Uma aposta que vem do oeste: cervejaria de Luiz Eduardo Magalhães unifica produção e sustentabilidade

A Cervejaria Rodada, situada em Luiz Eduardo Magalhães, importante município no oeste baiano, lançou uma proposta fundamentada na sustentabilidade, um dos tópicos que figuram na maioria dos debates sobre negócios e empreendedorismo no século XXI. A sua fábrica, considerada uma das maiores da Bahia, com produção de 50 mil litros/mês e capacidade de chegar até 80 mil litros/mês, possui um sistema de tratamento constituído por um processo físico-químico, seguido de processo biológico. No local, foi criada uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) onde os resíduos líquidos da cervejaria são tratados e usados para irrigação. A ETE permite que esses resíduos sejam lançados no curso d’água, reduzindo consideravelmente o impacto que é gerado no ambiente. Além disto, os resíduos orgânicos do malte são usados na pecuária, especialmente no tratamento dos animais.

Fábrica da Cervejaria Rodada em Luiz Eduardo Magalhães. FONTE: ASCOM.

Para um dos sócios da Cervejaria Rodada, Rui Gengnagel, “a conscientização em prol da sustentabilidade é possível com a percepção e entendimento do real valor do meio ambiente nas vidas das pessoas. O que para muitos é considerado lixo, esses resíduos são utilizados por nós para diminuir os riscos ambientais e, consequentemente, ajudar a sociedade”.

Da esquerda para direita: Ismaile, Rui e Tiago, sócios da Cervejaria Rodada. FONTE: ASCOM.

A Cervejaria Rodada foi criada há pouco mais de um ano no oeste baiano pelos sócios Rui Gengnagel, Ismaile Sullivan e Tiago Lucas, que é o mestre cervejeiro. A cervejaria marcou presença em Salvador no último Pilsner Fest, realizado em maio de 2022. Possui como carros-chefes as cervejas Rodada Pilsen e Gold (session IPA). “Queremos que as pessoas tenham acesso a uma cerveja boa, com preço legal, sem esquecer também dos impactos ambientais. E assim vamos ajudando a expandir esta ideia”, finalizou Tiago.

 

 

 

Está chegando a Quarta Edição do Pilsner Fest

Abertura dos portões na 3a edição do Pilsner Fest. Fonte: Organização do evento.

Para fechar a agenda de maio, que foi  marcado por diversos eventos ligados à cultura cervejeira em Salvador, acontece no próximo sábado (28), a partir das 17h, na área verde da AABB, em Piatã, a 4ª edição do Pilsner Fest. Diferente do que aconteceu nos outros eventos realizados neste mês, o foco do Pilsner Fest é nas cervejas artesanais. Serão nove cervejarias da Bahia, sendo 1 de Salvador, 6 da região metropolitana e 2 do interior, que servirão mais de 2.000 litros de diferentes estilos. “A ideia da cerveja artesanal é justamente sair da produção em larga escala, das grandes marcas, apresentando cervejas que passaram por um processo cuidadoso. É contar a história por trás de cada gole. E se temos excelentes cervejarias no estado, por que não prestigiá-las?”, disse um dos organizadores do evento, Alessandro Canella.

Session IPA da cervejaria Híbrida

Presente em todas as edições do Pilsner Fest, a cervejaria Híbrida promete levar rótulos do seu variado cardápio de cervejas especiais, dentre eles a Session IPA, um dos mais queridos do público. A MinduBier também oferecerá cervejas de seu portfólio, com destaque para a MinduPils, que recentemente faturou a medalha de ouro na categoria International-Style Pilsner, no Concurso Brasileiro de Cervejas de 2022. Já a cervejaria 2 de Julho promete apresentar duas novidades: um lote fresquinho da APA e o lançamento BR ALE, um estilo bem leve que é feito com lúpulos brasileiros.

MinduPilsen da MinduBier

Além dessas 3 cervejarias, que ficam em Lauro de Freitas, o time escalado para esta edição da Pilsner Fest contará com a ArtMalte (Salvador), Proa, Adorada, Nugel’m (todas da RMS), Cervejaria Rodada (Luiz Eduardo Magalhães) e Dragornia (Feira de Santana). “Com o crescimento do evento e a descoberta do público, estamos ampliando também a diversidade de marcas e receitas apresentados. Quem sabe na próxima edição nossos horizontes estarão ainda mais abertos? Convites já foram feitos, vamos aguardar e viver cada momento”, complementou Alessandro.

IPA da ArtMalte

A organização informou que será montado no local um telão para exibir a final da Champions League 2022 entre Real Madrid e Liverpool. Para harmonizar com as cervejas, o Pilsner Fest também oferece um espaço gastronômico, com os cardápios da hamburgueria Tá Rebocado, Espetinhos do Vini, Bar do Chico e Pizza & Poesia. O som ficará por conta das bandas bandas Mil Milhas, Starship Band e Mamonas Assassinas Cover, além do DJ Papau. “A Pilsner Fest vem com a proposta de reforçar toda a pluralidade que a Bahia tem. Traz o rock´n roll para a terra do axé e mostra ao público toda a magia do ambiente cervejeiro. Em nosso festival, prestigiamos não só as cervejarias, mas as bandas e restaurantes locais. A ideia é despertar o paladar para novos sabores, acostumar a audição com novos ritmos e termos na cidade cada vez mais opções ecléticas para nossos moradores e visitantes”, finalizou Canella. Ingressos com preços promocionais e 1 chopp de brinde ainda podem ser encontrados nas cervejarias MinduBier e 2 de Julho. As vendas também acontecem também através do site do evento. A organização do Pilsner Fest destacou que está seguindo todas as medidas determinadas pelo Governo do Estado, com a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacinação, na entrada do evento.

