Festivais de Cerveja e Gastronomia Alemã agitam o mês de outubro

A segunda quinzena de outubro, em Salvador, será marcada pela realização de celebrações inspiradas no tradicional Oktoberfest, criado nos anos 1800 em Munich, na Alemanha. No próximo sábado (21/10), a partir das 14h, acontece o 1º Oktoberfest do Entre Brasas, na fábrica da MinduBier, Lauro de Freitas. No sábado seguinte, a partir das 17h, será a vez da segunda edição do Oktoberfest Salvador, na AABB em Piatã, Salvador.

Entre Brasas

A Organizadora do Evento, a chef Emanuele Nascimento, preparou um cardápio com opções que viram desde o tradicional churrasco aos pratos clássicos alemães, como joelho de Porco e Salsichão. Para harmonização, haverá os conhecidos estilos de cervejas da Mindu e drinks criados pelo Mixologista Dan Morais. A festa ainda contará com concursos para os participantes, como maior campeão de chopp, barba mais estilosa e melhor barriga cervejeira.  O som fica por conta das bandas Monarka e The Kingsmen, além da Fuzodrive.

Oktoberfest Salvador

No sábado seguinte, acontecerá pelo segundo ano consecutivo a Oktoberfest Salvador, que também irá reunir estilos de cerveja e pratos da gastronomia alemã. Até o momento, as cervejarias Híbrida e MinduBier já confirmaram presença no festival. O som bica por conta da banda paulista Três Caras, além das locais Kingsmen e Lute.

Serviço

1º Oktoberfest do Entre Brasas

Data: 21 de outubro de 2023

Horário: a partir das 14h

Local: Fábrica da Mindubier

Endereço: Rua Martins de Oliveira, 109 – Pitangueiras – Lauro de Freitas

Oktoberfest Salvador

Local: AABB Salvador

Data: 28 de outubro de 2023

Horário: A partir das 17:00h

Atrações musicais: Três Caras, Kingsmen, e Lutte

Sete anos de Mindu

A Cervejaria MinduBier celebra na próxima quarta-feira (06/09), véspera de feriado, seu sétimo aniversário. A festa acontece no BrewPub da MinduBier, anexo à fábrica, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Para marcar o evento, a cervejaria fará lançamento de dois rótulos. “O primeiro é a Seven, uma Barrel-Aged Barley Wine, envelhecida por 1 ano em barril de carvalho, com 9,4% ABV .e  40 IBU”, disse o cervejeiro da Mindu, Gustavo Martins. “O segundo lançamento é Tiny Hazy, uma Session Hazy IPA com 4,5% ABV. e 30 IBU, feita com blend dos lúpulos Bravo Idaho e Zappa; esta cerveja passou também por um processo da biotransformação, potencializado pelo Aromazyme”, complementou.

Com Gustavo Martins (Esq.) e André Mendonça (Dir) no BrewPub da Mindu Bier

Com Gustavo Martins (Esq.) e André Mendonça (Dir) no BrewPub da Mindu Bier

A Chef Emanuele Nascimento será responsável pelo preparo dos pratos, que variam desde os Hambúrgueres Angus até as especialidades como Choripan Uruguaio, Yakitoris e uma variedade de opções como Barriga de Porco, Linguiça defumada e Bife de Chouriço.O som fica por conta das bandas SOTERBANE e FUZODRIVE.

UMA TEMPORADA DE VITÓRIAS PARA A MINDU

Este ano vem sendo especial para a cervejaria, que faturou no último mês de agosto, com a MInduIPA, a Medalha de Ouro no World Beers Awards,  categoria American IPA. “Em 2023 colhemos bons resultados com nossos projetos, por exemplo, o nosso bar em Lauro de Freitas e os nossos rótulos que foram premiados. Isto aumentou a procura por nossas cervejas em nível nacional. Em longo e médio prazo, planejamos aumentar o nosso potencial para envase, operando também com envase em latas aqui na cervejaria”, disse André Mendonça, sócio da MinduBier.

