duty on tap: Lançamento de chopp spartacus na bahia

A Vitrine da Cerveja, loja pioneira em cervejas artesanais de Salvador (BA), realiza amanhã (15/12) lançamento da Duty, novo rótulo da Cervejaria Spartacus (MG). O evento tem início às 17h e vai acontecer nas duas lojas da Vitrine da Cerveja: a matriz, em Salvador, e a filial, em Feira de Santana. Pela primeira vez na Bahia, uma cerveja da Spartacus será servida nas torneiras. Além das taps, a Duty também estará disponível em latas no evento. “A Spartacus tem um público fiel tanto em Salvador quanto em Feira, mas a gente só conseguia trazer as cervejas em lata. Desta vez, conseguimos trazer um barril de chopp (30l) fresquíssimo, de uma cerveja que acabou de  ser lançada pela Spartacus”, disse o proprietário da Vitrine da Cerveja, Claiton Santos.

Claiton Santos, proprietario da Vitrine da Cerveja.

A Duty é uma Double Hazy IPA single hop de Nectaron, um lúpulo Neozelandês. “Toda vez que nos deparamos com uma variedade de lúpulo incrível, trazemos a versão single hop. Foi o que aconteceu agora, com o Nectaron da NZ Hops. A cerveja ficou bem macia e sedosa, com notas de abacaxi em calda, pêssego, nectarina, e laranja Bahia”, disse o cervejeiro da Spartacus, Cássio Valinotti. “A cerveja foi saturada por um intenso dry hop de quase 30g/L, na mesma base de outros rótulos da Spartacus, como a Courage, Discipline, Honour e etc.”, finalizou. O Nectaron é um lúpulo original da Nova Zelândia, com perfil sensorial bem frutado, com notas de frutas tropicais (maracujá e abacaxi), frutas cítricas como Toranja e frutas de caroço, especialmente pêssego.

O cantor Jeff Duque vai embalar a festa em Salvador, enquanto Milena Melo irá se apresentar no evento em Feira de Santana. A Spartacus  Brewing fica em Juiz de Fora- MG. Atualmente, é uma das cervejarias brasileiras mais bem avaliadas no aplicativo Untapdd, com média de 4.23.

projeto une cervejarias de países diferentes em favor dos direitos humanos no brasil

 

Dez cervejarias de oito países, dentre eles o Brasil, se uniram recentemente para lançar o projeto Cyber Thread. As cervejarias Spartacus Brewing (Brasil) Celestial Beerworks (EUA), Horus Aged Ales (EUA), Jester King Brewery (EUA), Cervecería Rey Árbol (México), Messorem (Canadá), Long Live Beerworks(EUA), Bature Brewery (Nigéria), Oddity Brewing (Espanha), Track Brewing Company (Inglaterra) desenvolveram uma receita colaborativa. A cerveja é produzida em cada um desses países usando insumos locais. Para cada lata vendida, R$1,00 será doado para a Anistia Internacional no Brasil, auxiliando no seu trabalho em favor dos direitos humanos.  “A ideia deste projeto veio da Celestial Beerworks, uma cervejaria nos Estados Unidos que tem um cunho muito inclusivo, além de ser também bastante criativa tanto na parte visual quanto na parte de receitas. Este pessoal entrou em contato com uma cervejaria também dos EUA, a Horus, que são meus amigos de longa data e nos convidaram para entrar neste projeto”, disse o cervejeiro da Spartacus Brewing, Cássio Vallinotti.

Duas cervejas integram o projeto: o rótulo original da “Cyber Thread” e outro chamado “Cyber Thread: The Attachment”. “As duas receitas foram conceitualizadas em uma reunião entre as cervejarias participantes do projeto. Porém, houve uma divergência na votação sobre o estilo da cerveja. Alguns queriam fazer uma MilkShake Triple Hazy IPA, outros uma Double NE IPA. Como a votação ficou empatada, decidimos fazer a ‘Cyber Thread’ e a ‘Cyber Thread: The Attachment’, que em inglês significa ‘anexo’. Foi uma ideia para contemplar a outra metade do quórum”, revelou Cássio. “Utilizamos a mesma base, com adição de adjuntos na forma que as cervejarias parceiras gostariam que fosse feita. Nós da Spartacus sugerimos que fosse feito algo um pouco mais distante do eixo tradicional das MilkShake IPA. Então adicionamos frutas como Cassis, Papaya, além da adição de raspas e óleos essenciais de laranja”, complementou.

A base das cervejas contou com os lúpulos Strata, Citra e Mosaic. Nas versões brasileiras, ambas apresentaram visual turvo, aroma cítrico e corpo aveludado. Destacam-se frutas como laranja, mamão e pêssego. Na “Cyber Thread: The Attachment”, por causa dos adjuntos, essas notas ficam mais evidentes e proporcionam um detalhe especial: Retrogosto interessante de baunilha! Em Salvador, as duas latas nas versões brasileiras do projeto “Cyber Thread” estão disponíveis na loja Vitrine da Cerveja.

