravou poucos meses antes de morrer”, explicou Eduardo, cervejeiro da Vintage.

Growler com Freedom, American IPA da Vintage Craft Beer.

Esta cerveja chama atenção por diversos aspectos. Primeiro, pela facilidade com pode ser encontrada em Salvador; segundo, pelo seu preço, bem em conta em comparação à outras cervejas que veem de longe. Por exemplo, a lata de 473ml custa entre 25-28 reais nas lojas online Cerveja Salvador e Vitrine da Cerveja, que também vende o litro do chope Freedom por 45 reais. (Nota: não custa lembrar que ambos os estabelecimentos estão operando com delivery de cerveja e chopp nestes dias de quarentena!). “É a cerveja mais vendida da loja. Posso te dizer que é nossa torneira fixa”, disse o diretor comercial da Vitrine da Cerveja, Claiton Santos, lembrando que, certa vez ,a Freedom foi embarrilada na terça-feira, em Porto Alegre, e no sábado as/os clientes já estavam provando a cerveja, na loja, em Salvador. “Ficamos muitos felizes em saber que a cerva tem boa aceitação aí em Salvador. O fato do chope chegar sempre fresco é também mérito da loja, pois sempre que um lote está ficando pronto ela já compra em boa quantidade”, disse Eduardo. Já diretor comercial da loja Cerveja Salvador, Alex Pires, destacou a presteza no atendimento do pessoal da cervejaria Vintage. “Eles foram muito atenciosos com a gente e entregaram o pedido com agilidade considerável. A Vintage foi destaque do nosso Clube, em março, com a Freedom integrando a seleção de rótulos do mês passado”, destacou Alex.

Lata com Freedom da Vintage Craft Beer

O terceiro aspecto que a Freedom se destaca , claro, reside na qualidade da cerveja. A prova foi feita de duas formas: primeiro degustamos a cerveja na lata para, em seguida, partir para o chope servido em growler. Em linhas gerais, a Freedom entrega aquilo que se espera de uma boa American IPA: aroma floral, bem lupulada, amarga e seca. A cerveja em lata, além do aroma floral, apresentou também notas cítricas, que não ficaram tão perceptíveis no chope. “Após o envase, as nossas latas ficam armazenadas na câmara fria até a hora do envio para o cliente, visando garantir maior frescor. Isto pode ter ocorrido porque aumentamos um pouco mais a carbonatação da cerva antes do envase, o que pode resultar em uma percepção mais ácida ou cítrica da bebida”, revelou Eduardo.

Além do aroma floral e cítrico, nas duas situações a Freedom apresentou coloração de cobre e um visual bem límpido. Na boca, uma sensação macia, corpo médio, além do amargor intenso (IBU 62) e equilibrado, combinado ao final seco característico do estilo American IPA. Teor alcoólico moderado (6,2% ABV) e, no retrogosto, além de permanecer o tradicional amargor proporcionado pelos lúpulos americanos, pode-se perceber também algumas notas florais. “Utilizamos os lúpulos Comumbus, Citra, Cascade e El Dorado. A técnica que seguimos foi a late hopping, adição tardia, isto é, toda a lupulagem foi feita nos 30 minutos finais da fervura – 30min , 20 min, 10 min , 5 min”, finalizou Eduardo.

DIÁRIO DA QUARENTENA: DEGUSTAÇÃO DE CERVEJAS COM KVEIK

Nestes dias de quarenta, o Blog Lupulado irá publicar uma série de resenhas sobre as cervejas que degustamos durante o período de confinamento. A primeira matéria aborda rótulos que utilizam a levedura Kveik. O número de marcas no Brasil, que optaram por usar este insumo, cresceu vertiginosamente nos últimos dois anos.

 

Desafio lançado na quarentena: Sequencia de cervejas com levedura Kveik

Historicamente, Kveik é uma das muitas terminologias adotadas da Noruega para se referir às leveduras, dentre elas as cultivadas em  pequenas fazendas onde cervejas são produzidas de forma artesanal, as chamadas Norwegian Farmhouse Brewery. Com o passar dos anos, Kveik passou a ser o nome usado para designar as leveduras provenientes dessas fazendas, carregando em si traços culturais heterogêneos e relacionados às comunidades.  A heterogeneidade pode ser percebida considerando que a Kveik possui diversas linhagens, normalmente conectadas pelo nome à família ou fazenda que a produziu; é o caso da “Voss Kveik”, usada na produção da Nibelungo, rótulo da cervejaria Motim que já foi tópico aqui no Blog Lupulado. .A sua relação cultural com as comunidades emerge deste aspecto, pois a Kveik é um produto de agricultura familiar e os segredos de cultivo, armazenamento e uso eram passados de geração para geração. Existem registros datados de 1621 documentando que, na Noruega, a Kveik era armazenada em anéis de madeira, chamados Kveikstokkers, capazes de conservar a levedura por até um ano.

