Conheça a Tirana: New England IPA original da caatinga

A edição de dezembro de 2018 do Bazar da Praça, feira de rua realizada em Petrolina-PE, reservou uma novidade para os clientes além das roupas, acessórios e outros itens de vestuário expostos no local. Algumas cervejarias do Vale do São Francisco disponibilizaram rótulos para apreciação e, dentre eles, uma cerveja em especial chamou a atenção: a “Tirana”, uma New England India Pale Ale (NE IPA) produzida artesanalmente pela cervejaria Lunga’s Beer, localizada em Petrolina.

Produção do estilo NE IPA é algo que praticamente não existe no Vale do São Francisco, onde as cervejarias locais já desenvolveram estilos como Lager, Pilsen, IPA, Witbier, Rauchbier, Brown IPA, Stout etc. Segundo o cervejeiro da Lunga’s Beer, Pablo Ferreira, o principal obstáculo talvez seja o fato das receitas exigirem insumos mais difíceis de adquirir e que são usados em escalas maiores frente outros estilos. “Salvo alguma eventual experiência isolada de um cervejeiro de panela, acho que a Tirana é de fato a primeira NE IPA produzida aqui no Vale do São Francisco. Sou fascinado pela escola americana e pelos lúpulos daquele país. Por isso, fiquei decidido a tentar fazer uma cerveja dessas”, disse Pablo, que apontou a EvertMont, da cervejaria Everbrew, como sua New England IPA favorita.

Pablo Ferreira, cervejeiro da Lunga’s Beer, com a NE IPA Tirana

A origem do estilo NE IPA remonta a 1993, quando o cervejeiro Tod Mott brassou um IPA “agressivamente lupulada” para uma cervejaria chamada Harpoon Brewery, localizada na região da Nova Inglaterra (New England). Situada na costa leste dos Estados Unidos, a área envolve os estados de Connecticut, New Hampshire, Rhode Island, Maine, Massachusetts e Vermont. Neste estado, por sinal, é o berço da Heady Topper, comumente considerada a melhor NE IPA do mundo. “As New Elgland IPA procuram escapar das características tradicionais das West Coast IPAs, estilo criado na região da Califórnia, que carrega em si muitos traços da IPA inglesa, como malte caramelo, dulçor, etc. Tecnicamente, a carga de lúpulo nas NE IPAs é feita no final da fervura justamente para ter maior quantidade de sabor e aroma. Antes, os cervejeiros faziam adição no meio da fervura, o que hoje já sabemos que não funciona muito. Se o cervejeiro quiser prevalecer sabor e aroma é necessário fazer adições tardias, principalmente no final e na pós-fervura, com a cerveja já fria; em uma receita de New England IPA pode-se adicionar até 25 gramas por litro só de dry-hopping”, revelou Pablo.

Outro aspecto destacado pelo cervejeiro na produção da Tirana é o tipo de levedura utilizado na brassagem. “Na New England IPA são utilizados insumos que dão características mais frutadas. A levedura decanta menos seu conteúdo para baixo do fermentador, o que deixa a cerveja mais turva, um visual característico deste estilo. Assim, a turbidez ocorre tanto em função do lúpulo como também da levedura”, contou o cervejeiro da Lunga’s beer

Dissecando a Tirana

Para realizar a análise da New England IPA da Lunga’s Beer, provamos a cerveja em dois momentos distintos, afim de apurar ao máximo suas características sensoriais. O primeiro foi diretamente na torneira instalada no Bazar da Praça; o segundo foi realizado  logo no dia seguinte, usando um growler para armazenar e transportar a bebida.

A Tirana apresentou as características típicas do estilo NE IPA, como a tradicional cor amarelada e turva, além da formação de espuma baixa, densa e cremosa. Amargor médio para alto (IBU 65) e o aroma com notas de mamão, melão, melancia, pêra e maracujá pareceram intensamente combinados, promovendo paladar com traços de trigo e aveia, amargor e suculência. O retrogosto bem seco e alcoólico (6,7% ABV), com alta presença de lúpulos que sobraram no final do gole. “Na NE IPA podemos adicionar adjuntos como malte de trigo, trigo em flocos, aveia e até centeio, que possuem uma carga de proteína maior, alterando a cor e elevando o corpo, deixando mais viscoso, pesado e licoroso no sentido da textura, não do álcool”, argumentou Pablo. O cervejeiro ainda destacou que os  insumos necessários para brassar uma NE IPA ainda são caros e as receitas pedem uso em grande quantidade, limitando a demanda à cervejeiros que já consomem e pesquisam sobre o estilo. “Com a tirana, eu quis fazer uma New England IPA bem tradicional, até mesmo para apresentar o estilo a alguns cervejeiros do Vale do São Francisco. Depois que o público daqui estiver mais acostumado à NE IPA, pretendo colocar em práticas outras receitas nas quais inovamos um pouco mais para além do tradicional”, revelou.

