Dobradinha: cerveja do mês e inauguração de BrewPub

A Doutorado do Chopp, cervejaria localizada em Petrolina – PE, inaugurou no último final de semana seu BrewPub. Além de ampliar o repertório de alternativas para os amantes de cerveja artesanal no Vale do São Francisco, a cervejaria passa a oferecer serviços de growler station e taphouse para os  consumidores da região. Paralelamente ao evento, o blog Lupulado elegeu a cerveja do mês do novembro: a Doctor APA.

Três quadros do ambiente interno da BrewPub da Doutorado do Chopp.

Na inauguração, o BrewPub funcionou com quatro torneiras abertas ao público, que ofereciam três estilos da Doutrado do Chopp (Weiss, APA e IPA) e outro (lager) de uma cervejaria convidada, a Capunga (Paulista-PE).

Tap wall da Doutorado do Chopp.

Cervejeiros do Vale do São Francisco marcando presença: PJ (Old Chico), Wal (Maribondo Sam), Vânia (Buquê de Mandacaru) e Luise (Chiochetta Birrifício). Foto: Paulo Júnior (arquivo pessoal).

Os cervejeiros PJ (OLD Chico), Felipe Zoby (Maribondo Sam), ao centro; Igor e Rodrigo (Doutorado do Chopp), nas laterais. Foto: Paulo Júnior (arquivo pessoal).

“Em breve estaremos operando com 8 ou 12 torneiras, sempre abrindo espaço para cervejarias convidadas. O cliente pode vir até aqui durante a semana, em horário comercial, e aos sábados, pela manhã, que estaremos funcionando para abastecer ou despachar growlers (neste caso, o cervejeiro pode trazer seu próprio recipiente de vidro ou usar vasilhames de plástico que serão disponibilizados pela própria cervejaria). Nas noites de quinta, sexta e sábado, oferecemos nossas cervejas em canecas acompanhadas de opções para harmonização, como burgers e espetinhos”, disse Rodrigo Videres, um dos cervejeiros da Doutorado do Chopp.

Visual da área externa.

O BrewPub funciona anexo à fábrica da Doutorado do Chopp, na avenida da Integração, 1554, em Petrolina. Dois espaços podem ser usados pelo público: o deck na área externa e o ambiente interno, que é climatizado. Os clientes podem também conhecer as instalações da fábrica, se assim desejarem.

Clientes aproveitam para conhecer a fábrica da Doutorado do Chopp.

Doctor APA: A Cerveja do Mês

Tradicionalmente, o blog Lupulado faz a indicação de uma cerveja especial por mês, levando em conta critérios como originalidade, sabor, aroma, localização, dentre outros. Faz tempo que pretendíamos explorar um dos rótulos da Doutorado do Chopp para esta seção. No mês de novembro, aproveitando a inauguração do BrewPub para provar o carro-chefe da cervejaria: a Doctor APA.

Doctor APA: explosão de aromas e sabor marcante.

A Doctor APA é uma cerveja no estilo American Pale Ale, que surgiu de um modo inusitado. “A ideia era fazer uma receita de APA para atender o público que não estava acostumado com a nossa IPA, mais encorpada e forte, figurando como uma espécie de ‘cerveja intermediária’. Quando fomos executar essa receita de APA pela primeira vez, não estávamos com fermento indicado; a única opção à mão era um fermento do tipo S-33. Como não tínhamos outra alternativa, pegamos este fermento e fizemos um jogo de temperatura  para compensar, que nos permitiu usar o insumo sem que os ésteres caracteríticos dele competissem com o aroma e amargor do lúpulo. É uma cerveja que tem boa saída, pois não é tão pesada como a IPA”, contou o cervejeiro da Doutorado do Chopp, Igor Veras Silani. No vídeo abaixo, Igor apresenta o carro- chefe da Doutorado do Chopp.

A cerveja é produzida com lúpulos bem aromáticos, como Mosaic e Cascade, apresentando ABV 5,6% e IBU 35. Justamente por conta deste IBU, a Doctor APA possui com amargor de médio para baixo. Apresenta aroma forte e marcante a partir de uma combinação entre cítrico e floral. Produz espuma densa e cremosa formada por bolhas finas, que se ajusta perfeitamente ao corpo opaco de cor âmbar. O resultado é uma cerveja bem refrescante, com aroma e paladar marcantes com notas citradas, além de leve retrogosto que remete às frutas cítricas. A Doctor APA pode ser encontrada nas torneiras do BrewPub da Doutorado do Chopp, ou na fábrica em barril e garrafa.