 

Vem aí a 5ª Pilsner Fest

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*promoção válida para compras feitas até 06/08/2022

 

Acontece no sábado dia 13/08, a partir das 17h, na área verde da AABB, em Piatã (Salvador), a 5ª edição do Pilsner Fest. Da mesma forma que nas vezes anteriores, o foco do evento é na combinação entre cerveja artesanal, gastronomia e música de qualidade. “Preparamos também uma novidade para esta edição: Grupos de até 20 pessoas podem adquirir um barril de qualquer cerveja no estilo Pilsner, que esteja sendo servida no evento. Daí engatamos o barril na chopeira para a turma consumir no local, durante a festa”, disse um dos organizadores do evento, Alessandro Canella. “Quem quiser curtir esta experiência na 5ª Pilsner Fest deve se apressar e fazer logo a reserva do equipamento, pois restam poucos disponíveis”, complementou.

Alessandro Canella da organização da Pilsner Fest.

Ao todo, serão nove cervejarias participantes do Estado da Bahia: ArtMalte, Cervejaria do Meu Amigo e Confinada (Salvador), Dragornia (Feira de Santana), Rodada (Luiz Eduardo Magalhães), Proa, MinduBier, Híbrida e 2 de Julho (Lauro de Freitas). “Nesta edição, a Cervejaria 2 de Julho vai levar cervejas que todo mundo já conhece e gosta, como a nossa American IPA, e nossas últimas novidades, dentre elas a BR Ale e a APA”, disse Margo Jacobina, da Cervejaria 2 de Julho. “E ainda vai rolar o lançamento da nossa Double IPA na 5ª Pilsner Fest, superlupulada com lúpulo brasileiro, com 8,1% e 85 IBU. Direto do tanque para festa, fresquíssima. Pra galera que curte cerveja artesanal é uma ótima pedida!”, revelou Magno.

Stand da Cervejaria 2 de Julho na quarta edição da Pilsner Fest, em maio deste ano.

Para Alessandro Canella, “ A Pilsner Fest é uma oportunidade de provar as melhores cervejas da Bahia bem frescas, algumas cervejas estão saindo do tanque para o evento. Privilegiar as cervejarias baianas ajuda a fortalecer o cenário cervejeiro local”. Além das cervejarias, o evento contará com 5 tendas de Street Food. O som ficará por conta das bandas Monarka (Cover U2), Kingsmen (Cover Elvis Presley), Funky Animals (Cover Maroon 5) e DJ Papau.”Como menos de 20% dos bebedores de cerveja tem um costume de consumir cerveja artesanal, pra mim o Pilsner Fest tem um papel muito importante que vai muito além de apresentar a variedade que a produção artesanal traz, mas principalmente de valorizar as cervejas frescas e ricas que são produzidas na Bahia. Aqui se faz cerveja de muita qualidade e lá você pode aproveitar isso com muita comida boa e bandas muito legais em uma excelente festa”, finalizou Magno. Os ingressos para a 5ª Pilsner Fest podem ser adquiridos com 25% de desconto aqui.

 

 

Solidariedade e Cerveja Artesanal embalam a tarde de sábado em Salvador

Claiton Santos (esq.) e Joilson Amorim da Vitrine da Cerveja.

Um dos principais redutos dos cervejeiros artesanais de Salvador, a Vitrine da Cerveja, realizou no último dia 14/05 a terceira edição do Chopp Solidário. Da mesma forma que nos anos anteriores, clientes puderam trocar alimentos não perecíveis por chopp. Desta vez, as cervejarias Mindu Bier (Lauro de Freitas-BA) e Schornstein (Pomerode – SC) apoiaram o evento, doando barris de MinduSummer e All Day IPA. Foram arrecadados 340 kgs de alimentos, doados à Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus, em Salvador.

Staff da Vitrine da Cerveja – Claiton, Jonas e Joilson – celebram a arrecadação de alimentos ao final de mais um Chopp Solidário

“Na verdade, esta relação entre a cultura da cerveja artesanal e causas sociais não é nova. Por exemplo, durante a pandemia, vimos ações sociais promovidas no meio cervejeiro, como os projetos Brewing Love Project, Black is Beautiful, e a All Together. A Vitrine da Cerveja segue esta tendência há mais tempo, fizemos duas edições do Chopp Solidário (2018 e 2019), mas ficamos dois anos sem realizar por causa da pandemia. Em 2022, retomamos este projeto, que é tão importante”, disse o  proprietário da Vitrine da Cerveja, Claiton Santos.

Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus, em Salvador. Fonte Josane Santana.

“A importância da gente participar de eventos beneficentes é fazer nosso papel social. Todas as empresas deveriam fazer. A MinduBier trabalha com a missão de levar entretenimento para as pessoas, mas não podemos esquecer que vivemos em um país com uma desigualdade social muito grande. Então é sempre importante que as empresas trabalhem em benefício das pessoas mais carentes também, para gerar de alguma forma um bem-estar para quem necessita de ajuda. Precisamos sempre cuidar dessas pessoas, a ideia é cada um fazer a sua parte”, afirmou o sócio e CEO da MinduBier, André Mendonça.

André Mendonça (dir.) da MinduBier.