Outro fator cultural importante na Noruega e alguns países vizinhos (exceto a Dinamarca), que estimula a produção caseira  e familiar de cerveja, é o rigor no comércio de bebidas no país. Nos supermercados e cervejarias, só é permitido venda de rótulos com até 4,6% de ABV; caso a pessoa deseje uma cerveja mais forte, deve comprar nas taprooms ou nas lojas do governo chamadas Vinmonopolet, onde a política de vendas é extremamente rigorosa e controlada. Desta forma, as cervejarias norueguesas costumam vender também insumos para produção de cerveja, além produtos temáticos; portanto é comum encontrar clientes nesses locais em busca de lúpulos, maltes, leveduras etc.

Sede da cervejaria Lervig em Stavanger, Noruega.

Atualmente, a Kveik pode ser encontrada tranquilamente no Brasil. O cervejeiro da Motim, Salo Maldonado, disse anteriormente em entrevista ao Blog Lupulado que “hoje em dia é fácil adquirir nas lojas de insumos e fornecedores. Os dois maiores fornecedores de leveduras líquidas estão com pelo menos uma linhagem de Kveik em produção”. Para o gerente de vendas da Bahia Malte, Alan Reis, “a oferta das Kveik no Brasil tem melhorado bastante nos dias atuais; na Bahia Malte trabalhamos com duas cepas, a Hornidal e a Voss, que estão sempre disponíveis por aqui na loja”.

Degustando Staerk Bayer, um dark lager com 9,5% de ABV e 32 IBU na Taproom da Cervejaria Mack Bryggeri em Tromsø, Noruega.

“As Kveik representam certa facilidade para os cervejeiros, porque não precisam de um controle tão especifico de temperatura, o que  permite diversificar os ambientes de fermentação. Por exemplo, a sala da sua casa pode se tornar um ambiente de fermentação, já que o range de temperatura dela é mais alto… o tempo de atenuação desta levedura na cerveja é bem mais rápido também. Aqui na Bahia Malte, a gente já soube de casos de cervejas que atenuaram em 2 dias, fazendo o tempo de produção diminuir e permitindo que os cervejeiros produzam mais levas em intervalos menores”, complementou Alan.

Tiago Lima, cervejeiro da Bionica HomeBrew, exibindo duas novas criações.

Recentemente, cervejeiro da Biônica HomeBrew, Tiago Lima, usou este insumo disponível na Bahia Malte em algumas de suas receitas, todas feitas em casa.. “Ao todo fiz seis cervejas usando Kveik, dentre elas uma IPA combinando lúpulos citra e mosaic com a Kveik; duas stouts com a mesma base, sendo uma com essência de côco; fiz também a Supreme, umas das mais pedidas, em que usei café da Chapada Diamantina. Fiz também um experimento com duas APAs, uma mais seca, frutada e a outra mais amarga, cítrica”, disse Tiago. “Fermentei todas essas cervejas na mesma temperatura, 26 graus. Para mim, esta levedura é a melhor em eficiência alcoólica; a cerveja também fica sem off-flavor, ou pelo menos os off ficam bem menos perceptíveis. Algumas cervejas ficam mais secas que o esperado, porém este é um fator que pode ser corrigido e não chega a ser um aspecto negativo”, concluiu.

Abrindo latas e garrafas com Kveik

As cervejas abaixo foram escolhidas a partir do estoque que eu tenho em casa, considerando apenas um parâmetro: O uso da levedura Kveik . Alguns dos rótulos a seguir podem ser encontrados em lojas online, como a Vitrine da Cerveja (Salvador), Cerveja Salvador (toda Bahia), BeerMind (todo Brasil),  Beer Underground (RJ), MotimHideout (RJ), além da própria Bahia Malte(Salvador); estes e outros estabelecimentos dedicados à cerveja artesanal estão fazendo entregas em domicílio durante a quarentena provocada pela COVID-19. Os dois copos foram escolhidos para homenagear duas cervejarias que visitei na Noruega: Lervig, que fica na cidade de Stavanger, e Mack Mikrobryggeri, localizada em Tromsø.

Nibelungo, Collab entre as cervejarias Motim e Cevaderia

Iniciei a sequencia provando a Supreme, da Biônica HomeBrew; Brown Ale com coloração escura,  bem maltada e leve (6,1%ABV); amargor médio (33 IBU) e com notas de café da Chapada Diamantina bem presentes tanto no aroma quanto no gole. A segunda cerveja da foi outra bem leve, a NE APA Nibelungo (5,6ABV e 35 IBU), collab das cervejaria Motim e Cevaderia, que foi tópico aqui no Blog Lupulado.