MinduBier inaugura taproom em Lauro de Freitas

Evento de Inauguração do MinduBar

Na semana que se encerra, a cervejaria MinduBier inaugurou o MinduBar, uma taproom que funciona anexo à sua fábrica, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. São 10 torneiras com diferentes estilos produzidos pela Mindu. “São 4 tap fixas com cervejas feitas aqui na fábrica: MinduIPA (carro-chefe da cervejaria), MinduSummer, MinduPils (Medalha de Outro no Concurso Brasileiro de Cerveja-2022) e a MinduAPA (lançamento); nas demais, servimos nossas cervejas sazonais e as colaborativas, como a Straction (NE IPA com strata), Mindu2022 (American IPA), Biomas (Imperial Sour) LicuRIS (RIS colba com Augustinos e Dadiva) etc.”, disse o cervejeiro da Mindu, Gustavo Martins.

André Mendonça (esq.) e Gustavo Martins.

“Aqui no MinduBar trabalhamos com o conceito de cerveja viva, isto é, alguns rótulos são feitos aqui e podem ser consumidos no local, o que garante uma perda muito pequena já que ela vai praticamente do tanque para o copo”, disse o sócio da MinduBier, André Mendonça.

Bolinho de Feijoada e Mindu IPA.

A casa oferece também os tradicionais petiscos de boteco, como quibe, coxinha, bolinho de feijoada, acarajé, dentre outras opções para harmonização no cardápio criado pelo Chef e Sommelier Dan Morais. Os cervejas da torneira são servidas em copos de 300ml e 500ml, além de growlers descartáveis de 1 litro. Pode-se encontrar também cervejas em garrafa e latas, além de produtos da MinduBier como chaveiros, bonés, camisetas etc.

Visita guiada à fábrica da Mindu.

“É a realização de um sonho (fábrica e MinduBar). Desde a época de cervejeiro de panela tenho este objetivo. A cervejaria passou por mudanças em 2019, depois veio um período muito difícil em 2020 com a pandemia. Então conseguir chegar até aqui é um orgulho para nós”, finalizou Gustavo.

Na última quarta-feira (18/05), aconteceu um evento de lançamento reservado para familiares, amigos, influenciadores digitais e profissionais de imprensa. O MinduBar está funcionando de quarta à sexta, das 15h às 23h, e nos finais de semana das 11h às 19h, na Rua Martins de Oliveira, 109, Pitangueiras, Lauro de Freitas.

Com os amigos da imprensa e de copo (esq. para direita). Alexandre (Sivuplê Assessoria), André Mendonça (MinduBier), Nélio Castro (Bebendo com Amigos) e Francisco Ribeiro (Cerveja na Bahia).

Solidariedade e Cerveja Artesanal embalam a tarde de sábado em Salvador

Claiton Santos (esq.) e Joilson Amorim da Vitrine da Cerveja.

Um dos principais redutos dos cervejeiros artesanais de Salvador, a Vitrine da Cerveja, realizou no último dia 14/05 a terceira edição do Chopp Solidário. Da mesma forma que nos anos anteriores, clientes puderam trocar alimentos não perecíveis por chopp. Desta vez, as cervejarias Mindu Bier (Lauro de Freitas-BA) e Schornstein (Pomerode – SC) apoiaram o evento, doando barris de MinduSummer e All Day IPA. Foram arrecadados 340 kgs de alimentos, doados à Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus, em Salvador.

Staff da Vitrine da Cerveja – Claiton, Jonas e Joilson – celebram a arrecadação de alimentos ao final de mais um Chopp Solidário

“Na verdade, esta relação entre a cultura da cerveja artesanal e causas sociais não é nova. Por exemplo, durante a pandemia, vimos ações sociais promovidas no meio cervejeiro, como os projetos Brewing Love Project, Black is Beautiful, e a All Together. A Vitrine da Cerveja segue esta tendência há mais tempo, fizemos duas edições do Chopp Solidário (2018 e 2019), mas ficamos dois anos sem realizar por causa da pandemia. Em 2022, retomamos este projeto, que é tão importante”, disse o  proprietário da Vitrine da Cerveja, Claiton Santos.

Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus, em Salvador. Fonte Josane Santana.

“A importância da gente participar de eventos beneficentes é fazer nosso papel social. Todas as empresas deveriam fazer. A MinduBier trabalha com a missão de levar entretenimento para as pessoas, mas não podemos esquecer que vivemos em um país com uma desigualdade social muito grande. Então é sempre importante que as empresas trabalhem em benefício das pessoas mais carentes também, para gerar de alguma forma um bem-estar para quem necessita de ajuda. Precisamos sempre cuidar dessas pessoas, a ideia é cada um fazer a sua parte”, afirmou o sócio e CEO da MinduBier, André Mendonça.

André Mendonça (dir.) da MinduBier.