Quando indagado sobre harmonização, Pablo mostrou-se um tanto cético. “Não gosto muito de harmonizar para não perder as características sensoriais que o estilo NE IPA oferece, como amargor, aroma frutado, refrescância e cremosidade. Porém, pode-se harmonizar com pratos fortes, tipo carne vermelha e de caça, bacon, hambúrguer, cheddar, comida mexicana e indiana”, concluiu Pablo. Outras informações sobre a Tirana e outros rótulos artesanais da Lunga’s Beer podem ser obtidas com o próprio cervejeiro através da conta da cervejaria no Instagram.

Referências: https://beerandbrewing.com/the-ipas-of-new-england/

Samereiou está de volta!

A Cervejaria Artesanal Old Chico, de Petrolina – PE, está oferecendo nesta semana a sua saborosa Samereiou nas torneiras do Empório Saint Anthony. Como o próprio nome sugere, esta cerveja é do estilo Summer Ale, com ABV 4,6% e IBU 32, corpo claro e espuma fina. O aroma combina herbal e floral, sendo levemente frutado e espuma com bolhas finas. “Este aroma é uma combinação lúpulos americanos e ingleses, que desenvolvemos a partir de testes realizados alguns meses atrás” disse Paulo Júnior, também conhecido como PJ, cervejeiro da Old Chico.

Paulo Júnior (PJ) cervejeiro da Old Chico.

A Samereiou é uma cerveja que dialoga com o clima quente,  bem saborosa e refrescante. O baixo teor alcóolico e o amargor baixo para médio facilitam sua aceitação por paladares menos exigentes. O resultado final apresentou uma cerveja com boa drinkabilidade, versátil, ideal para ser apreciada por um bom tempo em um dia bem quente.

A cerveja Samereiou: Ideal para dias de calor.

“A base da cerveja possui dois maltes especiais, além dos lúpulos já  mencionados. Usamos também uma levedura neutra para evitar um sabor mais ácido, permitindo que o consumidor aprecie a cerveja por mais tempo, por exemplo, por toda uma tarde. Conseguimos equilibrar um balanço entre álcool, malte e lúpulo, permitindo que o paladar não se canse muito na hora da apreciação. A Samereiou mostra para quem está começando a beber o que é uma cerveja de panela, a ideia é que o consumidor saia dela para outro estilo mais forte, uma IPA por exemplo, ajudando nesta passagem de nível”, contou PJ.

O Empório Saint Anthony possui pioneirismo no ramo de cervejas artesanais No Vale do São Francisco. Funcionando desde 2014 em Petrolina, o Saint Anthony foi o primeiro estabelecimento a trazer para a região rótulos de cervejarias como Dogma, Tupiniquim, Walls, Hocus Pocus, dentre outras. Atualmente, o Saint Anthony pretende aumentar a parceria com as cervejarias locais. “Estamos de portas abertas para as cervejarias da região lançarem suas cervejas por aqui. Até por conta deste pioneirismo, estamos sempre prontos para ajudar, tratando os cervejeiros do Vale do São Francisco como uma grande família”, disse Fernando Nascimento, proprietário do Empório Saint Anthony.

A Samereiou da Old Chico está disponível enquanto durar o estoque no Empório Saint Anthony, que fica na Avenida da Integração ao lado da Havan, em Petrolina. O pint custa R$ 9,90. Segundo Paulo Júnior, a Old Chico tem a pretensão de ser parceria dos pontos de venda, por isso é mais provável que o cervejeiro encontre os rótulos da cervejaria em locais como próprio Saint Anthony. No entanto, a Old Chico também recebe pedidos via grupo da cervejaria no WhatsApp e também pelo seu Instagram.

Dobradinha: cerveja do mês e inauguração de BrewPub

A Doutorado do Chopp, cervejaria localizada em Petrolina – PE, inaugurou no último final de semana seu BrewPub. Além de ampliar o repertório de alternativas para os amantes de cerveja artesanal no Vale do São Francisco, a cervejaria passa a oferecer serviços de growler station e taphouse para os  consumidores da região. Paralelamente ao evento, o blog Lupulado elegeu a cerveja do mês do novembro: a Doctor APA.

Três quadros do ambiente interno da BrewPub da Doutorado do Chopp.

Na inauguração, o BrewPub funcionou com quatro torneiras abertas ao público, que ofereciam três estilos da Doutrado do Chopp (Weiss, APA e IPA) e outro (lager) de uma cervejaria convidada, a Capunga (Paulista-PE).

Tap wall da Doutorado do Chopp.

Cervejeiros do Vale do São Francisco marcando presença: PJ (Old Chico), Wal (Maribondo Sam), Vânia (Buquê de Mandacaru) e Luise (Chiochetta Birrifício). Foto: Paulo Júnior (arquivo pessoal).

Os cervejeiros PJ (OLD Chico), Felipe Zoby (Maribondo Sam), ao centro; Igor e Rodrigo (Doutorado do Chopp), nas laterais. Foto: Paulo Júnior (arquivo pessoal).