“A Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus é uma instituição de longa permanência, que abriga idosos em vulnerabilidade ou que necessite de acolhimento físico e psicológico. Atualmente, atendemos 151 idosos dos sexos masculino e feminino. A ação solidária promovida pela Vitrine da Cerveja, MinduBier e Schornstern, além de nos ajudar a manter a casa e dar uma qualidade de vida para todos os nossos idosos, nos incentiva a prosseguir com o projeto, que já existe há 15 anos. A Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus agradece a todos pelo gesto de amor e carinho!”, disse a vice-presidente da instituição, Josane Santana.

Quem quiser colaborar com a manutenção da A Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus, pode fazê-lo através dos contatos abaixo:

– Josane Santana ( vice presidente) 719 88735813/ 71997000052

– Luis Santana ( presidente) 71 985170803/ 34081259

Ou através do pix da casa. CNPJ 10139579000121

Confira no video abaixo um pouco do astral do último Chopp Solidário.

 

Adeus ano velho: Meu top-10 de cervejas em 2021

Ao final de cada ano, como de praxe, publico aqui no Blog Lupulado uma lista com as dez melhores cervejas que provei nos últimos 12 meses. Um dos critérios de escolha permanece imperativo: O rótulo pode até ter sido lançado em outro período, mas a minha primeira degustação deve ter acontecido no ano em questão (confira outros critérios de 2020, que segui para eleição em 2021) . No meu ponto de vista, o ano de 2021 foi pior que 2020 em face do agravamento da Pandemia da Covid-19 e do negacionismo de parte dos nossos governantes. Por exemplo, a partir de março do ano passado os números de casos e mortes causados pela doença aumentaram vertiginosamente, chegando à picos de 5 mil mortes diárias no Brasil. O resultado foi aumentar o isolamento social em 2021. Na prática só voltei a circular pela cidade a partir de agosto do ano passado, quando tomei a segunda dose da vacina. Em setembro fiz minha primeira viagem depois de meses. Os bares foram obrigados novamente a suspender suas atividades presenciais de março a junho de 2020 e os eventos de cerveja artesanal em Salvador só foram retomados a partir de dezembro passado.

No Mercy: Colab entre Dogma e Spartacus, para mim a melhor cerveja que provei em 2021.

Portanto, da mesma forma que em 2020, no ano passado eu bebi predominantemente em casa, usando os serviços de delivery dos PDVs. Eu acabei também bebendo mais: Segundo meu relatório anual do untapdd, foram 1460 check-ins em 2021. Por outro lado, variei pouco nos estilos e provei menos rótulos, uma vez que o consumo por growlers e latas não ajuda muito neste processo, ao contrário das torneiras, bootle- sharing (BS) e tasting menu, formas que tradicionalmente prefiro consumir cerveja artesanal nos bares e tap room.  Na minha lista de preferências em 2021, aparecem mais rótulos com lúpulos que resenhei recentemente aqui no Blog, como o Strata e o Zappa. Entretanto, preciso destacar outras strains que me agradaram bastante em 2021 e que eu não me recordava de ter experimentado em outros anos, como Talus, Lotus e Denali. A seguir, apresento minha lista dos 10 melhores rótulos que provei em 2021.

Ippadicted: Outra grande cerveja de 2021, que no rótulo estampa o rosto do blogueireiro referenciado nesta colar.

Começo destacando duas cervejas colaborativas da Dogma (São Paulo-SP). A primeira delas é a No Mercy, uma Double Hazy IPA feita em colab com a Cervejaria Spartacus (Juiz de Fora-MG), que apresenta perfil cítrico e resinoso, com um retrogosto sensacional de morango, utilizando um blend dos lúpulos Strata, Idaho Gem, El Dorado e Mosaic. A segunda é a Hazy IPA Ipaddicted, feita pela Dogma em colab com a cervejaria francesa La Superbe em referência ao blogueiro homônimo à cerveja. Traz um blend dos lúpulos Mosaic, Strata e Zappa, resultando em um perfil cítrico, com o dank do segundo lúpulo bem combinado às notas herbais do terceiro.

Com a Juicy IPA Breeze Blocks, cervejaria Everbrew (Santos-SP) apresenta um trabalho interessante combinando os lúpulos Strata e Nelson Sauvin, que proporciona um corpo sedoso e perfil dank, com notas de maracujá, pêra e uvas. Outra cerveja que se destacou no meu paladar em 2021 foi o Single Hop de Zappa da série Hop Attack, da cervejaria Satélite (São Paulo – SP).

Seguindo nesta linha de cervejas lupuladas, a cervejaria Tábuas (Campinas-SP) lançou a New England IPA Pétala, com um blend dos lúpulos Strata e Bravo, proporcionando um corpo aveludado com notas marcantes de maracujá e morango.

A cervejaria Spartacus (Juiz de Fora – MG) também nos brindou com a belíssima Hope, uma cerveja de visual turvo com muito maracujá e abacaxi no aroma e no sabor, fruto de combinação dos lúpulos Citra e Galaxy. O nome deste rótulo, por sua vez, estimula minha crença de que dias melhores virão em 2022.