“A Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus é uma instituição de longa permanência, que abriga idosos em vulnerabilidade ou que necessite de acolhimento físico e psicológico. Atualmente, atendemos 151 idosos dos sexos masculino e feminino. A ação solidária promovida pela Vitrine da Cerveja, MinduBier e Schornstern, além de nos ajudar a manter a casa e dar uma qualidade de vida para todos os nossos idosos, nos incentiva a prosseguir com o projeto, que já existe há 15 anos. A Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus agradece a todos pelo gesto de amor e carinho!”, disse a vice-presidente da instituição, Josane Santana.

Quem quiser colaborar com a manutenção da A Casa de Repouso de Idosos Bom Jesus, pode fazê-lo através dos contatos abaixo:

– Josane Santana ( vice presidente) 719 88735813/ 71997000052

– Luis Santana ( presidente) 71 985170803/ 34081259

Ou através do pix da casa. CNPJ 10139579000121

Confira no video abaixo um pouco do astral do último Chopp Solidário.

 

Secar o Tanque! Híbrida realiza 3ª edição do evento que caiu no gosto do público.

A Cervejaria Híbrida realiza no próximo dia 21 de maio a terceira edição do Desafio do Tanque. O evento começa às 13 horas, no Bar da Fábrica da cervejaria, que fica em Buraquinho, Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. “Nesta edição, aumentamos o número de participantes, de 50 para 75 pessoas. Pela primeira vez neste evento vamos servir nossa Session IPA, fresquinha, direto do tanque”, disse o cervejeiro da Híbrida, Guilherme Uzêda. “As regras são simples: São 500 litros de cerveja disponibilizados para 75 participantes, que podem degustar à vontade, porém sem desperdiçar. Colocamos um balde de 5 litros (1% do volume do tanque) que serve de controle, logo abaixo da torneira. O objetivo é secar o tanque antes do controle encher. Se este balde transbordar antes do tanque acabar, o desafio termina. Isto estimula os participantes a cooperarem entre si para evitar que o balde encha antes do tanque acabar. O ambiente fica bem festivo e a galera adora!”, complementou Uzêda.

 

Resenha com o cervejeiro da Híbrida, Guilherme Uzêda (ao centro) e Tiago Lima (à esquerda), da Biônica HomeBrew.

Além da Session IPA do tanque, os participantes encontrarão no Bar da Fábrica opções de comida para harmonização, além de música de qualidade. “Nós da cervejaria Híbrida colocamos o Desafio do Tanque no nosso calendário e pretendemos fazer o evento pelo menos duas vezes por ano. A ideia é celebrar o encontro da Híbrida com seus clientes de uma maneira especial. Estamos indo para terceira edição e as duas anteriores foram maravilhosas, o pessoal saiu falando muito bem do chopp e da experiencia”, disse Uzêda. “Proporcionamos um momento de gincana e de diversão para os participantes, afinal  há um desafio proposto: Secar o tanque! Mas para nós da Híbrida com certeza a ideia é trazer este sentimento de amizade entre pessoas conhecidas”, finalizou.

Session IPA da Cervejaria Híbrida.

Os ingressos para o Desafio do Tanque podem ser adquiridos diretamente com a cervejaria ou através do Sympla. O bar da fábrica da Híbrida fica no Portal Norte Center, Buraquinho, Lauro de Freitas A cervejaria Híbrida surgiu em 2019 na Bahia. Com quase dez tipos de cervejas artesanais produzidas, está presente em diversos estabelecimentos e lojas especializadas em Salvador, Região Metropolitana e interior do estado.

Tanque da fábrica da Híbrida, onde acontecerá o desafio.

Lata na cabeça: cervejaria do interior é pioneira no envase em latas na Bahia

O cervejeiro da Aguste, Márcio Oliveira, e seu sócio e irmão, Vinícius Oliveira (Fonte: Cervejaria Aguste)

Serrinha é um município no interior da Bahia com pouco mais de 80 mil habitantes, que fica a 170 km de Salvador. No meio cervejeiro, a cidade vem se destacando por conta da cervejaria Aguste, que além de produzir bons rótulos é a única fábrica com MAPA que envasa em latas no estado. “Começamos com o envase em latas no ano de 2021. Nossa capacidade de envase é de 350 latas por hora e, tranquilamente, mil litros por dia”, disse o sócio da Aguste, Vinícius Oliveira. “No momento, só estamos atendendo cervejarias ciganas; porém, a partir do próximo mês de março, começamos a envasar em latas as nossas cervejas, que atualmente servimos apenas nas torneiras. Estamos abertos a outras cervejarias que queiram envasar com a gente”, complementou.

Fábrica da Agsute em Serrinha (BA) (Fonte: Cervejaria Aguste)

Segundo Vinícius, além do envase em latas, todo o processo de pasteurização da cerveja também pode ser feito na fábrica da Aguste, bem como a parte de impressão de rótulos e outras informações que devem contar na lata. A máquina para envase trabalha com todos os formatos de lata, de 269 ml ate 710ml; a única ressalva é que a tampa precisa ser do padrão CDL. De acordo com Oliveira, a cerveja sai pronta para a venda. “Temos duas alternativas. Primeiro, a cerveja pode ser feita e envasada aqui na fábrica. Porém, temos alguns parceiros que pretendem envasar poucos litros, por isso eles preferem trazer a cerveja já embarrilhada e fazer o envase em lata com a gente. Neste caso, deixamos o barril na câmara fria para estabilizar a cerveja, depois passamos para o fermentador e envasamos na lata. Estamos trabalhando em parceria com colegas de Salvador e Lauro de Freitas para a aprimorar este processo, fazendo ajustes no equipamento para transferir a cerveja direto do barril para as latas”, explicou Vinícius.