Gustavo Martins e a premiada MinduIPA

A MinduBier foi fundada em de 27 de agosto de 2016 pelo cervejeiro  Gustavo Martins e outros dois amigos, na data que marcou o primeiro lançamento da cervejaria de forma profissional. “É muito bom ver a cervejaria, que começou como uma brincadeira no apartamento, estar hoje em todos os cantos do Brasil e dando orgulho ao meio cervejeiro baiano. Ao longo de sete anos, tivemos altos e baixos, mas nunca deixamos de lado nossa essência, o que nos move, e o que faz a MinduBier ser referência no mercado local e nacional. Isso realmente foi o que fez a gente sobreviver e se destacar em todo esse período”, finalizou Gustavo.

Serviço:

Data: 06 de Setembro (quarta-feira, véspera de feriado)

Horário: Das 18h às 22h

Local: Mindu Gastrobar (Bar de Fábrica da Cervejaria MinduBier) – Rua Martins de Oliveira, 109, Pitangueiras, Lauro de Freitas, BA, CEP 42701-840

Ingressos:

Primeiro Lote: R$ 30,00 (+ taxa de conveniência R$ 3,00) – Inclui copo personalizado do evento!

Segundo Lote: R$ 40,00 (+ taxa de conveniência R$ 4,00) – Inclui copo personalizado do evento!

Ingressos para Grupos:

Grupo de 2 pessoas: R$ 50,00 (+ taxa de conveniência R$ 5,00) – Copos personalizados incluídos!

Grupo de 6 pessoas: R$ 120,00 (+ taxa de conveniência R$ 12,00) – Copos personalizados incluídos!

ENTRE BRASAS E BREJAS

Panorama do Bar da Proa

Acontece no próximo domingo (03/09) a nova edição do festival Entre Brasas, a partir das 12h, no Bar da Fábrica da Proa Cervejaria, em Lauro de Freitas, região Metropolitana de Salvador. O evento é gratuito e oferece opções gastronômicas e musica ao vivo, além dos tradicionais rótulos da cervejaria. Serão 11 torneiras servindo cervejas da Proa, dentre elas a Baiana Lager, Hops for Julia IPA, Carrie Nation IPA, a Double IPA Barril Dobrado, Saravá Tripel, CNTP German Pils, Vienna Lager e a premiada Sour Caju.

Sour de Cajú: cerveja premiada da Proa

Para harmonizar, a o Bar oferece costela fogo de chão, cupim no varal, salmão pranchado, arroz carreteiro, costelinha bbq, bife de chorizo, hambúrguer, linguiça defumada, choripan e pão de alho, além do churrasco japonês, Yakiniku style. Para comandar as estações, o Entre Brasas Festival vai contar com os assadores Diogo Monteiro, Bruno Pirovani, Paulo Rosa, Ícaro Daltro, Karol Mozer e Emanuele Nascimento.

Serviço:

Entre Brasas Festival – Edição Proa cervejaria

Quando: 03 de setembro (domingo), a partir das 12h

Onde: Proa cervejaria (Lauro de Freitas)

Ingressos: Entrada gratuita

GELO & BRASA: PILSNER FEST BARBECUE OFERECE CERVEJA ARTESANAL COM CHURRASCO

Area externa da AABB na última edição da PilsnerFest. Fonte: Assessoria de imprensa PilsnerFest.

No próximo sábado (05/08) acontece na AABB em Piatã, Salvador, mais uma edição da Pilsner Fest, principal festival  de cerveja artesanal da Bahia. O evento é chamado “Pilsner Fest Barbecue” pois contará com a presença de dois talentos do universo do churrasco: Ricardo Brandão e Pablo Araújo.

Fogo de chão. Fonte: Assessoria de imprensa PilsnerFest.

Ambos são mestres churrasqueiros com técnicas especias de preparar carnes, que prometem surpreender o público com cortes suculentos. Ricardo foi campeão do programa Panela de Bairro, da Rede Bahia; é especialista em parrilla argentina e fogo de chão. Já Pablo é um mestre churrasqueiro com mais de 20 anos de experiência, incluindo no âmbito internacional. Outras opções de cortes serão preparadas pelo chef Thiago Mascarenhas, proprietário da hamburgueria Tá Rebocado!.

Alessandro Canella (direita) e o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins (esquerda).

Com o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins (esq), e o organizador da PilsnerFest, Alessandro Canela.

As cervejarias baianas Mindubier, Proa, Híbrida, 2 de Julho, quizumBA, 3Barcaças, Plenus, Rodada, Milesima, Capitânia, Confinada e Dragornia comandam as torneiras da Pilsner Fest Barbecue, oferecendo vários estilos para o público.