Os rótulos das cervejarias baianas também marcam presença na minha lista de melhores de 2021. O grande destaque, para mim, foi a West Coast IPA Boonville, da cervejaria 3 Barcaças (Ilhéus-BA); uma WC bem raiz, cítrica e sequinha, com teor alcoólico moderado.

Outra cerveja que teve destaque no meu ano foi a NE APA da MinduBier (Salvador-BA), feita com os lúpulos Zappa, Comet e Centennial de Moxee, que integrou o projeto Brewing Love Project (confira a resenha dela aqui).

Um dos meus destaques de 2021 veio do exterior: Urban Fog, uma Hazy IPA colaborativa entre as cervejarias Mikkeller (Dinamarca) e Brewdog (Escócia), que proporciona notas frutadas bem marcantes, especialmente de toranja.

Por fim, já no apagar das luzes, nos últimos dias de dezembro eu provei The World is Changing, da Carioca Brewing (Rio de Janeiro-RJ), que definitivamente ganhou seu lugar fechando meu Top-10 de 2021. Uma NE IPA com blend dos lúpulos Strata, Lótus e Denale, que proporciona um perfil frutado, com presença marcante de morango e amargor bem agradável.

Este foi meu Top-10 de 2021! Como já disse, foi uma escolha difícil! Quais cervejas você incluiria nesta lista? Que o ano de 2022 seja melhor para todos nós!

A Prova dos 10: Os melhores rótulos de 2020

#diariodaquarentena

O Blog Lupulado apresenta sua lista das melhores cervejas experimentadas em 2020, um ano difícil para muitas pessoas do meio cervejeiro; eventos foram cancelados, bares e restaurantes fechados, estabelecimentos comerciais operando por delivery ou retirada. Particularmente, a necessidade de me manter por meses em casa fez aumentar meu consumo de cerveja e acabei provando muitos rótulos interessantes; foi difícil escolher (apenas) os 10 melhores rótulos. Neste ano, infelizmente, tive que deixar de fora da minha lista final as cervejas feitas em HomeBrew (quero ressaltar que provei muita coisa boa de amigos e amigas que fazem cervejeira caseira);. porém,  optei por contemplar na minha lista apenas cervejas com registro, buscando estimular a profissionalização do meio e também por reconhecimento às cervejarias que correram atrás do MAPA.

É importante destacar mais critérios que foram adotados para eleger os melhores rótulos de 2020. Primeiro, considerei apenas cervejas efetivamente provadas neste ano; ela pode até ter sido concebida em 2019, 2018, ou outro ano, porém a minha primeira degustação deve ter ocorrido obrigatoriamente em 2020. Outros critérios observados são a “inovação”, isto é, os aspectos acrescentados pelo rótulo às características típicas do estilo, e “originalidade”, aquilo que pode ser considerado o diferencial da cerveja. O último aspecto considerado nesta análise é mais subjetivo, partindo do meu gosto pessoal, que envolve experiências prévias e minha preferência por determinados estilos. Cabe destacar também que lista abaixo não traduz uma espécie de ranking, ou seja, elencando da melhor à pior cerveja; meu intuito é apenas apontar os dez melhores rótulos que provei em 2020, sem qualquer tipo de ordenação entre eles.

As 10 melhores cervejas experimentadas em 2020:

Entomology (Dádiva e Quatro graus). American Oat Strong Ale com 9,5% de álcool. Espuma fina, coloração dourada e turva, por causa da adição de aveia. Notas herbais e coco no aroma; na boca um corpo alto com certa viscosidade licorosidade. Uma cerva de alta complexidade, que se destacou entre as outras que provei em 2020!

Comfort Triple Cream IPA (Quatro Graus): Experimentei logo no início do ano, em Janeiro, aqui em Salvador. Pude degustar outras vezes em minhas férias de verão e no carnaval no Rio. Confira a resenha no Blog.

Mindu Klooster (MinduBier): Belgian Tripel da cervejaria baiana MinduBier, que arrebentou no critério “inovação” ao acrescentar aromas e sabores incríveis de amendoim e paçoca. Confira a resenha no Blog.

Rainha da Cevada Preta com Hortelã (Calundu): Outra cerveja feita na Bahia, trata-se de uma Dry-Stout com alta drinkabilidade, que apresenta uma nota de menta muito bem inserida ao final do gole, tornando-a especial entre outras do estilo. Confira a resenha no Blog.

Dank Therapy, da cervejaria Bold.

Dank Theraphy (Bold): No auge do isolamento social, em meio ao fechamento de 14 dias do comércio no meu bairro em Salvador, encontrei esta cerveja maravilhosa para celebrar meu aniversário em 24 de junho; foram 5 litros degustados sozinho em casa. É uma double NE IPA com perfil Dank e notas de frutas amarelas, características proporcionadas pela inserção de um lúpulo novo, que se tornaria um dos “queridinhos” de 2020: o Strata.

Oxford, double IPA da cervejaria Proa

Moon Waves (Moondri): O IPA Day da Kombita de 2020 foi online, mas trouxe esta IPA maravilhosa do Paraná. American com amargor na medida, aromas e sabores cítricos, com notas bem originais, que remetem à casa de limão.