Fizemos a prova de um dos rótulos produzidos na Aguste,  a Cabruca, uma English IPA , feita em parceria com a cervejaria cigana Natucoa, de Ilhéus-BA. A Cabruca é uma cerveja na coloração âmbar, com média formação de espuma, álcool e amargor moderados (5,7%ABV e 42 IBU). Seu aroma combina notas de cacau, rapadura e caramelo. Por ser uma cerveja bem maltada, o sabor caramelo permanece na boca junto do cacau, lembrando também os famosos chocolates de Ilhéus. A Cabruca pode ser encontrada em Salvador na loja Bocapiu.

 

Cerveja Cabruca, uma English IPA envasada na fábrica da Aguste (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

 

 

 

 

 

 

MinduBier inaugura fábrica na Bahia

 

Panorama da fábrica da Mindu Bier, em Lauro de Freitas. Fonte: MinduBier/Arquivo

A cervejaria soteropolitana MinduBier inaugurou no início deste ano sua fábrica em Lauro de Freitas, município da região metropolitana de Salvador que é conhecido por ser o locus de algumas cervejarias baianas. A fábrica da Mindu funciona onde estavam as instalações da cervejaria Pótus, que foi desativada recentemente.

MinduIPA, carro-chefe da cervejaria Mindu.

“As nossas cervejas de linha serão todas produzidas todas aqui, com o envase feito em garrafa e barril. Então a MinduPils, MinduIPA, MinduSummer e uma APA, que ainda lançaremos, serão feitas na fábrica de Lauro de Freitas”, disse o empresário André Mendonça, sócio da MinduBier. “Sobre MinduAPA ainda não tenho tantos detalhes, só desenvolvi a receita, mas a ideia é que faça sim parte do cardápio fixo, junto com a MinduPils, MinduIPA e MinduSummer”, disse o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins. “Acabamos de lançar também a Mindu2022. A ideia com a fábrica é melhorar o controle dos processos e qualidade do produto, bem como ampliar o mercado e oferecer ao cliente um cardápio mais completo, com rótulos de linha, bem como rótulos sazonais”, complementou Martins.

Com André Mendonça, sócio da MinduBier.

Ter uma fábrica instalada na região metropolitana de Salvador pode ser um bom negócio para os apreciadores de cerveja artesanal e fãs da MinduBier. Com a cerveja sendo produzida e envazada por aqui, os custos tendem a diminuir e o preço final para o consumidor fatalmente será menor. Além disso, a cerveja chegará mais fresca para consumo, uma vez que diminuirão eventuais desgastes de armazenamento e transporte.

No copo a Mindu 2022, lançamento da MinduBier

“O nosso objetivo com esta fábrica é atender a nossa praça, oferendo cervejas mais frescas para nossos clientes da região metropolitana de Salvador. Os nossos rótulos envasados em lata continuarão sendo produzidos na cervejaria Dádiva (SP), incluindo sazonais e outros de linha, como as colaborativas NBS (colab com Bardo Bier), Salted Caramel Peanut Cake (colab com a 5 Elementos), dentre outras”, explicou André. “Daremos sequencia à série Biomas, lançando em breve o terceiro rótulo com Maracujá e Baunilha. A nossa parceria com a Dádiva continua”, complementou Mendonça. A fábrica ocupa uma área de 400 m2. A capacidade instalada da fábrica é de 9.000 litros. Possui cozinha tribloco de 1000 litros. Ainda para este ano, está sendo preparada a inauguração da TapRoom da Mindu, que funcionará anexo à fabrica. “No momento, estamos resolvendo questões técnicas para atender nossos parceiros com a excelência que sempre buscamos. A fábrica em breve estará aberta para produções ciganas”, finalizou Gustavo.

Prova da nova leva da MinduIPA na Vitrine da Cerveja.

Adeus ano velho: Meu top-10 de cervejas em 2021

Ao final de cada ano, como de praxe, publico aqui no Blog Lupulado uma lista com as dez melhores cervejas que provei nos últimos 12 meses. Um dos critérios de escolha permanece imperativo: O rótulo pode até ter sido lançado em outro período, mas a minha primeira degustação deve ter acontecido no ano em questão (confira outros critérios de 2020, que segui para eleição em 2021) . No meu ponto de vista, o ano de 2021 foi pior que 2020 em face do agravamento da Pandemia da Covid-19 e do negacionismo de parte dos nossos governantes. Por exemplo, a partir de março do ano passado os números de casos e mortes causados pela doença aumentaram vertiginosamente, chegando à picos de 5 mil mortes diárias no Brasil. O resultado foi aumentar o isolamento social em 2021. Na prática só voltei a circular pela cidade a partir de agosto do ano passado, quando tomei a segunda dose da vacina. Em setembro fiz minha primeira viagem depois de meses. Os bares foram obrigados novamente a suspender suas atividades presenciais de março a junho de 2020 e os eventos de cerveja artesanal em Salvador só foram retomados a partir de dezembro passado.