PilsnerFest, edição de maio de 2022.

A música fica por conta de Jany (POP/Rock), Renato Coelho Rock Clube (Rock Nacional) e banda Kingsmen (Rock Internacional). Festival começa a partir das 13h, na área verde da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), localizada no bairro de Piatã, em Salvador. Os último ingressos para a Pilsner Fest Barbecue estão à venda no Sympla.

PilsnerFest, edição de maio de 2022.

De vento em popa: cervejaria proa celebra aniversário de 5 anos

No próximo sábado (08/07), a partir das 15h, a cervejaria Proa comemora seu quinto aniversário. A festa vai acontecer no Bar da Fábrica, em Lauro de Freitas. Além das torneiras com cervejas da Proa, o público encontrará opções para harmonização com pratos da Cia do Sertão, além das apresentações das bandas Supervoltz e Caio Bud. “O caminho foi bem árduo nestes 5 anos. O nosso maior desafio é diariamente ter que nos deparar com um mercado que ainda estamos construindo. Acho que, neste sentido, conseguimos até avançar bastante”, disse a Mestre Cervejeira e fundadora da Proa Cervejaria, Débora Lehnen. “Creio que nosso principal desafio aqui em Salvador é aumentar o mercado, sair da bolha que é a cerveja artesanal e expandir para outros públicos. Este é o principal objetivo da Proa”, complementou.

Débora Lehnen, cervejeira e proprietária da Proa

A cervejaria Proa possui em seu portfólio rótulos dos mais variados estilos, por exemplo a Baiana Lager, Carrie Nation (IPA), Iris (APA), Reserva da Proprietária (RIS), dentre outras. “Uma frase que temos repetido muito nos últimos tempos, que faz todo sentido para nós, é: Por trás de cada PROA, existe uma história. Todas as cervejas que a gente fez tem um significado especial para nós, não foram feitas simplesmente do nada”, explicou Débora. A cervejaria possui também rótulos premiados, como a Porreta (saison com pimenta) e a Caramelo Salgado (RIS), que foram medalhistas no World Beer Awards de 2020, além da Sour com Caju, que faturou recentemente as medalhas de de Bronze no CBC e ouro no Brasil Beer CUP.

Sour de Caju, cerveja premiada da Proa.

“Eu poderia ficar horas com você falando sobre nossas cervejas. Porém, recentemente uma delas tem se destacado e representa muito pra gente: a Sour de Caju. Anteriormente, a gente fez algumas sour que demoraram muito tempo pra vender. Então decididamente eu já tinha desistido de fazer este estilo aqui em Salvador. Entretanto, acho que é uma cerveja que combina muito com o clima da cidade. Então eu decidi lançar uma sour com acidez menor, que é essa com caju. Ela também tem um teor alcoólico menor e realmente caiu do gosto do publico aqui em Salvador”, explicou Débora. “Com a nossa Sour de Caju, a gente conseguiu atingir um público que muitas vezes não tomaria cerveja. Acabou servindo de uma porta de entrada pra essas pessoas que não são bebedores de cerveja. Além, á claro, dela ter sido reconhecida e ter levado dois prêmios recentemente. Para nós, esta cerveja é um orgulho. Ela se adequa muito bem à Bahia, com uma característica regional que é o caju, além de combinar muito bem com o calor”, finalizou a cervejeira.

Iris, American Pale Ale da cervejaria Proa.

O Bar da Fábrica fica na R. Dr. Barreto, 303 – Pitangueiras, Lauro de Freitas – BA. Ingressos estão à venda no Sympla.

Tradicional evento cervejeiro acontece na versão “pocket”

Consolidado como principal evento de cervejas artesanais do estado da Bahia, a Pilsner Fest investe em uma nova proposta: Pilsner Pocket. Esta edição irá acontecer no próximo sábado (15/04) a partir das 16h na Casa Rosa, situada no bairro Rio Vermelho, em Salvador. “Além de trazer um conceito diferenciado e uma experiência única, desta vez, a opção por um espaço fechado se deu em função das chuvas que ocorrem constantemente no mês de abril; assim, a Pilsner Pocket irá acontecer em um local ‘à prova de chuvas’”, disse um dos organizadores do evento, Alessandro Canella. Vale recordar que as edições do Pilsner Fest ocorreram na AABB, um local predominantemente aberto. “O termo ‘pocket’ faz referência a um pacote, que é exatamente o que queremos oferecer: um ambiente exclusivo e aconchegante, com cervejarias especiais, atrações musicais e gastronômicas para garantir a satisfação de todos os participantes. O Pilsner Pocket foi criado pensando em levar o melhor do nosso evento para todas e  todos, incluindo pessoas que moram na região do Rio Vermelho e que ainda não tiveram a oportunidade de participar das edições anteriores na AABB”, complementou Canella.