Oxford (Proa): Me interessei quando vi esta cerveja da Proa em um app para delivery. Ao buscar informações sobre este rótulo no Untappd, vi que era edição limitada e não estava mais em produção. Garanti logo minha prova e fui feliz: Double IPA muito fácil de beber, cremosa, seca, com notas de pinho e caramelo!

IPA Bahia da Cervejaria NordHaus, em Juazeiro-BA.

IPA Bahia (Nordhaus): Nas margens do Rio São Francisco, em Juazeiro da Bahia, funciona o brewpub desta cervejaria, que já foi pauta aqui no Blog. A IPA Bahia tem como protagonista o cacau, seguido com notas de caramelo que fazem certa referência à escola inglesa.

Yellow Cab (Croma): Juicy IPA com aroma  de frutas amarelas, especialmente maracujá e melão, com um toque de aveia. Corpo sedoso, amargor no ponto e levemente licorosa.

EverBlend (EverBrew): Esta NEIPA traz aromas e sabores compilados de três outras cervejas do mesmo estilo lançadas pela cervejaria: EverMaine, EverMass e Evermont. O resultado é um cerveja de corpo aveludado, alto amargor e aroma intenso de frutas amarelas.

 

DOSE DUPLA DE CALUNDU: CERVEJARIA CIGANA LANÇA RAINHA DA CEVADA PRETA

A cervejaria baiana Calundu lançou dois rótulos para celebrar seu primeiro aniversário, comemorado no último dia 14 de setembro. Partindo de uma mesma base para o estilo Dry Stout, os cervejeiros utilizaram dois adjuntos, café e hortelã, para conceber duas cervejas distintas com o nome Rainha da Cevada Preta. “A nossa ideia original era fazer uma Dry Stout com menta. Entretanto, como eu adoro café, acabei sugerindo usar esta mesma base para fazer dois rótulos do mesmo estilo: Rainha da Cevada Preta com hortelã e a Rainha da Cevada Preta com café”, revelou o cervejeiro da Calundu, Danilo Dias.

“A escolha pelo estilo Dry Stout se deu em função do conceito que traçamos para o início dos trabalhos com a Calundu: Produzir cervejas que são conhecidas como ‘cervejas de entrada’ ou ‘cervejas de passagem’, isto é, cervejas mais leves para auxiliar pessoas que desejam migrar dos rótulos industriais para os artesanais e estilos mais extremos, proporcionando uma transição mais agradável para o paladar”, explicou Danilo. “Pensamos também em oferecer o prazer típico das cervejas artesanais pretas, para quem não está acostumado”, complementou Danilo. O processo de brassagem da Rainha da Cevada Preta foi feito de forma cigana na cervejaria Feyh Bier, em Lauro de Freitas-BA. Além dela, a Calundu possui em seu portfólio as cervejas Xêro-Mole (Summer Ale) e Largudoce (American IPA).

A primeira da prova foi a Rainha da Cevada Preta com café. Via de regra, apresentou a cor preta típica do estilo Dry Stout, com espuma baixa e cremosa. Aroma de malte torrado com notas marcantes de café. Na boca, além da forte presença do café, que permaneceu no retrogosto, entregou um corpo baixo e amargor moderado (38 IBU e 4,5% ABV).

Logo em seguida foi a vez da a Rainha da Cevada Preta com hortelã. No aroma, o café perdeu um pouco do protagonismo ao se misturar com as notas de cacau. Na sensação de boca, o mesmo corpo leve , porém desta vez o sabor de café se misturou às notas de chocolate amargo, tudo combinando muito bem com a menta, comprovando a boa inserção da hortelã feita pelos cervejeiros da Calundu (38 IBU e 4,5% ABV). Como impressão final, ficou a sensação de que a Rainha da Cevada Preta com hortelã trouxe algo diferente do que se vê normalmente em cervejas no estilo Dry Stout.

ALL TOGETHER: UMA VISÃO DO BRASIL 4 MESES DEPOIS

#DiárioDaQuarentena

Um projeto que vem se destacando no meio cervejeiro durante a quarentena provocada pela Covid19 é o All Together – “Todos Juntos”, em português. Esta ação foi idealizada pela cervejaria norte-americana Other Half para ajudar profissionas que foram afetados pelo fechamento e/ou redução das atividades em bares, taprooms e demais estabelecimentos no ramo. No final de março, a Other Half compartilhou pela internet receita e rótulo da All Togther; qualquer pessoa pode baixar e fazer sua cerveja seguindo essas informações, porém deve se comprometer em reverter parte do lucro em prol de bartenders, garçonetes, garçons, sommeliers, cervejeiros/as, músicos, musicistas e demais colaboradores/as que tiveram trabalho e renda reduzidos em face da pandemia.