No Mercy: Colab entre Dogma e Spartacus, para mim a melhor cerveja que provei em 2021.

Portanto, da mesma forma que em 2020, no ano passado eu bebi predominantemente em casa, usando os serviços de delivery dos PDVs. Eu acabei também bebendo mais: Segundo meu relatório anual do untapdd, foram 1460 check-ins em 2021. Por outro lado, variei pouco nos estilos e provei menos rótulos, uma vez que o consumo por growlers e latas não ajuda muito neste processo, ao contrário das torneiras, bootle- sharing (BS) e tasting menu, formas que tradicionalmente prefiro consumir cerveja artesanal nos bares e tap room.  Na minha lista de preferências em 2021, aparecem mais rótulos com lúpulos que resenhei recentemente aqui no Blog, como o Strata e o Zappa. Entretanto, preciso destacar outras strains que me agradaram bastante em 2021 e que eu não me recordava de ter experimentado em outros anos, como Talus, Lotus e Denali. A seguir, apresento minha lista dos 10 melhores rótulos que provei em 2021.

Ippadicted: Outra grande cerveja de 2021, que no rótulo estampa o rosto do blogueireiro referenciado nesta colar.

Começo destacando duas cervejas colaborativas da Dogma (São Paulo-SP). A primeira delas é a No Mercy, uma Double Hazy IPA feita em colab com a Cervejaria Spartacus (Juiz de Fora-MG), que apresenta perfil cítrico e resinoso, com um retrogosto sensacional de morango, utilizando um blend dos lúpulos Strata, Idaho Gem, El Dorado e Mosaic. A segunda é a Hazy IPA Ipaddicted, feita pela Dogma em colab com a cervejaria francesa La Superbe em referência ao blogueiro homônimo à cerveja. Traz um blend dos lúpulos Mosaic, Strata e Zappa, resultando em um perfil cítrico, com o dank do segundo lúpulo bem combinado às notas herbais do terceiro.

Com a Juicy IPA Breeze Blocks, cervejaria Everbrew (Santos-SP) apresenta um trabalho interessante combinando os lúpulos Strata e Nelson Sauvin, que proporciona um corpo sedoso e perfil dank, com notas de maracujá, pêra e uvas. Outra cerveja que se destacou no meu paladar em 2021 foi o Single Hop de Zappa da série Hop Attack, da cervejaria Satélite (São Paulo – SP).

Seguindo nesta linha de cervejas lupuladas, a cervejaria Tábuas (Campinas-SP) lançou a New England IPA Pétala, com um blend dos lúpulos Strata e Bravo, proporcionando um corpo aveludado com notas marcantes de maracujá e morango.

A cervejaria Spartacus (Juiz de Fora – MG) também nos brindou com a belíssima Hope, uma cerveja de visual turvo com muito maracujá e abacaxi no aroma e no sabor, fruto de combinação dos lúpulos Citra e Galaxy. O nome deste rótulo, por sua vez, estimula minha crença de que dias melhores virão em 2022.

Os rótulos das cervejarias baianas também marcam presença na minha lista de melhores de 2021. O grande destaque, para mim, foi a West Coast IPA Boonville, da cervejaria 3 Barcaças (Ilhéus-BA); uma WC bem raiz, cítrica e sequinha, com teor alcoólico moderado.

Outra cerveja que teve destaque no meu ano foi a NE APA da MinduBier (Salvador-BA), feita com os lúpulos Zappa, Comet e Centennial de Moxee, que integrou o projeto Brewing Love Project (confira a resenha dela aqui).

Um dos meus destaques de 2021 veio do exterior: Urban Fog, uma Hazy IPA colaborativa entre as cervejarias Mikkeller (Dinamarca) e Brewdog (Escócia), que proporciona notas frutadas bem marcantes, especialmente de toranja.

Por fim, já no apagar das luzes, nos últimos dias de dezembro eu provei The World is Changing, da Carioca Brewing (Rio de Janeiro-RJ), que definitivamente ganhou seu lugar fechando meu Top-10 de 2021. Uma NE IPA com blend dos lúpulos Strata, Lótus e Denale, que proporciona um perfil frutado, com presença marcante de morango e amargor bem agradável.

Este foi meu Top-10 de 2021! Como já disse, foi uma escolha difícil! Quais cervejas você incluiria nesta lista? Que o ano de 2022 seja melhor para todos nós!

O dia que me tornei aquilo que eu mais temia: Um bebedor de cervejas sem álcool

Na semana passada, resolvi experimentar as chamadas cervejas sem álcool. Este mercado, que já existe há algum tempo na Europa e nos Estados Unidos, vem ganhando corpo recentemente no Brasil. Na prática, a questão da nomenclatura “sem álcool”, “não alcoólica” ou “álcool zero” faz pouca diferença em nosso país, uma vez que a legislação vigente estabelece que cervejas com teor alcoólico de até 0,5% podem ser consideradas sem álcool. A primeira cerveja sem álcool produzida no Brasil foi a Kronenbier, em 1991, pela cervejaria Antártica. Em 2006 foi lançado o segundo rótulo em território nacional, a Liber,  pela Ambev. Outras marcas seguiram esta tendência, como a Itaipava,  Nova Schin, Heineken, Budweiser, etc.

