Tradicional evento cervejeiro acontece na versão “pocket”

Consolidado como principal evento de cervejas artesanais do estado da Bahia, a Pilsner Fest investe em uma nova proposta: Pilsner Pocket. Esta edição irá acontecer no próximo sábado (15/04) a partir das 16h na Casa Rosa, situada no bairro Rio Vermelho, em Salvador. “Além de trazer um conceito diferenciado e uma experiência única, desta vez, a opção por um espaço fechado se deu em função das chuvas que ocorrem constantemente no mês de abril; assim, a Pilsner Pocket irá acontecer em um local ‘à prova de chuvas’”, disse um dos organizadores do evento, Alessandro Canella. Vale recordar que as edições do Pilsner Fest ocorreram na AABB, um local predominantemente aberto. “O termo ‘pocket’ faz referência a um pacote, que é exatamente o que queremos oferecer: um ambiente exclusivo e aconchegante, com cervejarias especiais, atrações musicais e gastronômicas para garantir a satisfação de todos os participantes. O Pilsner Pocket foi criado pensando em levar o melhor do nosso evento para todas e  todos, incluindo pessoas que moram na região do Rio Vermelho e que ainda não tiveram a oportunidade de participar das edições anteriores na AABB”, complementou Canella.

Alessandro Canella

Outro aspecto inédito da Pilsner Pocket, frente as edições anteriores da Pilsner Fest, é a disponibilidade de algumas máquinas de automação de chopp da empresa baiana de tecnologia AI.CERV. Além desta novidade, a Pilsner Pocket contará com quatro atrações musicais no melhor estilo “tributo”, tocando covers de Ed Sheeran, Pink Floyd, Coldplay e Red Hot Chili Peppers, ao lado das melhores cervejarias artesanais da Bahia. Tudo isto harmonizado com opções gastronômicas de primeira qualidade. Ingressos para a Pilsner Pocket, com desconto especial para os leitores do Blog Lupulado, podem ser encontrados aqui.

A Prova dos 10: Os melhores rótulos de 2020

#diariodaquarentena

O Blog Lupulado apresenta sua lista das melhores cervejas experimentadas em 2020, um ano difícil para muitas pessoas do meio cervejeiro; eventos foram cancelados, bares e restaurantes fechados, estabelecimentos comerciais operando por delivery ou retirada. Particularmente, a necessidade de me manter por meses em casa fez aumentar meu consumo de cerveja e acabei provando muitos rótulos interessantes; foi difícil escolher (apenas) os 10 melhores rótulos. Neste ano, infelizmente, tive que deixar de fora da minha lista final as cervejas feitas em HomeBrew (quero ressaltar que provei muita coisa boa de amigos e amigas que fazem cervejeira caseira);. porém,  optei por contemplar na minha lista apenas cervejas com registro, buscando estimular a profissionalização do meio e também por reconhecimento às cervejarias que correram atrás do MAPA.

É importante destacar mais critérios que foram adotados para eleger os melhores rótulos de 2020. Primeiro, considerei apenas cervejas efetivamente provadas neste ano; ela pode até ter sido concebida em 2019, 2018, ou outro ano, porém a minha primeira degustação deve ter ocorrido obrigatoriamente em 2020. Outros critérios observados são a “inovação”, isto é, os aspectos acrescentados pelo rótulo às características típicas do estilo, e “originalidade”, aquilo que pode ser considerado o diferencial da cerveja. O último aspecto considerado nesta análise é mais subjetivo, partindo do meu gosto pessoal, que envolve experiências prévias e minha preferência por determinados estilos. Cabe destacar também que lista abaixo não traduz uma espécie de ranking, ou seja, elencando da melhor à pior cerveja; meu intuito é apenas apontar os dez melhores rótulos que provei em 2020, sem qualquer tipo de ordenação entre eles.

As 10 melhores cervejas experimentadas em 2020:

Entomology (Dádiva e Quatro graus). American Oat Strong Ale com 9,5% de álcool. Espuma fina, coloração dourada e turva, por causa da adição de aveia. Notas herbais e coco no aroma; na boca um corpo alto com certa viscosidade licorosidade. Uma cerva de alta complexidade, que se destacou entre as outras que provei em 2020!

Comfort Triple Cream IPA (Quatro Graus): Experimentei logo no início do ano, em Janeiro, aqui em Salvador. Pude degustar outras vezes em minhas férias de verão e no carnaval no Rio. Confira a resenha no Blog.

Mindu Klooster (MinduBier): Belgian Tripel da cervejaria baiana MinduBier, que arrebentou no critério “inovação” ao acrescentar aromas e sabores incríveis de amendoim e paçoca. Confira a resenha no Blog.