Alessandro Canella

Outro aspecto inédito da Pilsner Pocket, frente as edições anteriores da Pilsner Fest, é a disponibilidade de algumas máquinas de automação de chopp da empresa baiana de tecnologia AI.CERV. Além desta novidade, a Pilsner Pocket contará com quatro atrações musicais no melhor estilo “tributo”, tocando covers de Ed Sheeran, Pink Floyd, Coldplay e Red Hot Chili Peppers, ao lado das melhores cervejarias artesanais da Bahia. Tudo isto harmonizado com opções gastronômicas de primeira qualidade. Ingressos para a Pilsner Pocket, com desconto especial para os leitores do Blog Lupulado, podem ser encontrados aqui.

Vem aí a 5ª Pilsner Fest

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*promoção válida para compras feitas até 06/08/2022

 

Acontece no sábado dia 13/08, a partir das 17h, na área verde da AABB, em Piatã (Salvador), a 5ª edição do Pilsner Fest. Da mesma forma que nas vezes anteriores, o foco do evento é na combinação entre cerveja artesanal, gastronomia e música de qualidade. “Preparamos também uma novidade para esta edição: Grupos de até 20 pessoas podem adquirir um barril de qualquer cerveja no estilo Pilsner, que esteja sendo servida no evento. Daí engatamos o barril na chopeira para a turma consumir no local, durante a festa”, disse um dos organizadores do evento, Alessandro Canella. “Quem quiser curtir esta experiência na 5ª Pilsner Fest deve se apressar e fazer logo a reserva do equipamento, pois restam poucos disponíveis”, complementou.

Alessandro Canella da organização da Pilsner Fest.

Ao todo, serão nove cervejarias participantes do Estado da Bahia: ArtMalte, Cervejaria do Meu Amigo e Confinada (Salvador), Dragornia (Feira de Santana), Rodada (Luiz Eduardo Magalhães), Proa, MinduBier, Híbrida e 2 de Julho (Lauro de Freitas). “Nesta edição, a Cervejaria 2 de Julho vai levar cervejas que todo mundo já conhece e gosta, como a nossa American IPA, e nossas últimas novidades, dentre elas a BR Ale e a APA”, disse Margo Jacobina, da Cervejaria 2 de Julho. “E ainda vai rolar o lançamento da nossa Double IPA na 5ª Pilsner Fest, superlupulada com lúpulo brasileiro, com 8,1% e 85 IBU. Direto do tanque para festa, fresquíssima. Pra galera que curte cerveja artesanal é uma ótima pedida!”, revelou Magno.

Stand da Cervejaria 2 de Julho na quarta edição da Pilsner Fest, em maio deste ano.

Para Alessandro Canella, “ A Pilsner Fest é uma oportunidade de provar as melhores cervejas da Bahia bem frescas, algumas cervejas estão saindo do tanque para o evento. Privilegiar as cervejarias baianas ajuda a fortalecer o cenário cervejeiro local”. Além das cervejarias, o evento contará com 5 tendas de Street Food. O som ficará por conta das bandas Monarka (Cover U2), Kingsmen (Cover Elvis Presley), Funky Animals (Cover Maroon 5) e DJ Papau.”Como menos de 20% dos bebedores de cerveja tem um costume de consumir cerveja artesanal, pra mim o Pilsner Fest tem um papel muito importante que vai muito além de apresentar a variedade que a produção artesanal traz, mas principalmente de valorizar as cervejas frescas e ricas que são produzidas na Bahia. Aqui se faz cerveja de muita qualidade e lá você pode aproveitar isso com muita comida boa e bandas muito legais em uma excelente festa”, finalizou Magno. Os ingressos para a 5ª Pilsner Fest podem ser adquiridos com 25% de desconto aqui.