Se antes este mercado ficava restrito às grandes cervejarias, nos últimos anos as cervejarias artesanais brasileiras começaram a olhar com mais carinho para o segmento das cervejas sem álcool. Em 2019, a Cervejaria Wals (MG), que foi adquirida pelo grupo AmBev, lançou a Session Citra sem álcool; a Roleta Russa, marca da Cervejaria Invicta (SP), apresentou a sua Easy IPA, com 0,4% de álcool; a Cervejaria Dádiva (SP) lançou a Golden Ale Sem Álcool.  O cervejeiro, Igor Veras (Na Tora/PE), destaca um obstáculo para a produção de cervejas sem álcool pelas microcervejarias. “Basicamente, são dois processos bem trabalhosos que podemos realizar na brassagem: um consiste na remoção do álcool, depois de produzido pela levedura, e outro que trabalha com interrupção da fermentação. Existe também um processo de filtração, que retira o sólido sobrando água e álcool; depois aquece para remover o álcool e mistura novamente com o que foi filtrado. Dá bastante trabalho, exige mais pessoal, equipamento e espaço; acaba sendo difícil para realizar este procedimento nas pequenas cervejarias e também no homebrew, que muitas vezes sofrem com estas limitações”, explicou Igor.

 

A ascensão do Sober Curious

Em janeiro deste ano, a revista Forbes publicou alguns dados sobre o crescimento do mercado de cervejas sem álcool; só nos Estados Unidos, o consumo registrou aumento de 38% em 2020. A Forbes apontou que esta deve ser também uma tendência das cervejarias artesanais, em 2021, nos EUA. O investimento no mercado de cervejas não-alcoólicas vem aumentando porque as questões sobre a saúde das pessoas ganharam o centro do debate no período da pandemia da COVID-19. Além disto, a cerveja sem álcool também pode se ajustar melhor ao nosso dia a dia, sobretudo nestes tempos de horários indefinidos por conta do home office.

A Jornalista Rubi Warrington, autora de Sober Curious – Fonte: www.rubywarrington.com

A matéria também faz referência a um estilo de vida, fundamentado no consumo de bebidas não alcoólicas, chamado “Sober Curious” (curioso sóbrio, em português). Este conceito foi proposto pela jornalista britânica Ruby Warrington em seu livro Sober Curious: The Blissful Sleep, Greater Focus, Limitless Presence, and Deep Connection Awaiting Us All on the Other Side of Alcohol. O  trabalho levanta algumas questões relativas ao consumo de bebidas não alcoólicas, por exemplo, como ser social e fazer conexões sem consumir álcool? Quando curtimos o prazer proporcionado por uma bebida, diz Ruby em seu livro, nós restauramos a nossa integridade e a paz interior sempre antes de beber. “Sober curious significa pensar em mim como uma pessoa sóbria, mas que não tem regras estabelecidas para não beber, pois justamente são essas regras que são feitas para serem quebradas”, argumenta a jornalista, ao longo do livro. “Sempre presumimos que uma pessoa teve problemas com álcool quando sabemos que ela parou de beber, o que nem sempre é verdade”, complementou.

Tá certo… e sobre a degustação?

Antes de começar a descrição das cervejas não alcoólicas que provei, gostaria de que esclarecer que ainda não pretendo me transformar na figura que dá título a este post: Um bebedor de cerveja sem álcool. Entretanto, considero importante experimentar os rótulos que este mercado pode nos entregar. O primeiro da minha linha de cervejas não alcoólicas foi a Heineken 0,0. A visual amarelo-palha e a espuma remetem à da Heineken tradicional. O aroma também é muito parecido, trazendo notas de pães típicas das lager. O sabor estabeleceu talvez a mais importante conexão entre a Heineken tradicional e a zero: Manteve a característica causada pelo efeito do lightstruck, provocado pela incidência de luz sobre a garrafa verde da cerveja, que causa aquele sabor “mofadinho” clássico da Heineken.

A segunda cerveja da degustação foi Golden Ale da Dádiva, que apresenta a graduação de 0,5% e assim pode ser classificada como não alcoólica, segundo a explicação feita no início deste post. Trata-se de uma cerveja bem maltada, com notas intensas de floral tanto no aroma quanto no sabor e baixo amargor (N/A IBU). Por fim, provei a Easy IPA da série Roleta Russa (cervejaria Imigração), que carrega em si várias características típicas do estilo India Pale, como a cor, espuma e aroma. Além disso, o sabor mais cítrico, com leve dulçor e medio amargor (30 IBU). Minha ordem de preferência ficou: Heineken 0,0, Easy IPA e Golden Ale. Estas cervejas podem ser encontradas facilmente em Salvador; a primeira eu comprei no mercado da pracinha, no meu bairro; as outras estão disponíveis nas lojas de cerveja artesanal da cidade, como Cerveja Salvador, Kombita e Vitrine da Cerveja.