Supreme, da cervejaria baiana Bionica Homebrew

A terceira cerveja foi a Ovrebust (6,7 ABV e 40 IBU), uma kveik IPA da cervejaria Thirsty Hawks, que também apareceu no Blog Lupulado durante nossa cobertura do Mondial de La Biere Rio – 2019; vencedora da medalha de ouro naquela edição, a Ovrebust apresentou sua tradicional coloração turva, além de resíduos de aveia; cerveja bem sucada, cremosa, corpo aveludado, aroma trazendo notas de melão, laranja e abacaxi.

Ovrebust, que ganhou medalha de ouro no Mondial de Lá Biere no Rio de Janeiro de 2019.

A Avrake, Kveik Juicy IPA também feita pela Thirsty Hawks, foi a quarta cerveja que provamos. Apresentou aquele aroma proeminente de lúpulo Mosaic, com adição de citra e denali; bem cremosa, cor turva, corpo sedoso, amargor acentuado (45 IBU), cremosa, suculenta com gosto de Maracujá e Toranja, boa drinkability além da aveia sobrando no retrogosto. (6,5 ABV).

Avrake da Thirsty Hawkins

O quinto rótulo da sequencia foi o que mais surpreendeu:  a cerveja Fuça, uma Kveik Juice Rye IPA, da cervejaria Latido Ale House. Como o nome atesta, esta cerveja levou malte de centeio, além da adição de dois lúpulos, loral e ekuanot, em duplo dry-hop. No aroma, notas de laranja e tangerina, com maior presença da primeira, cor turva e amargor acentuado (50 IBU). O aspecto mais interessante desta cerveja foi a sensação de boca, viscosa e licorosa (7% ABV).

Grata surpresa: Fuça, uma criação da cervejaria latido (RJ)

Referências:

http://www.milkthefunk.com/wiki/Kveik

 

 

VAI TER LÚPULO NA AVENIDA: no mês do carnaval, MinduBier apresenta dois lançamentos

Neste mês, a cervejaria soteropolitana MinduBier incluiu mais dois rótulos em seu portfólio de cervejas sazonais. O primeiro é a Triple Juicy IPA Power Shot, que esteve  nas torneiras do MinduDay, evento realizado na Casa Olec, em Salvador, no início de fevereiro. O segundo é a MinduCloudy, uma New England Double India Pale Ale que está disponível a partir desta semana.“A Power Shot é um rótulo colaborativo feita em parceria com a cervejaria paulistana Croma. A MinduCloudy é o segundo rótulo da nossa série de Double Dry-Hopped NEDIPAs; mantivemos a mesma base da MinduHazy (que já foi tópico aqui no Blog Lupulado), porém trocamos os lúpulos Simcoe, Mosaic e Citra por Galaxy, Amarillo e Huel Mellon. Tudo feito com doses absurdas destes lúpulos”, disse o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins.

Gustavo exibe a Mindu Cloudy

É importante assinalar que as duas cervejas estavam bem frescas, pois tinham sido envasadas há pouquíssimo tempo, questão de dias; isto foi um fator importante para boa apreciação das cervas. Primeiro foi a vez da Power Shot (ABV 10, 7% e IBU N/I). No aroma, uma pancada de frutas tropicais, com notas de coco entregues no primeiro plano. Na parte visual, esta cerveja tem a aparência bem turva, espuma cremosa e persistente. Sensação de boca sedosa, porém com certa licorosidade provocada em parte pelo álcool; pouco amarga, com muitas notas de coco e também madeira na hora do gole. “Este foi um resultado interessante e surpreendente, pois as notas de coco vieram do lúpulo Sabro, que usamos junto do Galaxy e do Citra”, complementou Gustavo.

Power Shot: colab entre Mindu e Croma.

É importante assinalar que as duas cervejas estavam bem frescas, pois tinham sido envasadas há pouquíssimo tempo, questão de dias; isto foi um fator importante para boa apreciação das cervas. Primeiro foi a vez da Power Shot (ABV 10, 7% e IBU N/I). No aroma, uma pancada de frutas tropicais, com notas de coco entregues no primeiro plano. Na parte visual, esta cerveja tem a aparência bem turva, espuma cremosa e persistente. Sensação de boca sedosa, porém com certa licorosidade provocada em parte pelo álcool;, pouco amarga com muitas notas de coco e também madeira na hora do gole. “Este foi um resultado interessante e surpreendente, pois as notas de coco vieram do lúpulo Sabro, que usamos junto do Galaxy e do Citra”, complementou Gustavo.

Mindu Cloudy, segundo rótulo da série de Double Dry-Hopped NEDIPAs da Min

Em seguida, foi a vez da Mindu Cloudy (ABV 7,9% e IBU 50). No aroma, notas marcantes de frutas cítricas, melão, maracujá e pêssego, características adicionadas tipicamente pelo lúpulo Galaxy, que também traz amargor mais potente na hora do gole. De aparência turma, com espuma muito cremosa, proporcionando uma textura sedosa à cerveja. As cervejas Power Shot e MinduCloudy estão sendo distribuídas para todo Brasil. Em Salvador, os dois rótulos podem ser encontrados em lojas do ramo, dentre elas Vitrine da Cerveja e Cerveja Salvador, além de tap room como a Kombita. Mais informações podem ser obtidos via direct pelo perfil da MinduBier no Instagram.