 

 

Lata na cabeça: cervejaria do interior é pioneira no envase em latas na Bahia

O cervejeiro da Aguste, Márcio Oliveira, e seu sócio e irmão, Vinícius Oliveira (Fonte: Cervejaria Aguste)

Serrinha é um município no interior da Bahia com pouco mais de 80 mil habitantes, que fica a 170 km de Salvador. No meio cervejeiro, a cidade vem se destacando por conta da cervejaria Aguste, que além de produzir bons rótulos é a única fábrica com MAPA que envasa em latas no estado. “Começamos com o envase em latas no ano de 2021. Nossa capacidade de envase é de 350 latas por hora e, tranquilamente, mil litros por dia”, disse o sócio da Aguste, Vinícius Oliveira. “No momento, só estamos atendendo cervejarias ciganas; porém, a partir do próximo mês de março, começamos a envasar em latas as nossas cervejas, que atualmente servimos apenas nas torneiras. Estamos abertos a outras cervejarias que queiram envasar com a gente”, complementou.

Fábrica da Agsute em Serrinha (BA) (Fonte: Cervejaria Aguste)

Segundo Vinícius, além do envase em latas, todo o processo de pasteurização da cerveja também pode ser feito na fábrica da Aguste, bem como a parte de impressão de rótulos e outras informações que devem contar na lata. A máquina para envase trabalha com todos os formatos de lata, de 269 ml ate 710ml; a única ressalva é que a tampa precisa ser do padrão CDL. De acordo com Oliveira, a cerveja sai pronta para a venda. “Temos duas alternativas. Primeiro, a cerveja pode ser feita e envasada aqui na fábrica. Porém, temos alguns parceiros que pretendem envasar poucos litros, por isso eles preferem trazer a cerveja já embarrilhada e fazer o envase em lata com a gente. Neste caso, deixamos o barril na câmara fria para estabilizar a cerveja, depois passamos para o fermentador e envasamos na lata. Estamos trabalhando em parceria com colegas de Salvador e Lauro de Freitas para a aprimorar este processo, fazendo ajustes no equipamento para transferir a cerveja direto do barril para as latas”, explicou Vinícius.

Fizemos a prova de um dos rótulos produzidos na Aguste,  a Cabruca, uma English IPA , feita em parceria com a cervejaria cigana Natucoa, de Ilhéus-BA. A Cabruca é uma cerveja na coloração âmbar, com média formação de espuma, álcool e amargor moderados (5,7%ABV e 42 IBU). Seu aroma combina notas de cacau, rapadura e caramelo. Por ser uma cerveja bem maltada, o sabor caramelo permanece na boca junto do cacau, lembrando também os famosos chocolates de Ilhéus. A Cabruca pode ser encontrada em Salvador na loja Bocapiu.

 

Cerveja Cabruca, uma English IPA envasada na fábrica da Aguste (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

 

 

 

 

 

 

Desce fácil! Lançamento marca parceria entre cervejaria e loja em Salvador

 MinduBier e Cerveja Salvador lançaram a Easy Going, uma Session IPA que é o primeiro rótulo colaborativo entre a cervejaria e loja de cervejas artesanais, localizada no Rio Vermelho. “A proposta foi criar uma cerveja leve, para ter sempre em nossas torneiras. Aí procurei o Gustavo Martins, da MinduBier, para verificar se os custos faziam sentido e ele me apresentou uma proposta. A ideia era fazer aqui mesmo na Bahia, aí apareceu a opção de parceria com a Cervejaria Potus”, disse Alex Pires, proprietário da loja Cerveja Salvador. “Pensando nos estilos com maior procura nesses primeiros meses que estamos fornecendo Chopp, verifiquei uma preferência por cervejas mais leves; eu sempre comentava com o Gustavo que queria trazer de volta para a loja a Mindu Summer, da MinduBier…. com a evolução das nossas conversas, chegamos a esta Session IPA”, complementou.

Alex (Cerveja Salvador) e Gustavo (MindiBier) na brassagem da Easy Going (Fonte: Cerveja Salvador).