A Hora do Strata: Saiba mais sobre o lúpulo que se tornou um dos mais apreciados no Brasil

#diáriodaquarentena

Faz um certo tempo que venho trabalhando na análise do lúpulo que mais me impressionou nos últimos meses: o Strata. Este insumo foi desenvolvido no estado americano de Oregon pela Indie Hops, em parceria com a Universidade do Estado de Oregon (Oregon State University – OSU). De modo geral, Strata é uma terminologia em inglês que faz referência às múltiplas camadas que podemos perceber em alguma coisa; na Geologia, por exemplo, refere-se à camada ou séries de camadas encontradas em uma rocha no solo; na Sociologia, serve para definir as castas ou níveis sociais (social strata). Na cultura cervejeira, o nome Strata foi introduzido para vislumbrar as camadas de aroma e sabor que a complexibilidade deste lúpulo pode criar.

Single Hop com Strata da cervejaria 4 Árvores.

Para escrever este post, em meio ao isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, passei cerca de 9 meses provando e estudando cervejas feitas com Strata. Em março de 2021, realizei uma entrevista com um dos fundadores da Indie Hops, Jim Sollberg, que me revelou outras particularidades deste lúpulo, além de algumas novidades para o Brasil. Foi impossível listar todos os rótulos com Strata que experimentei até o momento; a seguir, destaco algumas destas cervejas, intercaladas com depoimentos dados com exclusividade por Jim Solberg ao Blog Lupulado.

Da esquerda para direita: Jim Solberg, Roger Worthington e Matt Sage, da IndieHops. Criadores do lúpulo Strata. Fonte: IndieHops

Da origem ao lançamento: um hiato de quase dez anos

O surgimento do Strata remonta a 2009. Porém, este lúpulo só chegou ao mercado no final de 2018. No Brasil, a primeira cerveja que provei com Strata foi a Dank Therapy, da cervejaria Bold Brewing, em junho de 2020. Por que tanto tempo se passou entre a primeira safra do lúpulo e seu lançamento oficial?

Dank Therapy, da Bold Brewing: Juicy IPA com blend de Strata, Simcoe, Chinook e Columbus.

“A primeira safra do Strata foi de fato em 2009. Por causa de muitas temporadas que um lúpulo leva para se estabelecer, não tivemos outra colheita até 2012, quando começamos a avaliar o perfil da cerveja e o potencial de mercado do Strata. O resultado positivo foi imediato. Então avançamos para estágios que foram realizados nos viveiros em duas das nossas principais fazendas; isto significa que efetivamente plantamos nestes viveiros em 2013. Como em Oregon não temos colheita no mesmo ano do plantio, então só podemos colher nestes viveiros em 2014. Porém, esta colheita  nos deu lúpulos suficientes para fazer ‘brassagens piloto´ com alguns clientes, durante a primavera e o verão de 2014/15, que causaram novamente uma boa impressão sobre o potencial do Strata. Então decidimos ir logo para o último teste comercial: Plantamos em pequenos campos, que produziram a quantidade necessária de lúpulo para ser processada por nossas maquinas de colheita e secagem em larga escala, além do nosso próprio pellet mill. Plantamos em 2015 para colher em 2016. Isto foi suficiente para vendermos no mercado como uma espécie de ‘teste comercial’; novamente, o feedback foi altamente positivo, então nós decidimos plantar em campos comerciais com cerca de 80 acres, em 2017, e a nossa primeira colheita comercial foi em 2018”, explicou Jim. “O lançamento oficial do Strata foi durante o outono de 2018. O processo leva muito tempo, com certeza, mas é importante avaliar minuciosamente os lúpulos novos para entender suas características sensoriais e peculiaridades do seu cultivo ”, complementou.

Fragments of Time, da cervejaria Dogma: Juicy Double IPA com blend de Citra, Mosaic e Strata

A origem do Strata é bem inusitada. Jim revelou que tudo começou acidentalmente em um pequeno campo de plantação na Universidade do Estado de Oregon. “O Strata é fruto da combinação do lúpulo alemão Perle (mãe) e um pai que ainda desconhecemos. Nós costumamos trabalhar em parceria com Universidade do Estado de Oregon para realizar parte dos processos de criação e reprodução de plantas em nosso programa de desenvolvimento de lúpulo. Em 2009, havia um pequeno campo na OSU, que era usado para pesquisas com o lúpulo Perle. O nosso profissional responsável pela parte de melhoramento de plantas, Shaun Townsend, resolveu colher sementes de Perle abertas naquele campo, que haviam sido polinizadas, para cultiva-las e ver o que poderia ser obtido (neste caso, eles conseguiram obter o Strata). Naquele campo na OSU, existem muitas plantas “macho” experimentais e atualmente nós estamos realizando testes genéticos para saber qual delas polinizou o Strata; por enquanto, dizemos apenas que “foi o cara que chegou primeiro”, explicou o bem-humorado Jim.

Stratify, Juicy IPA Single Hop da cervejaria Croma.

Características sensoriais

Depois da primeira prova, percebi que outras cervejarias do Brasil começaram a utilizar o Strata nas suas brassagens, seja em um blend com outros lúpulos, a exemplo da já citada Dank Therapy e da Fragments of Time (cervejaria Dogma), ou em cervejas single hop, como a Stratify, da Croma, e a Strata, da cervejaria 4 Árvores. Dentre as principais características sensoriais do Strata, na minha experiência sobressaiu o aroma proeminente de frutas cítricas, especialmente maracujá, e o intenso perfil dank; evidentemente, a depender do estilo e de adjuntos utilizados na produção da cerveja, estes aspectos podem variar em maior ou menor grau. Para Jim Solberg, os principais aspectos sensoriais do Strata são “ uma deliciosa combinação de aromas e sabores frutados, que resultam nestas notas de maracujá que você percebeu, mas também inserem algo interessante de morango, combinados ao aroma doce e frutado de cannabis. Um de nossos clientes chama isto de rock concert cannabis, nós achamos uma ótima descrição! Serve bem para combinar o perfil frutado ao final limpo proporcionado no paladar. Isto é tão importante quanto o aspecto suave desses aromas e sabores do lúpulo. Eu acho que este é um fator um pouco oculto, mas quando você tem sabores e aromas que são mais suaves, em vez de intensos, você consegue algo que as pessoas definitivamente amam”.