“Em breve estaremos operando com 8 ou 12 torneiras, sempre abrindo espaço para cervejarias convidadas. O cliente pode vir até aqui durante a semana, em horário comercial, e aos sábados, pela manhã, que estaremos funcionando para abastecer ou despachar growlers (neste caso, o cervejeiro pode trazer seu próprio recipiente de vidro ou usar vasilhames de plástico que serão disponibilizados pela própria cervejaria). Nas noites de quinta, sexta e sábado, oferecemos nossas cervejas em canecas acompanhadas de opções para harmonização, como burgers e espetinhos”, disse Rodrigo Videres, um dos cervejeiros da Doutorado do Chopp.

Visual da área externa.

O BrewPub funciona anexo à fábrica da Doutorado do Chopp, na avenida da Integração, 1554, em Petrolina. Dois espaços podem ser usados pelo público: o deck na área externa e o ambiente interno, que é climatizado. Os clientes podem também conhecer as instalações da fábrica, se assim desejarem.

Clientes aproveitam para conhecer a fábrica da Doutorado do Chopp.

Doctor APA: A Cerveja do Mês

Tradicionalmente, o blog Lupulado faz a indicação de uma cerveja especial por mês, levando em conta critérios como originalidade, sabor, aroma, localização, dentre outros. Faz tempo que pretendíamos explorar um dos rótulos da Doutorado do Chopp para esta seção. No mês de novembro, aproveitando a inauguração do BrewPub para provar o carro-chefe da cervejaria: a Doctor APA.

Doctor APA: explosão de aromas e sabor marcante.

A Doctor APA é uma cerveja no estilo American Pale Ale, que surgiu de um modo inusitado. “A ideia era fazer uma receita de APA para atender o público que não estava acostumado com a nossa IPA, mais encorpada e forte, figurando como uma espécie de ‘cerveja intermediária’. Quando fomos executar essa receita de APA pela primeira vez, não estávamos com fermento indicado; a única opção à mão era um fermento do tipo S-33. Como não tínhamos outra alternativa, pegamos este fermento e fizemos um jogo de temperatura  para compensar, que nos permitiu usar o insumo sem que os ésteres caracteríticos dele competissem com o aroma e amargor do lúpulo. É uma cerveja que tem boa saída, pois não é tão pesada como a IPA”, contou o cervejeiro da Doutorado do Chopp, Igor Veras Silani. No vídeo abaixo, Igor apresenta o carro- chefe da Doutorado do Chopp.

A cerveja é produzida com lúpulos bem aromáticos, como Mosaic e Cascade, apresentando ABV 5,6% e IBU 35. Justamente por conta deste IBU, a Doctor APA possui com amargor de médio para baixo. Apresenta aroma forte e marcante a partir de uma combinação entre cítrico e floral. Produz espuma densa e cremosa formada por bolhas finas, que se ajusta perfeitamente ao corpo opaco de cor âmbar. O resultado é uma cerveja bem refrescante, com aroma e paladar marcantes com notas citradas, além de leve retrogosto que remete às frutas cítricas. A Doctor APA pode ser encontrada nas torneiras do BrewPub da Doutorado do Chopp, ou na fábrica em barril e garrafa.

Alguns dos cervejeiros da Doutorado do Chopp, de camisa escura (esq. para dir.): Igor, Danilo e Rodrigo.

Doutorado do Chopp lança BrewPub neste final de semana

O fim do ano chegou trazendo novidades para o cenário cervejeiro do Vale do São Francisco. A Doutorado do Chopp, conhecida microcervejaria localizada em Petrolina, vai inaugurar no próximo final de semana seu BrewPub. A casa funcionará de segunda à sábado como growler station, em horário comercial, e nas noites de quinta à sábado como taphouse, a partir das 19 h.

Para celebrar o lançamento deste empreendimento, os cervejeiros da Doutorado realizarão evento especial na sexta-feira (30) e no sábado (01) com sistema open bar e open food, em que o cliente é convidado a comer e beber à vontade. Para harmonizar com os rótulos tradicionais da cervejaria (Weiss, Session, APA e IPA), serão servidos burgers e espetinhos. “Nossa proposta é oferecer nossos rótulos para apreciação dentro de um ambiente bem aconchegante. Naturalmente, o foco do BrewPub será nas torneiras, mas serviremos também nossas cervejas em garrafa”, revelou um dos cervejeiros da Doutorado do Chopp, Rodrigo Videres. Bebidas não alcoólicas como água e refrigerante também estarão à disposição do público nos dias de lançamento.

Cervejeiros da Doutorado do Chopp Igor, Marcelo, Lúcyo, Rodrigo e Danilo (esq. para dir.) celebram lançamento de mais um projeto.

O BrewPub será instalado no espaço interno anexo à fabrica da Doutorado do Chopp, na Avenida da Integração número 1554 em Petrolina. Nos dois dias de lançamento, o sistema open bar e open food funcionará das 19h às 23h. O ingresso para cada noite custa 100 reais e pode ser adquirido por whatsapp (ver flyer acima) ou direct message através conta da cervejaria no Instagram. “Fazemos parte de um movimento que acreditamos ter grande potencial de crescimento. Nossa proposta é oferecer alternativas em dois sentidos: tanto para os cervejeiros mais exigentes, apreciadores de estilos como IPA e APA, quanto para os consumidores que desejam variar das marcas industriais, provando cervejas artesanais mais leves como Weiss e Session”, complementou Rodrigo.