Apesar do reconhecido sucesso do All Together, é incerto precisar em níveis mundial e nacional quantas cervejarias efetivamente aderiram à empreitada. O site do projeto mostra em sua interface um mapa com a localização de 855 cervejarias participantes espalhadas por 53 países diferentes; 16 delas funcionam no Brasil. Entretanto, quem segue a atividade das cervejarias brasileiras sabe que existe uma discrepância entre estas informações e a oferta nacional de rótulos “All Together”. EverBrew (Santos-SP), Dogma (São Paulo), BrewLab (Rio de Janeiro) Trilha (São Paulo), e Koala San Brew (Belo Horizonte) são exemplos de cervejarias conhecidas que engajaram no projeto All Together, porém não figuram no mapa; se buscarmos por cervejarias caseiras este número tende a crescer, comprovando que é uma missão difícil contabilizar todas as participantes.

Na tentativa de dirimir esta questão, o Blog Lupulado usou a ferramenta disponível no site do projeto All Togetter para entrar em contato com os organizadores. Fomos atendidos de forma bem amável e solícita por Amy Burns, membro da Stout Collective, estúdio especializado na produção de conteúdo para cervejarias que é parceiro da Other Half neste projeto, criando o design do rótulo da All Together. “É impossível, para nós, rastrear com precisão todas as cervejarias; certamente, sempre existem outras que estão participando. Nós listamos apenas aquelas que se inscrevem através do website do nosso projeto; colocamos todas informações conforme solicitado pela cervejaria”, disse Amy. “Por outro lado, é uma noticia muito boa saber que existe esta adesão ao nosso projeto no Brasil e esperamos que esteja realmente ajudando as pessoas afetadas pela pandemia. Muito obrigada pela parceria e suporte das cervejarias brasileiras! Somos realmente agradecidos! O projeto decolou no mundo todo e isto é ótimo de ver”, complementou.

Mapa no site do projeto All Together, com a localização das cervejarias no Brasil.

No estado da Bahia, apenas a cervejaria cigana MinduBier (Salvador) aparece no mapa acima; entretanto, o Blog apurou que, além da Mindu, a cervejaria caseira HopDevils HomeBrewing (Jacobina) está com o lançamento engatilhado da sua All Together. “Nós fizemos a inscrição e o mapa da All Together já se encontra atualizado com a nossa participação. A cerveja foi envasada ontem; acredito que na semana que vem a All Together da Mindu já estará disponível”, disse o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins. Já o cervejeiro da HopDevils HomeBrewing, Pedro Dourado, revelou que sua All Together estará pronta em 20 dias.

Primeira mão: All Together da MindBier pronta para lançamento.

Provando All Together

O Blog Lupulado fez a prova de quatro cervejas nacionais All Together, que estão disponíveis em Salvador. Duas delas figuram no mapa: a produzida pela Locals, Only (São Carlos-SP) e a colab feita por Japas (São Paulo) e Narcose (Capão da Canoa-RS); já as outras duas não aparecem, lançadas respectivamente por EverBrew e Octopus (Rio de Janeiro). Especialmente no aspecto visual e aroma, fica nítido que estas cervejas são bem parecidas em função do estilo comum (NE IPA) e logicamente por partirem da mesma receita. Porém, o trabalho  seminal dos cervejeiros da Other Half dá margem para criatividade das cervejarias parceiras. “Criamos uma receita mais simples, que utiliza uma base de maltes de custo relativamente baixo e lúpulos mais disponíveis pelo mundo; na verdade são duas receitas, que podem ser utilizadas respectivamente na brassagem de cervejas West Coast IPA e New England IPA”, explicou o cervejeiro Sam Richardson, que fundou a Other Half junto dos colegas Matt Monahan e Andrew Burman, no Brooklin, Nova York, em 2014. Alguns registros que encontramos de outras All Together pelo mundo sinalizam brechas para criatividade de cervejeiros/as parceiros na hora de executar a receita, fugindo um pouco das características desses estilos; são os casos, por exemplo, da Session IPA da Lervig (Noruega) e da Imperial IPA da Modist Brewing Company (Estados Unidos), que é o segundo rotulo desta cervejaria feito dentro da proposta All Together.

Joílson, colaborador na Vitrine da Cerveja, exibe a lata da All Togerther Jappas/Narcose

A colaborativa feita pela Japas e Narcose apresenta aroma carregado de notas cítricas, com proeminência do Maracujá. Cor dourada, visual límpido, sem resíduos e boa formação de espuma. Na boca, sabor marcante do maracujá, baixo amargor (IBU N/A) e um pouco licorosa apesar do teor alcoólico não ser tão alto (ABV 6%). “A Jappas e a Narcose nos orientaram a reverter parte do valor arrecadado com a venda desta cerveja para meus colaboradores aqui da loja; é o que vamos fazer”, disse o diretor comercial da Vitrine da Cerveja, Claiton Santos.

All Together da Jappas e Narcose.

Já a All Together da Locals, Only mostra cor e formação de espuma bem semelhantes à cerveja da Japas e Narcose, porém com resíduos visíveis de aveia. O aroma também é cítrico, mas sem a proeminência do maracujá. Baixo amargor (IBU N/A), corpo macio e menos licorosidade apesar de levemente mais alcoólica que a Jappas/Narcose (ABV 6,2%). Disponível na Vitrine da Cerveja, em Salvador.

All Together da Locals, Only.