Ostara da 4 Árvores: Uma American Pale Ale com os lúpulos Bravo e Strata.

Disponibilidade no Brasil e próximos lançamentos

Durante a nossa conversa, Jim falou também sobre a aceitação e distribuição do lúpulo Strata no Brasil. “Estamos muito felizes em saber que Strata foi bem recebido no Brasil, não somente porque isto expande nossos negócios, mas porque mostra que a cultura da cerveja artesanal está viva e funcionando no Brasil, e também se espalhando pelo mundo. Para atingir estes mercados em crescimento, nós da Indie Hops trabalhamos com distribuidores locais, que conhecem cada contexto e assim tornam-se aptos a representar da melhor maneira a qualidade dos nossos lúpulos, como o Strata”.

Double Vulture #1 da Cervejaria Abutres: Double NE IPA com blend de Strata, Bravo Gem e Amarillo

A empresa responsável pela distribuição do Strata no Brasil é HopsCompanyEu conversei com um dos sócios, Thiago Galbeno, que me explicou um pouco mais sobre a disponibilidade do Strata por aqui. “Selecionamos os lotes de Strata em conjunto com a Indie Hops, buscando sempre os lotes de maior destaque sensorial. O lúpulo viaja dos EUA até o Brasil em cadeia refrigerada. Por aqui, comercializamos o Strata nas embalagens originais de 5kg da Indie Hops. Enviamos para todo o  Brasil. Temos uma opção de frete aéreo que o cliente pode receber o produto em cerca de 2 horas, a depender do estado”, disse Galbeno.

Thiago Galbeno (esq.) e Eugênio Pretto da HopsCompany. Fonte: Thiago Galbeno

Para saber sobre como adquirir o lúpulo Srata, interessados/as podem contactar Thiago através do email vendas@hopscompany.com ou pelo WhatsApp 51 92000-9247. “No dia 18/03 chegou um lote novinho de Strata direto da IndieHops. Não vendemos apenas os lúpulos, o nosso serviço inclui também assistência para nossa clientela, explicando coisas, dirimindo dúvidas etc.”, complemento Galbeno, que foi cervejeiro na Cervejaria Perro Libre.

Abusto, NE IPA da Cervejaria Tábuas com os lúpulos Strata, Citra, Mosaic e Centennial.

Entretanto, ao acessar a lista de clientes de Strata no site da Hops Company, percebi que não constam cervejarias baianas na relação, isto é, ainda não existem rótulos da Bahia feitos com lúpulo Strata. Porém, o Blog lupulado apurou que cervejaria MinduBier assinou contrato com a HopsCompany para aquisição do Strata. “É verdade. Fechamos contrato com eles para fornecimento do Strata e outros lúpulos bem bacanas da fazenda dos EUA. Acredito que ainda neste ano lançaremos alguma novidade”, confirmou o cervejeiro da MinduBier, Gustavo Martins.

Crystal Sequence, da Infected Brewing: blend de Strata, Comet e Columbus.

Para finalizar, Jim Solberg revelou informações sobre o próximos lançamentos da IndieHops. “O Strata estará disponível para as cervejarias por muitos anos. Desenvolver lúpulos de forma profissional é caro e leva tempo, então nós somente lançamos novos lúpulos no mercado quando estamos certos de que eles terão boa aceitação e longa vida comercial. Nós temos lúpulos novos em nossa linha de desenvolvimento atualmente. Lançaremos em breve um lúpulo que estamos chamando de IH033. Este lupulo foi criado especialmente para alimentar o mercado de cervejas lager. Trata-se um de lúpulo genuíno para o estilo, com baixo alfa-acido, bem “clean” para deixar sobressair aromas e sabores da fermentação e do malte, para então finalizar a cerveja com características frutadas e florais do lúpulo, como lascas de limão, grama seca e flores silvestres. O IH033 traz ainda um toque sutil de canela picante no final, que limpa o paladar e convida para mais um gole. Muitas cervejas interessantes utilizam este lúpulo, que deixa o amargor próximo do 20 IBUs e a lupulagem pode ocorrer no whirlpool e no dry hopping. Continua nobre e clássico como os Bavarian lager hops, mas a caraterística spicy/grassy é reduzida e realocada com mais frutado e floral. Nosso parceiro HopsCompany terá este lúpulo em breve para introduzi-lo no Brasil”, concluiu Jim. Algumas cervejas brasileiras feitas com Strata podem ser encontradas nas lojas especializadas de Salvador, como Vitrine da Cerveja, Kombita, Cerveja Salvador, Chopp Shopp, dentre outras.

EverDank, da Cervejaria Everbrew.