A Doutorado do Chopp surgiu em Petrolina em 2012 pela mão de amigos médicos, que desejavam produzir cerveja artesanal. Depois de renovar o quadro de sócios, o grupo estabeleceu –se oficialmente como cervejaria em 2018. Neste ano, lançou sua fábrica em maio e, agora, estabelecerá seu BrewPub. “Começamos a fazer cerveja na cozinha de um dos sócios. A partir da infraestrutura que montamos, pretendemos duplicar nossa capacidade de produção em 2019”, finalizou Videres.

Final de semana com torneiras abertas e puro malte

Pelo segundo ano consecutivo, o Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco agitou o cenário dos apreciadores da bebida em Petrolina, Juazeiro e região. Considerando o sucesso de público e organização, o festival segue firme para sua terceira edição (2019) em busca de se consolidar como evento de referência para os cervejeiros no interior da Bahia e Pernambuco.

Por meio do sistema de “torneiras abertas”, os cervejeiros apreciaram à vontade 26 rótulos que variavam desde os estilos mais tradicionais, como pilsen, lager, IPA, dentre outros, até criações que adicionavam ingredientes como pitanga, manga, lactose etc. à cerveja. Para embalar os goles, aconteceram shows de rock com Dubaia, Temir Santos e Banda, além de um pocket show com a banda Dispersos, que levou o público ao delírio com a excelente apresentação.

Banda Dispersos foi uma grata surpresa no festival.

Outro momento especial no evento deste ano foi a brassagem aberta ao público de uma cerveja stout. Os presentes puderam acompanhar essa atividade coordenada pelo cervejeiro Igor Veras Silani, que respondia eventuais dúvidas e questionamentos.

Igor comanda a brassagem aberta ao público do festival.

Ao todo 18 cervejarias marcaram presença, algumas participando pela primeira vez de um festival como a Cabaret Beer. Formada pelos amigos petrolinenses Raffael, Brunno e Leonardo, a Cabaret trouxe dois estilos para o festival: uma Apa (ABV 5% e IBU 33) e uma Pale Ale (ABV 4,6% e IBU 21). Além de proporcionar uma confraternização entre amantes da bebida, o evento também serviu para as cervejarias apresentarem as suas inovações.

Leonardo e Raffael, cervejeiros na Cabaret.

Os cervejeiros Marcos (Kiko) e Murilo, por exemplo, elaboraram uma Sweet Stout (ABV 5,5% e IBU 30) levando em sua composição baunilha e lactose. “Usamos 5% da lactose nos últimos minutos da fervura, já a baunilha fizemos uma infusão em vodka por duas semanas e adicionamos nos últimos cinco dias da maturação”, nos contou Marcos relatando que a junção dos dois ingredientes garantiu um sabor especial à cerveja.

Marcos Vianna cervejeiro na Kiko & Murilo

Para o professor universitário Tarcísio Silva, a grande variedade de boas cervejas e estilos tornou o evento muito agradável para o apreciador de bons rótulos. “É a minha primeira vez neste festival e gostei bastante. Shows, comidas tudo muito bom. Percebi a qualidade e o cuidado de todos os cervejeiros em atender o público, dando explicações sobre as cervejas etc. Trata-se de um universo que só tem a crescer aqui na região”, afirmou.

Área do II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do Sã na Chácara Milenium

Durante o evento, o público presente elegeu os três melhores rótulos oferecidos na segunda edição do festival. A cerveja vencedora foi a Porter Chocomenta (ABV 5,6 e IBU 40) da cervejaria Marimbondo Sam.

Felipe Zoby um dos cervejeiros da Maribondo Sam: A cervejaria foi a grande vencedora do evento

O segundo e o terceiro colocados na eleição foram duas confrarias femininas, respectivamente a Puro Is Malte, com uma ESB (ABV 5,6% e IBU 34), e a Buquê de Mandacaru, que ofereceu uma APA (ABV 6 % e IBU 42) com adição de pitanga.

Mulheres cervejeiras da Puro Is Malte: Vice – campeãs.

Cíntia e Vânia, cervejeiras na Buquê de Mandacaru: Terceira coloção no Festival.