Quatro Graus amplia série Comfort: Confira este lançamento na coluna #PegaVisão

No início de Janeiro, a cervejaria carioca Quatro Graus lançou o terceiro rótulo da sua série Comfort: a Triple Cream IPA. O primeiro rótulo da série foi a Comfort Double IPA; o segundo foi a Comfort Stout, uma RIS com adição de cacau e café.  “Os rótulos da série Comfort têm como premissa básica trazer bons sentimentos, boas lembranças e relaxamento. A proposta consiste em prover cervejas que não são tão potentes como os nossos rótulos mais conhecidos, por exemplo a Black Anthrax, mas que trazem muito sabor, textura e camadas em estilos já tradicionais.”, disse o cervejeiro da Quatro Graus, Marlos Monçores.

Salvador ao fundo e a Comfort Triple Cream IPA

Outro aspecto que chama atenção neste lançamento da Quatro Graus é o estilo, descrito como Triple Cream IPA, que não figura na style guideliness da BJCP. “Mesmo não sendo um estilo reconhecido, algumas cervejarias já usaram essa denominação, principalmente fora do Brasil. Gostamos de batizar nossas cervejas de acordo a sensação que cada uma delas nos traz, algo para além do estilo. Uma triple IPA nem sempre é cremosa e tem corpo aveludado. Esse foi o nosso foco na hora de preparar a receita e por isso colocamos no nome, deixando claro para todos e todas o que queremos de experiência”, explicou Marlos.

Testando a Comfort Triple Cream IPA  

A cerveja emanou aroma intenso, cítrico e frutado, com presença forte de frutas amarelas como melão, abacaxi e manga. Apresentou espuma cremosa e suculenta, além de coloração bem turva em função dos maltes e da adição de aveia. “Exato! Esta receita, especificamente, leva uma adição grande de aveia e isso contribui sim para sua turbidez e cor”, confirmou Monçores.

Visual turvo e a espuma cremosa da Comfort Triple Cream IPA

A Comfort Triple Cream IPA foi produzida com uma carga pesada de 5 lúpulos diferentes (Citra, Simcoe, El Dorado, Amarillo e Mosaic), que proporcionaram uma sensação de boca bem forte e aveludada. A cerveja também é bem alcoólica 10,2%, apesar desta característica não aparecer nos momentos do gole e do retrogosto; pelo contrário, o resultado é de fato uma sensação refrescante e de relaxamento.Um detalhe interessante é a informação relativa ao seu IBU; constava na lata a hastag #IBUisalie, que em inglês significa “IBU é uma mentira”. “De nada vale o IBU sem o contexto dos outros fatores, que interferem na degustação da cerveja. Por exemplo, temos cervejas super maltadas e com características bem doces, com mais de 150 IBU. Tem muita gente que acredita que IBU é a quantidade de amargor da cerveja e, por isso, preferimos dizer que IBU é uma mentira”, finalizou Marlos.

A Comfort Triple Cream IPA da Quatro Graus pode ser encontrada com certa facilidade, em latas, nas lojas online Bro’s Beer, Hop Hunters, Hop Pack Beer Shop e Hoppi;  chopp e lata em lojas físicas, dentre elas Beer Mind, Empório Santa Oliva, Craft Beer, Narreal (Rio de Janeiro) e Vitrine da Cerveja (Salvador).

Do feijão à cerveja: Irecê recebe sua primeira loja especializada em rótulos artesanais

Quem reside na região de Irecê ou viaja pela famosa “rota do feijão” na Bahia pode encontrar uma nova alternativa para adquirir cervejas artesanais. A loja Cervejaria Premium é a primeira do ramo a funcionar na região. Oferecendo desde rótulos internacionais, como a cerveja Guinness, passando por cervejarias nacionais (Invicta, Blondine, Baden Baden etc.), baianas (MinduBier, FeyhBier dentre outras) e locais (MM, Confraria Clandestina e Genuína Fulô), a carta da Premium é formada por 74 rótulos disponíveis em latas, garrafas e três torneiras.

Marcos Balisa, proprietário da Cervejaria Premiun.

“Sou daqui de Irecê, passei mais de vinte anos morando em São Paulo e Minas Gerais. Recentemente, decidi voltar para minha terra natal e percebi que cidade não tinha uma loja especializada em cerveja artesanal; foi aí que decidi criar a Cervejaria Premium”, disse o proprietário Marcos Balisa, que inaugurou a loja em agosto do ano passado. “Antes disso, era possível encontrar eventualmente uma ou outra cerveja artesanal disponível em bares ou restaurantes da região, até mesmo na Chapada Diamantina. Somos primeira loja do ramo a funcionar por aqui”, complementou.