A cerveja da Everbrew traz aroma de frutas tropicais, como abacaxi e melão, espuma cremosa, cor amarela e a turbidez típica das NE IPAs. Corpo sedoso, teor alcoólico ligeiramente mais elevado que as anteriores (ABV 6,5) e amargor mais acentuado (IBU 60%); entrega uma combinação muito bem equilibrada entre suculência (juicyness) e amargor. Em sua conta no site de redes sociais Untapdd, a cervejaria EverBrew anunciou que irá reverter parte do valor arrecadado em prol dos músicos que tocam na casa. Também encontrada na Vitrine da Cerveja.

Growler com All Together da Everbrew.

Por fim, a All Together da cervejaria Octopus também apresenta no aroma o perfil cítrico, com notas de melão bem presentes e também um toque gramíneo, traduzindo uma das marcas da interferênciai novadora na receita original; este procedimento é sinalizado pela própria cervejaria Octopus. Na parte visual, apresenta espuma cremosa e a turbidez característica dos estilos NE IPA, porém mais acentuada que nos casos anteriores. Na boca, entrega notas de melão, um corpo sedoso e amargor moderado, com leves notas picantes e condimentadas, revelando mais traços da criatividade da Octopus na elaboração da sua All Together. Disponível no site Cerveja Salvador.

All Together da cervejaria Octopus.

 

Espelho d’água: Cervejarias se unem para ajudar cooperativa na Bahia

#diáriodaquarentena

Dez cervejarias se uniram para fazer uma boa ação durante a quarentena provocada pela COVID19. Dádiva, Japas, Mafiosa, Augustinus, Quatro Graus, Treze, Cathedral, Orchid, Mindubier e 4Islands (Holanda) lançaram a colab Espelho D’Água, uma American Pale Ale criada para ajudar a Cooperativa Repescar, coletivo formado por pescadoras (es) e catadoras (es) de mariscos que foi bastante afetada pelo fechamento de bares e restaurantes.

Colab Espelho D’Água

A Cooperativa Repescar foi fundada em 2005 no município de Vera Cruz, que fica na borda leste da ilha de Itaparica, distante cerca de 5 km de Salvador. Sua principal fonte de renda vem do fornecimento de peixes e mariscos para estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes; com a suspensão de grande parte das atividades nestes locais, as finanças da Repescar foram profundamente afetadas. Para amenizar esta situação, um percentual do que for arrecadado com a venda da Espelho D’Água será repassado para a cooperativa. “Ficamos muito felizes com o apoio dado por essas cervejarias. A gente vai reverter este valor em cestas básicas, que serão doadas para cerca de 400 famílias de trabalhadores assistidas pela Repescar”, disse o assessor técnico de gestão da Cooperativa Repescar, José Carlos Bezerra, o Zeca.

Pessoal da Cooperativa Repescar durante mais um dia de trabalho em Vera Cruz. Fonte: arquivo pessoal José Carlos Bezerra (Zeca).

Apoiar causas sociais não é algo novo no meio cervejeiro. Durante esta pandemia, por exemplo, o Blog Lupulado destacou o trabalho feito pela cervejaria Mito no Rio de Janeiro. No ano passado, a loja Vitrine da Cerveja, em Salvador, promoveu o evento Chopp Solidário como forma de arrecadar donativos para o Asilo São Lázaro; naquela época, o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins, destacou o potencial do meio cervejeiro para ajudar nas causas sociais, o que ficou comprovado novamente agora com o projeto da Espelho D’ Água. “Desde o início da pandemia estamos tentando viabilizar um projeto para ajudar o meio. Aí encontramos na Dádiva o apoio necessário. Juntaram todas as cervejarias da Distribuidora e bolamos esse rótulo. A escolha em ajudar a Cooperativa Repescar também nos deixou muito felizes, pois foi sugestão da Mindu, após conversa com (chef) Fabrício Lemos, do (Restaurante) Origem. A sugestão da Mindu foi aceita por todas as cervejarias e o rótulo foi pensado justamente para dar apoio à cooperativa”, disse Gustavo.

Alta qualidade: Parte do pescado fornecido pela Cooperativa Repescar. Fonte: José Carlos Bezerra (Zeca).

A Espelho D’Água é uma cerveja leve (5,2% ABV) e bastante aromática, com notas cítricas e de frutas tropicais. Boa formação de espuma, visual límpido e cor dourada. Corpo médio, amargor acentuado (50 IBU) e bem equilibrado com o aroma, com notas de menta no retrogosto. “Ela harmoniza com todos os mariscos; especialmente aratu, ostra e siri caem muito bem com esta cerveja”, recomendou Zeca. Em Salvador, a Espelho D’Água pode ser encontrada em latas e em chopp, nas lojas Cerveja Salvador, Vitrine da Cerveja, Casa Olec, além do canal de vendas da MinduBier.

A cooperativa Repescar está atendendo diretamente clientes interessados em peixes e mariscos através de seu perfil no Instagram; os pedidos também podem ser feitos pelo Goomer. Além das cervejarias, a Repescar está recebendo apoio de outros parceiros, como a ONG Humana Brasil, e também doações, que podem ser feitas através da conta:  Cooperativa de Pescadores e Marisqueiros de Vera Cruz – Banco do Brasil, Agência 3.921-7, Conta: 21.117-6, CNPJ:07.738.722/0001-97

Cooperada em ação na Ilha de Itaparica – BA. Fonte: Arquivo pessoal José Carlos Bezerra (Zeca).