Confira abaixo a relação das cervejarias e os rótulos presentes no II Fesival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francsico:

1 – Marimbondo Sam: Pumpkin Ale/ Porter Chocomenta

2 – Kiko & Murilo: Belicosa Ipa/Sweet Stout

3 – Apache’s Beer: Summer Ale/ Saison com Manga/ Vanilla Oatmeal Stout

4 – Old Chico & Chiochetta’s Birrificio: Apa &

5 – Vale Brewer: American Blond Ale

6 – Cabaret Beer:Apa/ Pale Ale

7 – Quimera: Black Witbier

8 – Carranca Chapada:Apa/Imperial Ipa

9 – Puro Is Malte: ESB

10 – Sabores: Tripel

11- Galk: Apa

12 – Number’s Beer: Pumpkin Ale

13 – Birra do Gaúcho: Belgian Wheat Beer

14 – Natora HMB:Brown Ipa/Russian Imperial Stout

15 – Buquê de Mandacaru: Apa com Pitanga/ Red Ipa

16 – Coletiva – Dubeco: Session Ipa

17 – Coletiva Anarco Colab: American Blond Ale

18 – HauBier: American IPA

19 – Rieper Bier (cervejaria convidada de Salvador): Amber Ale e Vienna Lager.

Trapistinha do Sertão

A “Cerveja do Mês” de novembro escolhida pelo Lupulado é um dos rótulos mais interessantes produzidos no Vale do São Francisco. A Padim Cicerista é uma criação da Maribondo Sam, cervejaria artesanal localizada em Petrolina, que foi inspirada nas famosas cervejas Trapistas. “A receita foi elaborada em 2017 e a nossa intenção era de fato se aproximar o máximo possível das Trappistes Roquefort 8, que é uma das nossas preferidas. A ideia da Padim Cicerista veio exatamente por conta da impossibilidade de usar o nome Trapista; assim, criamos Cicerista para fazer uma referência ao Padre Cícero, um ícone no nordeste brasileiro”, disse o cervejeiro da Maribondo Sam Waldner Maribondo.

Padim Cicerista da Maribondo Sam (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

Como é sabido, a origem do nome Trapista remonta ao ano de 1662; a expressão surgiu no mosteiro cisterciense de Nôtre-Dame de La Trappe, na França, pela mão de Armand-Jean Le Bouthillier de Rancé, fundador da Ordem Trappista ou Ordem Cisterciense. Estas cervejas, essencialmente, passam por um rígido processo de produção e controle nos mosteiros da ordem trapista. Em 1997, a International Trappist Association (ITA) foi criada para supervisionar a produção dessas cervejas; atualmente, apenas onze mosteiros no mundo, sendo seis deles localizados na Bélgica, podem produzir cervejas consideradas trapistas.

“As cervejas Trapistas são produzidas pela Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO). Podem ser brassadas apenas pelos Monges Trapistas, como se fossem uma ‘Denominação de Origem Controlada’, para fazer analogia à classificação dos vinhos. Por isso rotulamos nossa Padim Cicerista como sendo Cerveja de Abadia em vez de Trapista, pois é produzida fora das dependências de um mosteiro pertencente à OCSO. Na descrição informamos que é uma cerveja no tipo Trappist apenas para facilitar a identificação do público, visto que esta classificação é mais conhecida que a outra.”, destacou Felipe Zoby, outro cervejeiro na Maribondo Sam.

Os segredos da Padim

A análise sensorial da Padim Cicerista foi realizada em dois momentos distintos. No primeiro, provamos apenas a cerveja. No segundo, feito alguns dias depois, harmonizamos a Padim Cicerista com carne de Bode e um mix de queijos artesanais da Serra da Canastra, composto por quatro estilos: prato, parmesão, roquefort e reino. Logo após degustar a cerveja, provamos a trapista Orval para fazer uma comparação entre a cerveja da Abadia feita no semiárido brasileiro e uma clássica trapista belga.

Harmonização da Padim Cicerista com mix de queijos. (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

Nesta análise, a Padim Cicerista apresentou corpo marrom opaco, espuma fina e aroma caramelado, tostado e frutado, dotado de frutas secas como passas e ameixa, além de sabor suavemente adocicado proveniente da adição de Candy Sugar. A cerveja é classificada como estilo Belgian Dark Strong Ale e possui IBU 30 e ABV 8%. “Na primeira receita, tentamos fazer nosso próprio Candy Sugar, caramelizando açúcar lentamente. Hoje, compramos Candy Sugar belga (açúcar de beterraba em forma de cristais)”, afirmou Zoby.

Harmonização da Orval com mix de queijo e carne de bode. (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

O final doce e o aroma frutado, somados ao baixo amargor de 30 IBU, fazem da Padim uma excelente pedida para regiões de clima quente como o semiárido. A carne de bode acrescentou mais um toque sertanejo ao paladar, enquanto os queijos remeteram à harmonização clássica com cervejas trapistas.

Copo com a Padim Cicerista (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

Logos após terminar a garrafa da Padim, passamos à prova da Orval, uma das trapistas mais famosas. Esta Orval apresentou o tradicional sabor seco, diferente da Padim Cicerista, e a carbonatação que lhe é peculiar, bem acima da cerveja sertaneja. Por outro lado, a coloração marrom opaco da Orval e a espuma formada por bolhas, mesmo que mais densa, criou uma relação de proximidade com a Padim. “Já dizia a velha máxima: Toda Cerveja Trapista é de Abadia, mas nem toda cerveja de Abadia é Trapista”, enfatizou Zoby. “É importante esclarecer que Abadia ou Trapista não são estilos de cerveja, mas uma denominação de acordo com a tradição cervejeira oriunda dos monastérios. A Orval, uma das melhores Trapista do mundo, é do estilo Belgian Specialty Ale, enquanto a Padim é do estilo Belgian Dark Strong Ale. Nossas referências são a Trappistes Rochefort 8 e a Chimay Blue“,finalizou.