Torneiras e parte dos rótulos disponíveis na Premiun.

Durante o tempo em que viveu fora da Bahia, Marcos buscou aperfeiçoar seu conhecimento provando e estudando rótulos de cervejarias famosas de São Paulo, como a Dogma, e internacionais, como a Guiness, uma de suas preferidas. “Ao montar o negócio, percebi que o grande público aqui de Irecê precisava de uma ‘cerveja de passagem’, isto é, aquela que atende o sujeito acostumado às marcas industriais, mas que nutre o desejo de beber as artesanais; por isso, entendi ser importante disponibilizar cervejas ‘puro malte’, como a Heineken e Einsenbahn, para ajudar na transição do paladar de iniciantes que pretendem migrar das cervejas comuns para as artesanais”, argumentou Balisa.

Visual da MarokIPA, criação da Cervejaria MM, de Barra do Mendes, região de Irecê.

O empresário ressaltou que a Premium possui também outras pretensões , por exemplo, servir de espaço para eventos locais ou mesmo para conversas e troca de experiências entre cervejeiros de Irecê e região. “Tem muita gente talentosa fazendo cerveja por aqui, como Fladio (Cervejaria MM), Breno (FuskIPA), Menandro (Confraria Clandestina) e Danilo (Genuína Fulô). A minha ideia é também criar um ambiente para reunir essa turma, fazer parcerias para disponibilizar as cervejas deles nas torneiras daqui” revelou Marcos, enquanto me apresentava provas dos chopps MarokaAPA e MarokIPA da MM, que estavam conectados; provamos também em garrafa a NE IPA e IPA com Galaxy da Confraria Clandestina

IPA com Galaxy, criação da Confraria Clandestina, de Irecê.

A cervejaria Premiun funciona na Avenida 1 de Janeiro número 448, em frente ao Mercadinho do Coração, no centro de Irecê, aberta de terça a domingo das 14h até o último cliente. Além da carta citada acima, a Premium oferece opções de harmonização como burguers, porções de mini-hamburguer, picanha, contra-filé dentre outros.

Lupulado sendo recebido por Marcos Balisa.

 

Agua de Meninos lança rótulo que combina licuri e mel de cacau

No sábado passado, a cervejaria baiana Água de Meninos lançou Origem, primeiro rótulo da série Sertões, em evento realizado na Casa OLEC, Salvador. “Sertões é uma é uma série de cervejas criada com a proposta de utilizar ingredientes de pequenos produtores da Bahia e insumos vindos do sertão baiano”, disse Abdon Menezes, sócio da Água de Meninos. “Na Origem, utilizamos o licuri da COOPES, de Capim Grosso, e o mel de cacau da Sucuri em Plumas, pequeno produtor no sul do estado. É um conceito da Água de Meninos usar insumos de pequenos produtores da Bahia”, completou Abdon.

Da esq. para dir.: Abdon Menezes, o cervejeiro Mário Baqueiro e Márcia Sentges

Outra especificidade da Série Sertões é a contribuição de um Chef de Cozinha nas receitas, sugerindo adjuntos. “Na Origem, quem assinou foi o Chef Fabricio Lemos, que é bem conceituado no Brasil. A ideia é que outros profissionais possam fazer eventuais contribuições em nossas futuras receitas”, disse Marcia Sentges, sócia da Água de Meninos. “O nome Origem, inclusive, faz dupla referência: por ser a primeira cerveja da série Sertões e por ser o nome do restaurante do Chef Fabrício aqui em Salvador”, revelou Márcia.

No evento, foi possível degustar a Origem em garrafa e na torneira, além de experimentar harmonizações com pratos regionais. A cerveja apresentou aroma com notas bem presentes de caramelo, biscoito e licuri; corpo médio, pouco amarga (IBU 20) e com teor alcoólico moderado (ABV 6%); bem refrescante e com um retrogosto adocicado, características proporcionadas pelo mel de cacau. O estilo Specialty Beer, via de regra, sinaliza para o uso de adjuntos mais inusitados na fermentação, no caso da Origem, o licuri e o mel de cacau.

Visual da Origem

A proprietária da casa Olec, Carolina Nonaka, enfatizou que a “casa está sempre aberta a estes eventos especiais. Além do lançamento de cervejas, já fomos anfitriões em um evento de jogo de xadrez. Estamos ainda preparando um concurso de cerveja artesanal, que lançaremos em breve.

Carolina Nonaka da Casa Olec.