A Easy Going, como sugere o nome, é uma cerveja ideal para beber em cidades de clima quente tipo Salvador! Tem um visual límpido, amarelo claro, boa carbonatação. O aroma traz notas críticas bem presentes; na boca, apresenta corpo baixo, amargor (20 IBU) e álcool (4,5% ABV) bastante moderados, que garantem alta drinkabilidade. “O Gustavo me apresentou duas receitas para fazermos nossa session IPA. Daí escolhi esta, por levar lúpulos que eu gosto mais – Citra, Mosaic, Galaxy e Ekuanot”, revelou Alex. Outro aspecto que chama atenção na Easy Going são as marcantes notas de limão e maracujá no retrogosto.

Este lançamento pode ser encontrado à preços promocionais na loja Cerveja Salvador, tanto em chopp quanto em garrafas. “A Easy Going está sendo bem aceita pelo público. Vendemos mais de 150 Litros só na primeira semana. Com certeza faremos novos rótulos, em um futuro breve”, finalizou Alex.

A Hora do Home Brew: Uma visão da produção caseira na Bahia em 2020 e perspectivas Pós-Pandemia

No último post de 2020, compartilhei aqui no blog minha lista com os 10 melhores rótulos que provei no ano passado. Dentre os critérios que estabeleci para escolha, um deles consistia na obrigatoriedade do registro MAPA, no intuito de estimular a profissionalização das cervejarias. O ano virou e, curiosamente, amigos cervejeiros de panela da Bahia me procuraram logo na primeira semana de 2021, mas não para questionar essa lista dos Top-10 de 2020, e sim para oferecer suas novas produções. Nestes tempos em que os números de casos de Covid19 voltam a subir, muitas pessoas (eu, inclusive) decidiram retomar o isolamento social, enquanto aguardam a liberação da vacina. O Home Brew, portanto, surge como alternativa interessante para atividade nos dias de pandemia, especialmente para quem possui conhecimento, habilidades e o equipamento necessários para fazer cerveja em casa.

Na primeira semana de janeiro, recebi as seguintes cervejas caseiras: Double IPA da Carranca Chapada (Juazeiro-BA/Petrolina-PE); “Apollo” e “Dionysius”, respectivamente uma West Coast IPA e uma Red Double IPA, da Cervejaria HopDevils (Jacobina- BA); a Double IPA “VHS”, a IPA “Flor do Desejo” e a FarmHouse Ale “Christimas Farm”, da Biônica HomeBrew (Salvador-BA), além da Sour IPA com Morango, que celebra o aniversário de três anos desta cervejaria. Todas essas cervejas são baianas, exceto a da Carranca Chapada, que é produzida no Vale do São Francisco; esta região, que abarca os municípios co-irmãos Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), apresenta grande conexão com a Bahia especialmente pela maior parte do seu território estar situada no estado. Enquanto provava esses rótulos em casa, aproveitei para conversar com os cervejeiros pela internet. Na pauta, além de passar para eles meu feedback sobre as cervejas, perguntei também sobre a produção e os dilemas que os caseiros vêm enfrentando durante a Pandemia, além das perspectivas para o futuro pós-pandemia. O foco da conversa, portanto, não foi exatamente na degustação dos rótulos em si, mas na produção destas cervejas na quarentena provocada pela Covid19.

HomeBrew na Quarentena

“A maior parte dos colegas que faz cerveja reduziu a produção neste período de quarentena, sobretudo aqueles que objetivam a venda. No meu caso, a pandemia não alterou significativamente minha rotina de produção, pois sempre reservo o sábado para brassagem”, disse o cervejeiro da Carranca Chapada, Diógenes Batista. “A disponibilidade de insumos não foi fator limitante na minha produção. Também não senti falta de produtos quando realizei as compras; no caso de lúpulo nobres, principalmente, Galaxy e Mosaic, percebi sim um aumento significativo nos preços, possivelmente por conta do dólar”, destacou. “Na quarentena, acabei me aventurando em receitas diferentes, como uma Scottish 80 Export e uma Sour com groselhas, estilos que nunca tinha produzido antes. Também fiz meu primeiro hidromel (12,5% ABV) com Manga Preta (Mangifera similis), uma fruta selvagem da Indonésia”, revelou Diógenes.

Provando mais cerveja criada por Diógenes Batista na Carranca Chapada.

O cervejeiro da HopDevils, Pedro Dourado, disse que sua produção durante quarentena está sendo “absolutamente normal, sem nenhuma adversidade em termos de criação; o ponto negativo é a falta de interação com pessoas para troca de experiências e ideias”, o que acontece muito nos eventos, que foram suspensos desde o início da pandemia. “O preço dos insumos inevitavelmente subiu, como quase tudo, mas isto não parou o Home Brew, no entanto. Em termos de escassez, não senti nenhuma diferença”, complementou.