Copo com a Orval (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

A Maribondo Sam é uma das cervejas confirmadas para II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco. A Padim Cicerista, no entanto, não estará disponível no evento. Elas podem ser adquiridas sob encomenda através de direct message pelo Instagram da Maribondo Sam.

II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco

Restam poucos dias para a segunda edição do Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco. O evento acontecerá na Chácara Milenium (Estrada das Pedrinhas, Km 2, próximo da Vila Vitória) no dia 17 de novembro a partir das 13 h. No total, 34 cervejeiros da região estarão oferecendo suas criações no sistema “torneiras abertas”: O ingresso dá direito a uma caneca especial e o participante pode se servir à vontade. Até agora foram inscritos 27 rótulos de 22 estilos diferentes de cerveja; no final, o público escolherá os três melhores rótulos servidos no Festival.

A maioria das cervejarias locais já confirmou presença no evento, como a Vale Brewer, Carranca Chapada, Na Tora HmB, Old Chico, Maribondo Sam, Apache’s Beer, Quimera, Number´s Beer, dentre outras. “Além de promover a união entre os cervejeiros da região, este festival é também uma oportunidade para provar vários estilos de cerveja produzidos no Vale do São Francisco. Também é um momento ímpar de interação, no qual o público pode trocar experiências diretamente com o cervejeiro sobre as especificidades de cada rótulo. Este festival oferece a chance de fugir do habitual, colocando o público em contato com receitas não muito comuns, por exemplo, cervejas com adição de frutas, baunilha e até melaço de algaroba”, disse o cervejeiro na Apache’s Beer, Rômulo Bezerra que é um dos organizadores do Festival.

Rômulo Bezerra, cervejeiro na Apache’s Beer. Foto: Luiz Adolfo Andrade

Para Rômulo, a grande novidade na edição deste ano é o maior engajamento de mulheres cervejeiras. “Além da confraria Puro Is`Malte, formada somente por mulheres, esposas de amigos cervejeiros foram pegando gosto pela arte de fazer cerveja e vão levar rótulos próprios para degustação no evento”, revelou.  O petrolinense Thiago Almeida esteve na primeira edição do festival realizada em outubro do ano passado e destacou como ponto alto naquela ocasião o acesso do público às cervejas . “O sistema que eles fizeram para servir as cervejas foi bem organizado, facilitou bastante a circulação do público, bem como a distribuição dos stands das cervejarias que ficaram lado a lado no espaço da chácara. Já fui em outros festivais em Salvador, nos quais foi muito mais complicado para a gente conseguir circular e se servir”, disse Almeida.

Cervejeiros do Vale do São Francisco interagem com público na primeira edição do Festival. Fonte: Rômulo Bezerra/Fotos: Kaio Cads.

O Festival de Cervejas Artesanais do Vale do São Francisco surgiu com o intuito de arrecadar fundos para investir na capacitação dos cervejeiros da região. “A ideia é trazer para cá cursos importantes para atualização profissional do cervejeiro, que são comumente ofertados de forma mais ostensiva nas capitais. Ano passado, o sucesso do festival superou as expectativas e a arrecadação permitiu que a gente trouxesse dois cursos de formação para o Vale”, destacou Rômulo, que confirmou o interesse na realização da terceira edição do festival em 2019 e a criação de uma agenda de eventos para cervejeiros no Vale do São Francisco. “Com certeza o Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco é um evento que vai pegar no calendário da região, a exemplo de outros que caíram no gosto do público, como o Moto Chico”, complementou Thiago Almeida.

Público cervejeiro vai ao delírio na primeira edição do Festival. Fonte Rômulo Bezerra/ Foto: Kaio Cads.

Para harmonização com os rótulos no II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco, algumas opções de foodtrucks e bikes já estão confirmadas, dentre elas Beer Side (hambúrguer artesanal), Rock Dog (cachorro-quente gourmet), Empadaria do Vale (empadas e tartaletes gourmet) e Vanzo’s (espetinhos, drinks alcoólicos e não alcoólicos). As bandas Dubaia e Classic Rock Club Band fazem o som para embalar os goles. Os ingressos custam 100 reais (primeiro lote) e podem ser adquiridos no St Anthony Beer & Burgers, Beer Side , Vanzo’s Beer e no Rock Dog. O II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco é promovido de forma independente pelos Cervejeiros do Vale, com patrocínio da Sanauto Peças e Serviços e apoio da Pulp Audiovisual e Conteúdo, Petro Hop, St. Anthony, Beer & Burgers, Rock Dog e Acerva-PE.