Druida: Uma referência à natureza e ao RPG

A coluna Pega Visão traz uma novidade que dialoga com a cultura estabelecida pelos role playing games (RPG). A cervejaria baiana BardoBier lançou no último dia 18 a “Druida: Mother Nature’s Rye Ale”. Como o próprio nome sugere, esta cerveja segue o estilo das Rye Ale, que implica na adição de maltes de centeio. É a primeira vez que Bardo produz a Druida comercialmente. “Esta receita nasceu nas panelas. Fomos modificando ao longo do tempo até que ela chegasse nesse estado atual, que acreditamos estar satisfatório para o conceito que buscávamos lá no início”, disse um dos cervejeiros da Bardo, Victor Carvalho.

A Bardo surgiu em 2016, quando os 5 sócios atuais – Victor, Mateus, Henrique, Filipe e Danilo – resolveram unir esforços, conhecimentos e habilidades para profissionalizar a ideia e construir a Bardo como ela é hoje, no formato cigano. Em 2019 o grupo lançou seu primeiro rótulo cigano: a Druida.

“A BardoBier tem a proposta de fazer conexões entre cerveja e narrativas, pois os Bardos eram trovadores medievais, que viajavam pelas tavernas contando histórias e tocando músicas. Sempre que bebemos com os amigos, tendemos a contar histórias; então, nós somos os bardos da contemporaneidade. O nome também tem conexão com RPG, como é o caso do perosnagem Druida. No RPG, o Druida é uma classe responsável pelo suporte do grupo. Ele utiliza forças da natureza (por isso chamamos de nossa cerveja de Mother Nature’s Rye Ale) para curar e conferir habilidades especiais ao grupo, embora possam atacar com bastante ferocidade se necessário. Escolhemos lançá-la como nossa primeira cerveja comercial não apenas por ser uma de nossas receitas favoritas, mas pelo próprio conceito da BardoBier. Nos consideramos um grupo de 5 amigos, no qual todos contribuem com habilidades complementares e extremamente importantes para o funcionamento da cervejaria. Então, de certa forma, cada um de nós acaba oferecendo suporte ao coletivo”, explicou Victor .

Jogando com Druida

A cerveja foi testada mais de uma vez nos primeiros dias que sucederam seu lançamento; foi degustada bem fresca, direto das torneiras da Vitrine da Cerveja e do Bahia Malte. A Druida apresentou rápida formação de espuma levemente densa, aroma bem marcante com notas de frutas como damasco e melão; cor cobre, opaca e corpo aveludado; levemente alcóolica (5,4 ABV) e médio amargor (IBU 40).

“O estilo (Rye Ale) parte da quantidade de malte de centeio que é utilizado. Para a Druida, optamos por utilizar o percentual máximo recomendado de utilização do grão, que é 20%. Queríamos explorar o máximo de características típicas desse insumo no resultado final de uma cerveja. O centeio confere maciez ao corpo da cerveja, tornando-a mais aveludada, além das sensações de crisp e spicy”, disse outro cervejeiro da Bardo, Mateus Magalhães

“Este aroma frutado vem exclusivamente do blend de lúpulos utilizado na receita. A ideia era trazer lembrança de frutas amarelas, fazendo mais uma referência ao nome da cerveja e sua relação com o Druida. Nesse caso, a sensação de frutas pode ser interpretada como uma ‘ilusão’ da mãe natureza”, revelou Victor. “A Druida leva adição de lúpulos com forte perfil aromático no final da fervura e no DH. O cuidado especial vai desde a criação da receita, passa pela análise de frescor do insumo e seguindo para os momentos exatos de adição uma combinação de lúpulos complementares para atingirmos as características que pretendíamos”, finalizou.

Mais um festival na rota cervejeira do Vale

Aconteceu na última sexta-feira (03) a 3 Edição do Alpha Bier Festival, no condomínio Terras Alphaville, em Petrolina – PE. Da mesma forma que nas edições anteriores, cervejarias artesanais e cervejeiros de panela do Vale do São Francisco puderam expor seus rótulos para os moradores do condomínio e convidados. Cinco produtores de cerveja artesanal da região participaram do evento, expondo 16 rótulos diferentes servidos em torneiras e garrafas.

Público faz fila para experimentar os rótulos no III Alpha Bier

A Doutorado do Chopp, uma das maiores cervejarias artesanais da região, levou seus quatro rótulos tradicionais – Weiss, Session, APA e IPA. A NaTora HmB apresentou a versão em garrafa da Single Hop (APA), além da Chacrett (WitBier) e a Dêmonia (Brown IPA) nas torneiras. A Buquê de Mandacaru levou uma WitBier com limão Siciliano, também na torneira.

Cecilia (NaTora HmB) e Vânia (Buquê de Mandacaru).

A Maribondo Sam ofereceu em garrafa a Padim Cicerista (Abadia), nas torneiras uma NEIPA, uma Blonde Ale com laranja e a porter Chocomenta, que foi vencedora do II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco, realizado ano passado.