Rainha da Cevada Preta com Hortelã (Calundu): Outra cerveja feita na Bahia, trata-se de uma Dry-Stout com alta drinkabilidade, que apresenta uma nota de menta muito bem inserida ao final do gole, tornando-a especial entre outras do estilo. Confira a resenha no Blog.

Dank Therapy, da cervejaria Bold.

Dank Theraphy (Bold): No auge do isolamento social, em meio ao fechamento de 14 dias do comércio no meu bairro em Salvador, encontrei esta cerveja maravilhosa para celebrar meu aniversário em 24 de junho; foram 5 litros degustados sozinho em casa. É uma double NE IPA com perfil Dank e notas de frutas amarelas, características proporcionadas pela inserção de um lúpulo novo, que se tornaria um dos “queridinhos” de 2020: o Strata.

Oxford, double IPA da cervejaria Proa

Moon Waves (Moondri): O IPA Day da Kombita de 2020 foi online, mas trouxe esta IPA maravilhosa do Paraná. American com amargor na medida, aromas e sabores cítricos, com notas bem originais, que remetem à casa de limão.

Oxford (Proa): Me interessei quando vi esta cerveja da Proa em um app para delivery. Ao buscar informações sobre este rótulo no Untappd, vi que era edição limitada e não estava mais em produção. Garanti logo minha prova e fui feliz: Double IPA muito fácil de beber, cremosa, seca, com notas de pinho e caramelo!

IPA Bahia da Cervejaria NordHaus, em Juazeiro-BA.

IPA Bahia (Nordhaus): Nas margens do Rio São Francisco, em Juazeiro da Bahia, funciona o brewpub desta cervejaria, que já foi pauta aqui no Blog. A IPA Bahia tem como protagonista o cacau, seguido com notas de caramelo que fazem certa referência à escola inglesa.

Yellow Cab (Croma): Juicy IPA com aroma  de frutas amarelas, especialmente maracujá e melão, com um toque de aveia. Corpo sedoso, amargor no ponto e levemente licorosa.

EverBlend (EverBrew): Esta NEIPA traz aromas e sabores compilados de três outras cervejas do mesmo estilo lançadas pela cervejaria: EverMaine, EverMass e Evermont. O resultado é um cerveja de corpo aveludado, alto amargor e aroma intenso de frutas amarelas.

 

DOSE DUPLA DE CALUNDU: CERVEJARIA CIGANA LANÇA RAINHA DA CEVADA PRETA

A cervejaria baiana Calundu lançou dois rótulos para celebrar seu primeiro aniversário, comemorado no último dia 14 de setembro. Partindo de uma mesma base para o estilo Dry Stout, os cervejeiros utilizaram dois adjuntos, café e hortelã, para conceber duas cervejas distintas com o nome Rainha da Cevada Preta. “A nossa ideia original era fazer uma Dry Stout com menta. Entretanto, como eu adoro café, acabei sugerindo usar esta mesma base para fazer dois rótulos do mesmo estilo: Rainha da Cevada Preta com hortelã e a Rainha da Cevada Preta com café”, revelou o cervejeiro da Calundu, Danilo Dias.

“A escolha pelo estilo Dry Stout se deu em função do conceito que traçamos para o início dos trabalhos com a Calundu: Produzir cervejas que são conhecidas como ‘cervejas de entrada’ ou ‘cervejas de passagem’, isto é, cervejas mais leves para auxiliar pessoas que desejam migrar dos rótulos industriais para os artesanais e estilos mais extremos, proporcionando uma transição mais agradável para o paladar”, explicou Danilo. “Pensamos também em oferecer o prazer típico das cervejas artesanais pretas, para quem não está acostumado”, complementou Danilo. O processo de brassagem da Rainha da Cevada Preta foi feito de forma cigana na cervejaria Feyh Bier, em Lauro de Freitas-BA. Além dela, a Calundu possui em seu portfólio as cervejas Xêro-Mole (Summer Ale) e Largudoce (American IPA).

A primeira da prova foi a Rainha da Cevada Preta com café. Via de regra, apresentou a cor preta típica do estilo Dry Stout, com espuma baixa e cremosa. Aroma de malte torrado com notas marcantes de café. Na boca, além da forte presença do café, que permaneceu no retrogosto, entregou um corpo baixo e amargor moderado (38 IBU e 4,5% ABV).

Logo em seguida foi a vez da a Rainha da Cevada Preta com hortelã. No aroma, o café perdeu um pouco do protagonismo ao se misturar com as notas de cacau. Na sensação de boca, o mesmo corpo leve , porém desta vez o sabor de café se misturou às notas de chocolate amargo, tudo combinando muito bem com a menta, comprovando a boa inserção da hortelã feita pelos cervejeiros da Calundu (38 IBU e 4,5% ABV). Como impressão final, ficou a sensação de que a Rainha da Cevada Preta com hortelã trouxe algo diferente do que se vê normalmente em cervejas no estilo Dry Stout.