Alpha Bier Festival

Aconteceu na última sexta-feira (26) a 2a Edição do Alpha Bier Festival sediado no condomínio Terras Alphaville em Petrolina – PE. Realizado pelo segundo ano seguido e com sua terceira edição em planejamento, este festival vem contribuir para o crescimento do cenário cervejeiro da região, que já conta com eventos tradicionais como o Oktober Fest da Haus Bier, o Festival de Cervejeiros do Vale do São Francisco, dentre outros.

Moradores do AlphaVille em Petrolina e convidados prestigiam evento

Moradores do AlphaVille em Petrolina e convidados prestigiam a segunda edição do Alpha Bier Festival.

Neste ano, o Alpha Bier Festival reuniu associados do condomínio, seus familiares, convidados, mestres cervejeiros e apreciadores de cerveja artesanal.  Para harmonização, a hamburgueria 961 ofereceu cinco opções de burgers e o som ficou por contra da atração local “Temir e Banda”. A Vintage Tattoo e Barber Shop disponibilizou aos presentes serviço gratuito de barbearia além de realizar agendamento de outros, por exemplo de tatuador. “É o primeiro condomínio na região a fazer um festival assim. Um dos objetivos é familiarizar o público, neste caso os associados do Alphaville e convidados, com a cultura da cerveja artesanal”, disse o cervejeiro da Maribondo Sam Felipe Zoby.

Os cervejeiros da Maribondo Sam Felipe Zoby e Wal Maribondo (esq.).

Três cervejarias do Vale do São Francisco estiveram presentes, cada uma disponibilizando rótulos na torneira e em garrafa. A Na Tora HmB apresentou a witbier Chacrett (torneira) e a Demônia (garrafa). A cervejaria Doutorado do Chopp levou em garrafa seus quatro rótulos tradicionais – Weiss, Session, APA e IPA – sendo que o primeiro e o último também estavam disponíveis na torneira.

Da direita para esquerda: Lucyo e Rodrigo (Doutorado do Chopp), Ricardo (Du Pappi) e Caio.

A Maribondo Sam disponibilizou nas torneiras os estilos blonde ale “Alpha Blonde” e weiss com gengibre; na garrafa, ofereceu as cervejas Maribondo APA e IPA, além da trappist Padim Cicerista. “Procuramos mesclar a oferta trazendo estilos como IPA e APA, para satisfazer um público mais exigente, e outros mais leves, procurando atender justamente a parcela que não tem tanto hábito de consumir cerveja artesanal, mas aprecia regularmente as opções industriais servidas na maioria dos bares da região. Desta maneira, realizar um festival dentro de um condomínio é também uma forma de estimular os cervejeiros da região a produzir visando o público ainda sem tanto conhecimento da cultura cervejeira”, complementou Zoby.

Rômulo (dir.), cervejeiro na Apache Beer, ajuda o público na escolha dos rótulos.

Para o publicitário do Terras Alphaville, Yuri Leite, a segunda edição do Alpha Bier Festival é mais um evento dentre outros que ocorrem regularmente no condomínio. “Percebi que vários dos nossos associados eram cervejeiros; houve portanto o interesse mútuo de realizar o nosso próprio festival. A rede Alphaville no Brasil tem a preocupação de criar eventos voltados para o bem-estar de nossos associados”, destacou Leite.

Chapa quente: Hambúrgueres fazem harmonização com as cervejas artesanais

A associada Rosângela Jacó disse que o festival é muito interessante para complementar o lazer do morador. “Aqui já temos outros eventos, mas uma situação como esta é muito legal pois estimula uma interação entre os moradores”, destacou Rosângela. Para outro associado, Luiz Roma, “um evento como este, além de contribuir para nosso bem-estar, fortalece o sentido de comunidade, de companheirismo, algo que tem sido perdido hoje em dia”.

Os organizadores do Alpha Bier Festival informaram que entre 250 e 300 pessoas compareceram ao evento, consumindo cerca de 250 litros de cerveja. A terceira edição do Festival, ainda sem data oficial, deverá acontecer no primeiro semestre de 2019.

Oktober Fest no Vale do São Francisco

A HausBier promoverá a quarta edição do Oktober Fest nos dias 20 e 21 deste mês em Petrolina – PE. Situada no centro da cidade, bem na margem do Rio são Francisco, a conhecida microcervejaria promete uma festa que combinará elementos culturais do sertão, como gastronomia e estilos de cerveja artesanal, à proposta do tradicional evento iniciado em Munique, na Alemanha, há mais de dois séculos atrás.

Projeto do lounge e stands das cervejarias para o Oktober Fest 2018 na HausBier. Fonte: Ubiratan Rios

Na edição de 2018, o cervejeiro poderá encontrar os tradicionais estilos da HausBier, como Pilsen, Lager e Schwarzbier, além da criação mais recente: o chopp American Lager. Paralelamente à esta oferta, outras cervejarias locais também disponibilizarão seus rótulos no evento, dentre elas a NaTora HmB, Maribondo Sam, Quimera, Vale Brewer, e Number´s Beer. Para harmonização, opções regionais e outros pratos recentemente inaugurados no cardápio da casa. “O evento proporcionou uma inovação na cena cervejeira do Vale do São Francisco, trazendo desde 2015 sabores e aromas tradicionais de uma festa alemã para a região. Além disso, ajudamos também no crescimento das cervejarias artesanais locais, que irão oferecer suas cervejas no evento”, disse o cervejeiro da HausBier Ubiratan Rios.