Wal Maribondo e Felipe Zoby (Maribondo Sam)

A Cervejaria Quincas disponibilizou nas torneiras uma Blond Ale; em garrafas uma WitBier e a Du Quincas, uma session IPA feita com extrato de lúpulo Du Pappi, tópico de um post que gerou grande repercussão aqui no Lupulado. “O público do festival aprovou a nossa Du Quincas; as garrafas se esgotaram em menos de duas horas! Pretendemos continuar experimentando nas próximas brassagens e seguir fazendo mais cervejas com extrato de lúpulo”, disse Ricardo Monteiro, cervejeiro na Quincas. (NOTA DO EDITOR: alguns dias atrás, durante uma resenha no Bahia Malte, famosa casa de insumos em Salvador, comentávamos sobre o uso de extrato de lúpulo na produção cervejeira. Foi lugar comum considerar que muitas cervejarias no Brasil recorrem ao extrato de lúpulo, afinal um dos seus principais benefícios seria a “perda zero” na hora da adição, que deste modo pode ser feita no envase. O Du Pappi é um mix de lúpulos de aroma e amargor; a fórmula, no entanto, permanece secreta. Porém, seria incrível se eles lançassem extratos trazendo apenas um tipo de lúpulo, especificado em cada frasco – extrato de mosaic, extrato de centennial, extrato de citra etc. Grato ao amigo Chico de BH e ao staff do Bahia Malte por esta conversa!).

Guilherme, Caio Petrus e Ricardo (Cervejaria Quincas)

A maioria das cervejas disponíveis no evento esgotou ao longo da noite, comprovando o sucesso da empreitada. “Na edição anterior, compareceu muito mais gente do que imaginávamos. O número de cervejarias participantes aumentou. No primeiro ano era apenas algumas mesas e cervejas para degustação. Ano passado estiveram aqui três cervejarias; nesta edição, entraram mais duas cervejarias, ampliando este número para cinco. Temos também mais opções de comida para harmonização”, comentou Wal Maribondo, cervejeiro na Maribondo Sam. Além da Hamburgueria 961, que esteve na edição anterior, neste ano os presentes puderam degustar a culinária árabe do Khabab. A música ao vivo ficou por conta da banda Dubaia.

Área do show com a banda Dubaia.

Para o administrador do condomínio Terras Alphaville de Petrolina, Yuri Leite, “um evento como este ajuda a aumentar a visibilidade do condomínio em meio aos outros, pois somos o primeiro e único a realizar um Festival de Cerveja Artesanal, que é um sucesso. Ano passado foram 300 pessoas presentes. Neste ano a expectativa é receber um pouco mais. Acredito que consolidamos o Alpha Bier na rota cervejeira do Vale do São Francisco. O planejamento é repetir este festival, em principio, anualmente”.

Publico na área da piscina.

Para o morador do Terras AlphaVille, Paulo Bories, “este tipo de evento é bacana para entrosar, pois permite que a gente conheça outros moradores. Geralmente, a turma que vem para festas assim é tudo gente boa. Os rótulos servidos aqui também são excelentes”.

Paulo Bories aprovou o Festival Alpha Bier

Pega Visão: Itapuã, uma juicy IPA genuinamente baiana

A seção “Cerveja do Mês” do blog mudou de nome e função. A partir de agora será uma coluna com periodicidade aleatória intitulada “Pega Visão”. No bom “baianês”, “pega visão” é uma gíria que remete a “dar conselho” ou simplesmente chamar atenção de alguém para algo. Inspirada neste sentido, a coluna “Pega Visão” tem como proposta comentar e recomendar rótulos aos leitores do Lupulado.

Itapuã: corpo aveludado e cremoso

Em sua estreia, Pega Visão apresenta a cerveja Itapuã, da micro-cervejaria soteropolitana Água de Meninos. Lançada em março deste ano, a Itapuã se insere no estilo Juicy IPA, que assim como New England IPA, Vermont IPA, Hazy IPA, dentre outros, trazem amargor e turbidez como características essenciais.

A Itapuã apresentou amargor médio (IBU 36), cor clara e opaca. Boa formação de espuma, corpo aveludado e cremoso. Por sinal, a espuma cremosa e bem formada pode ficar ainda mais visível quando a cerveja é nova. O aroma da Itapuã remete à frutas cítricas e tropicais. Menos alcoólica que a maioria (ABV 5%), esta Juicy IPA traz notas marcantes de tapioca, que foi adicionada durante a etapa da fervura.

“Segundo especialistas, não há muita distinção entre esses estilos. Buscamos, com esta Juicy IPA, ampliar nossa produção, que conta também com a Amargosa (Double IPA), Ribeira (Rye IPA) e a Sertão (Ale Speciality Beer com licuri e mel de cacau)”, contou o sócio da Cervejaria Agua de Meninos, Abdon Menezes.