Pedro Dourado, da HopDevils.

Para o cervejeiro da Biônica Home Brew, Tiago Lima, a produção caseira se intensificou durante a quarentena. “No meu caso, também aproveitei para focar bastante na pesquisa e no estudo, inclusive investi em cursos online de cerveja, de design dos rótulos e arte do Home Brew. Fiz também uma transição do meu equipamento, para tentar fazer brassagem maiores ou duplas de uma única vez”. Tiago não relatou dificuldades com relação a escassez de matéria prima e a alta de preços durante a Pandemia. “Pelo contrário, houve até uma pequena baixa no momento de entressafra, como no caso do lúpulo. A alta do malte esta chegando agora”, destacou. O cervejeiro enfatizou que seu foco sempre é naquela receita que está em curso. “Eu gosto de fazer a cerveja, de cozinhar, de testar insumos e técnicas de brassagem, que só desenvolvi por investir num equipamento caseiro próprio. Mas os custos são altos e a produção do Home Brew é bem menor frente as outras cervejarias artesanais. No início, eu fazia para consumo próprio; depois comecei a vender cerveja para os amigos. Aconteceu de me fazerem encomendas também para aniversário, festa particular, casamento … teve até chá de fraldas com lote todo exclusivo, sempre para os amigos”.

Tiago Lima, da Biônica HomeBrew

Perspectivas pós-pandemia 

Desses três cervejeiros caseiros que conversei, apenas Pedro Dourado revelou ter objetivo de sair das panelas em curto prazo e profissionalizar a HopDevils; porém, ele teve que adiar seus planos por causa da pandemia. De outro lado, Diógenes revelou que não tem este tipo de meta com a Carranca Chapada. “Eu nunca vendo minha produção e no momento não tenho pretensão neste sentido. Faço cerveja para meu consumo pessoal e, na maior parte, sempre focando em aprimorar aspectos sensoriais, como aroma e sabor. Também faço cerveja para consumir com meus amigos; neste caso, procuro ajustar principalmente o amargor, considerando a preferência do grupo que irá provar a cerveja”, disse Diógenes. Tiago, por sua vez, admitiu que deseja um dia profissionalizar a Biônica, mas, por ora, não vê esta possibilidade como algo real. “Não consigo parar de fazer cerveja em casa, é uma mistura de vício com prazer.  Faço tudo absolutamente sozinho tudo e não resta tempo para planejar melhor, pois meu outro trabalho (professor) me absorve muito. Mas quero um dia arrumar tempo para essa nova etapa”, ressaltou cervejeiro da Biônica, que já está no Home Brew há seis anos, contando desde sua cervejaria anterior, a Moringa.

“Isto (fazer cerveja em casa) é sempre um movimento crescente, acho que surge cada dia mais gente interessada em aprender; daí fazem uma ou outra brassagem, mas por algum motivo desistem … mas esta experimentação não deixa de ser uma marca clássica do Home Brew, que vai continuar existindo sempre. O Home brew deveria ter mais apoio, precisamos de uma política forte que regulamente e legitime o processo de produção caseira (lembrando que esta política existe, por exemplo, em Minas Gerais, como noticiamos no há dois anos no Blog Lupulado).

Na minha opinião, se nós continuarmos fazendo cerveja em casa, com mais tempo e planejamento, em algum momento a gente poderá criar pequenos núcleos para estimular a produção em conjunto. O cervejeiro caseiro, que pretende botar a mão na massa de verdade, se vê diante de um processo um pouco difícil, que precisa de algum incentivo pois o Home Brew é uma prática cansativa, penosa, daí  você precisa insistir um pouco se quiser continuar”, defendeu Tiago. “Não acredito que fazer cerveja em casa e dividir com amigos próximos seja prejudicial ao mercado local. E também não vejo a indústria e as artesanais como concorrente do home brew. Eu gosto de fazer minha cerveja e gosto também de beber as demais. O lance de profissionalizar ainda me assusta um pouco, acho que tenho menos controle do processo como um todo, então a resistência da panela foi a única opção pra mim. Ou parar, que não é uma opção para mim”, finalizou.