Cooperadas exibindo resultado do trabalho. Fonte: Arquivo pessoal José Carlos Bezerra (Zeca).

 

Da Bélgica para Bahia

#diáriodaquarentena  

Na semana passada, duas cervejarias de Salvador, Bardo e MinduBier, apresentaram respectivamente a Mefisto e Klooster, duas novidades seguindo estilos belgas. Como é sabido, as cervejas da Bélgica são marcadas pelo alto grau qualidade, variedade, complexidade e criatividade, tornando-se referência para outras escolas no mundo. Por exemplo, o país possui seis mosteiros da Ordem Trapista, que produzem os famosos rótulos Orval, Chimay, Rochefort, Westmalle, Ache e Westvleteren. A importância da Bélgica no universo cervejeiro é tão grande que a UNESCO declarou, em 2016, as cervejas belgas como Patrimônio Imaterial da humanidade.

Mefisto é a Belgium Golden Strong Ale da cervejaria Bardo; lançada em em 2017, vem sendo produzida uma vez por ano. A cerveja possui cor acobreada, visual límpido, com espuma densa e persistente. O aroma adocicado e frutado carrega notas florais bem sutis. A sensação de boca é leve, porém licorosa (8,9 ABV), com baixo amargor (28 IBU).  Na hora do gole, via de regra, pode-se sentir o típico dulçor residual do estilo, acompanhando das notas picantes trazidas pela adição de gengibre e semente de coentro.

“Quando nós fechamos a receita, determinamos as principais características em nível de álcool, densidade, o quanto de amargor para equilibrar com este dulçor residual; partimos para a escolha da cepa de leveduras a fim de garantir que a cerveja apresentasse um pouco de fenólico, que é justamente a característica das cepas utilizadas pela escola belga. Aí escolhemos duas especiarias – gengibre e semente de coentro – que no final proporcionaram este resultado marcante, se equilibrando aos compostos da fermentação”, disse o cervejeiro da Bardo, Mateus Magalhães. “A escola belga tem estilos que casam muito bem com certas especiarias. No caso da Mefisto, para dar este diferencial, a gente escolheu adicionar gengibre e semente de coentro; esses adjuntos se misturaram e se equilibraram com todos os compostos gerados pela levedura durante a fermentação. O gengibre e o coentro conferem certo frescor e a gente conseguiu trazer isso para uma cerveja alcoólica, com drinkability bem legal”, complementou.

Outro aspecto que chama atenção na Mefisto é o nome da cerveja, seguindo a mesma linha de outras Belgium Strong Ale, que fazem referência à figura satânica do cristianismo, a exemplo da Lúcifer e da clássica Duvel (que significa “diabo” em Flamenco). “Em nossos rótulos, sempre fazemos muita analogia aos jogos de representação (RPG), mas também trabalhamos com outros conceitos e valores culturais. Pensando justamente na proposta introduzida pela Duvel, inspiramos na literatura para escolher o nome Mefisto, que aparece na obra Fausto, de Goethe.

Também seguindo a linha da escola Belga, a cevejaria MinduBier lançou a Klooster (8,9%ABV e 30IBU), mais um rótulo para seu portfólio de sazonais. Diferente da Mefisto, o nome faz uma referência aos monastérios belgas, onde tradicionalmente algumas cervejas são produzidas naquele país. O estilo também é outro, neste caso, uma Belgium Tripel com adição de amendoim. “Minha proposta, na verdade, não foi avançar no estilo Tripel, nem aprimorar; quem sou eu para mexer no trabalho que os monges fazem tão bem há centenas de anos! Só quis dar uma regionalizada e trazer um pouco do São João e do Nordeste para o estilo Tripel”, explicou o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins.

A Klooster também possui cor acobreada e visual límpido, com espuma persistente e com boa carbonatação. No aroma, um diferencial: além de trazer as tradicionais notas frutadas e condimentadas do estilo, possui presença marcante do amendoim.  A sensação de boca é bem leve, seca entregando logo em primeiro plano o amendoim, proporcionando uma combinação extremamente agradável com o dulçor tradicional do estilo; as notas de amendoim ainda permanecem no retrogosto. “Também foi minha intenção fazer a cerveja bem seca, e realmente o amendoim, que foi torrado na cervejaria, ajudou a quebrar esse dulçor”, disse Gustavo. “A Klooster faz uma harmonização perfeita com amendoim, vale a pena experimentar”, finalizou.

A Mindu Klooster pode ser encontrada nas lojas Cerveja Salvador e Vitrine da Cerveja, na capital da Bahia, além de outras pelo Brasil; também pode ser adquirida pelo canal de vendas da Mindu (Whatsapp: 71 99708 9440). Já a Mefisto está disponível via direct no Instagram da Bardo ou através do canal de vendas da cervejaria (Whatsapp: 71 98826 2791).