De acordo com Abdon, a proposta da cervejaria Água de Meninos é justamente manter a identidade baiana no seu conceito. “Foi inspirado neste sentido de pertencimento que surgiu a proposta de homenagear bairros, cidades e demais localidades na Bahia com nossos rótulos. O próprio nome Água de Meninos remete a uma localidade histórica para os soteropolitanos, com mar calmo e ideal para banho, que já abrigou uma feira famosa nos anos 1960”, revelou.

A Itapuã, que homenageia o famoso bairro de Salvador imortalizado na música de Vinícius de Moraes, e os outros rótulos da Cervejaria Água de Meninos podem ser encontrados em mais de 40 pontos de venda na capital e no interior da Bahia, incluindo Amargosa, Cruz das Almas, Cachoeira, e Feira de Santana. O contato com a cervejaria pode ser feito pelo whatsapp (71) 98793-0200.

Cerveja artesanal e solidariedade na tarde de sábado em Salvador

Acontece no próximo sábado (13) na Vitrine da Cerveja, em Salvador, a segunda edição do “Chopp Solidário”. Desta vez, o evento será em prol do Asilo São Lázaro, instituição dedicada à assistência social de idosos moradores de rua ou abandonados pelos familiares na região metropolitana da capital. “A opção por ajudar o Asilo São Lázaro foi imperativa, pois a casa sofreu um assalto no mês passado e precisa de todo apoio para se recuperar”, disse o proprietário da Vitrine da Cerveja, Claiton Santos.

O sistema funcionará da seguinte maneira: Entre 12h e 17h, ou enquanto durarem as cervejas destinadas à ação, os clientes poderão trocar 1KG de alimento não perecível (exceto sal) por 300ml de chopp produzido pelas cervejarias solidárias à causa. Até o momento, confirmaram presença as cervejarias Sotera, Feyh Bier, Mindu Bier e Three Monkeys Beer. “É importante que o cervejeiro venha participar no sábado. Na edição do ano passado, por exemplo, apareceu um cliente com 40KG de alimentos; ele não consumiu 40 copos de chopp, mas usou a consciência para beber o suficiente e doar todos os mantimentos que levou para a causa. Foi bem legal”, complementou Claiton.

Claiton Santos (à direita) e o staff do Vitrine da Cerveja convocam para a II Edição do Chopp Solidário.

“Acho que o meio cervejeiro, seguindo a cultura de colaboração e sustentabilidade social, pode cumprir um papel muito importante para a cidade. Podemos nos unir para ajudar em causas comuns, como fizeram várias cervejarias de São Paulo através do projeto ‘Manchinha´, por exemplo. Revoltados com o assassinato brutal e covarde de um cãozinho por um funcionário de uma rede de supermercados, cervejarias se juntaram para criar rótulos e doar o lucro para instituições de acolhimento aos animais vítimas de maus tratos. Essa iniciativa é bem bacana e apoiada por toda a sociedade”, disse o cervejeiro da Mindu Bier, Gustavo Martins. Sobre as razões que motivaram o engajamento da cervejaria na causa do Asilo São Lázaro, Gustavo ressaltou: “Sempre estamos preocupados em fazer o bem. Acreditamos que essa energia positiva sempre volta pra gente de outras formas”.

Entenda a situação do Asilo São Lázaro

Na madrugada do último dia 24 de março, bandidos invadiram as instalações do Asilo São Lázaro, que fica no Jardim Nova Esperança, em Salvador, e saquearam a seção onde eram armazenados os suprimentos. Grande parte dos alimentos foi roubada e o resto deixado apodrecendo ao ar livre. O prejuízo total foi de cerca de 300 KG entre mantimentos roubados e estragados, uma carga suficiente para alimentar por um mês e meio a população assistida pelo Asilo. “Deus escreve certo por linhas tortas, pois o Asilo precisa da atenção de toda sociedade; nossa situação ganhou maiores proporções em função deste incidente. Temos problemas graves de segurança e precisamos de uma reforma urgente no telhado. Graças a Deus, esse roubo tocou o coração de muitas pessoas, que estão se mobilizando para nos ajudar”, relatou uma das responsáveis pelo Asilo, Vanda Luz.

Até momento, de acordo com Vanda, foram arrecadados quase 200 KG de alimentos. O Asilo São Lázaro também recebe doações através de outros canais:

Banco do Brasil:

Agência 460-06

Conta-corrente: 207407-9

CNPJ 32.700.841/0001-06

Telefone: (71) 33934448. Falar com Vanda ou Fátima.

Mesmo depois de acabada a segunda edição do “Chopp Solidário” , a Vitrine da Cerveja continuará recebendo doações até as 21h do próximo sábado (13).  O endereço é Alameda Benevento, 245, Pituba, Salvador.