Chopp American Lager: Criação mais recente da Hausbier. Foto: Luiz Adolfo Andrade.

O cervejeiro da Maribondo Sam, Felipe Zoby, destacou que este tipo de evento incentiva o consumo e a produção de cerveja no Vale do São Francisco. “A Oktober Fest só tem a engrandecer o nosso sertão, pois traz para público novos estilos de cerveja ainda pouco difundidos aqui no Vale, ao mesmo tempo em que propaga a tão cultuada festa alemã, regada com bastante comida típica e muita cerveja artesanal”, afirmou. Zoby também enfatizou a parceria de outras cervejarias locais com a HausBier: “A HausBier sempre se manteve parceira e atenta aos anseios dos cervejeiros caseiros, incentivando nossa produção e nos apoiando nesses eventos”. A Maribondo Sam tem um ano de fundação e irá debutar no Oktober Fest 2018 com as cervejas Maribondo American Pale Ale e a Maribondo American India Pale Ale. Outras cervejarias locais, que já foram pauta no Lupulado, também irão participar; é o caso da NaTora HmB, com torneiras da Demônia (Brown IPA) e da Chacrett (Witbier) e da Quimera, trazendo a Camaleoa (APA) e Beer o’ Clock (ESB).

Projeto dos palcos para as atrações do Oktober Fest 2018. Fonte Ubiratan Rios.

A quarta edição do Okctober Fest da HausBier começa às 13 h do próximo sábado (20/10) e se estende até o domingo (21/10). A entrada é gratuita com cobrança de couvert destinada aos artistas da região que irão de apresentar (confira a programação aqui). O publico poderá comprar as cervejas através de fichas vendidas no evento, além de poder adquirir também o copo personalizado. A infraestrutura que está sendo montada na microcervejaria HausBier foi projetada para criar um ambiente agradável e diversificado com stands para as cervejarias, palco para shows, sofás, parque infantil e espaço gourmet.

Como ficará o espaço na HausBier durante o Oktober Fest 2018. Fonte: Ubiratan Rios.

Food truck e cervejas artesanais harmonizam a orla do Velho Chico

Na próxima sexta-feira (5), os caminhões do projeto Food Truck na Estrada estacionarão pela primeira vez na orla nova de Juazeiro, próximo ao Vaporzinho, permanecendo até o domingo (7) e funcionando das 18h às 23h. O Food Truck na Estrada é um festival gastronômico e cultural itinerante criado no sul do país entre 2015 e 2016, que percorre estados do Brasil oferecendo harmonizações com hamburgueres e cervejas artesanais, além de shows de artistas das cidades por onde passam os caminhões. A entrada é gratuita. Somente nas últimas semanas, a frota percorreu municípios na região Norte, especialmente nos estados do Acre e Rondônia, e cidades na Bahia como Caetité, Bom Jesus da Lapa, Alagoinhas e Paulo Afonso. Ao todo, foram visitados 150 municípios em 13 estados.

Segundo empresa organizadora do festival, a Dooma Eventos, um dos objetivos do projeto é movimentar a economia de cada cidade por onde passam os caminhões. “Estima-se que 80% dos insumos necessários para o festival, além de toda estrutura que ele exige, são adquiridos no próprio município. Geramos também alguns empregos temporários nas funções de preparo, atendimento e limpeza, além consumirmos serviços locais, especialmente da rede hoteleira”, informaram os organizadores, por meio de release. “Estamos conhecendo e nos apaixonando pela Bahia. Chegamos agora em Juazeiro trazendo os melhores Food Truck da região Sul”, finalizaram.

No cardápio, são oferecidas outras opções além dos hamburgueres, dentre elas sanduíches temáticos com picanha ou costela, sobremesas gourmet como churros, sorvetes e chuvettes.

Para harmonização, cinco estilos de chopp produzidos pela cervejaria Dalla estarão conectados às torneiras: Weiss, Munich, IPA, Vinho e Diamante. Nesta carta, o chopp Diamante chama atenção por ser um estilo ainda pouco encontrado na região do Vale do São Francisco. A Dalla é uma microcervejaria baseada em Chapecó-SC, em operação desde 2011.

Além do Diamante, o chopp IPA é outro que chamava atenção, pois tradicionalmente é o que melhor harmoniza com hamburgueres artesanais. Durante os dias do Food Truck na estrada, o Lupulado estará na orla de juazeiro experimentando os rótulos da cervejaria Dalla e  harmonizações com os sanduíches.

Serviço

Quando: 05 a 07 de outubro das 18h às 22 h

Onde: Orla Nova de Juazeiro, próximo ao Vaporzinho.

Entrada: grátis.

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Texto: Luiz Adolfo Andrade

Fotos cedidas gentilmente pela produção do Food Truck na Estrada.