Alguns dos cervejeiros da Doutorado do Chopp, de camisa escura (esq. para dir.): Igor, Danilo e Rodrigo.

Trapistinha do Sertão

A “Cerveja do Mês” de novembro escolhida pelo Lupulado é um dos rótulos mais interessantes produzidos no Vale do São Francisco. A Padim Cicerista é uma criação da Maribondo Sam, cervejaria artesanal localizada em Petrolina, que foi inspirada nas famosas cervejas Trapistas. “A receita foi elaborada em 2017 e a nossa intenção era de fato se aproximar o máximo possível das Trappistes Roquefort 8, que é uma das nossas preferidas. A ideia da Padim Cicerista veio exatamente por conta da impossibilidade de usar o nome Trapista; assim, criamos Cicerista para fazer uma referência ao Padre Cícero, um ícone no nordeste brasileiro”, disse o cervejeiro da Maribondo Sam Waldner Maribondo.

Padim Cicerista da Maribondo Sam (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

Como é sabido, a origem do nome Trapista remonta ao ano de 1662; a expressão surgiu no mosteiro cisterciense de Nôtre-Dame de La Trappe, na França, pela mão de Armand-Jean Le Bouthillier de Rancé, fundador da Ordem Trappista ou Ordem Cisterciense. Estas cervejas, essencialmente, passam por um rígido processo de produção e controle nos mosteiros da ordem trapista. Em 1997, a International Trappist Association (ITA) foi criada para supervisionar a produção dessas cervejas; atualmente, apenas onze mosteiros no mundo, sendo seis deles localizados na Bélgica, podem produzir cervejas consideradas trapistas.

“As cervejas Trapistas são produzidas pela Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO). Podem ser brassadas apenas pelos Monges Trapistas, como se fossem uma ‘Denominação de Origem Controlada’, para fazer analogia à classificação dos vinhos. Por isso rotulamos nossa Padim Cicerista como sendo Cerveja de Abadia em vez de Trapista, pois é produzida fora das dependências de um mosteiro pertencente à OCSO. Na descrição informamos que é uma cerveja no tipo Trappist apenas para facilitar a identificação do público, visto que esta classificação é mais conhecida que a outra.”, destacou Felipe Zoby, outro cervejeiro na Maribondo Sam.

Os segredos da Padim

A análise sensorial da Padim Cicerista foi realizada em dois momentos distintos. No primeiro, provamos apenas a cerveja. No segundo, feito alguns dias depois, harmonizamos a Padim Cicerista com carne de Bode e um mix de queijos artesanais da Serra da Canastra, composto por quatro estilos: prato, parmesão, roquefort e reino. Logo após degustar a cerveja, provamos a trapista Orval para fazer uma comparação entre a cerveja da Abadia feita no semiárido brasileiro e uma clássica trapista belga.

Harmonização da Padim Cicerista com mix de queijos. (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

Nesta análise, a Padim Cicerista apresentou corpo marrom opaco, espuma fina e aroma caramelado, tostado e frutado, dotado de frutas secas como passas e ameixa, além de sabor suavemente adocicado proveniente da adição de Candy Sugar. A cerveja é classificada como estilo Belgian Dark Strong Ale e possui IBU 30 e ABV 8%. “Na primeira receita, tentamos fazer nosso próprio Candy Sugar, caramelizando açúcar lentamente. Hoje, compramos Candy Sugar belga (açúcar de beterraba em forma de cristais)”, afirmou Zoby.

Harmonização da Orval com mix de queijo e carne de bode. (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

O final doce e o aroma frutado, somados ao baixo amargor de 30 IBU, fazem da Padim uma excelente pedida para regiões de clima quente como o semiárido. A carne de bode acrescentou mais um toque sertanejo ao paladar, enquanto os queijos remeteram à harmonização clássica com cervejas trapistas.

Copo com a Padim Cicerista (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

Logos após terminar a garrafa da Padim, passamos à prova da Orval, uma das trapistas mais famosas. Esta Orval apresentou o tradicional sabor seco, diferente da Padim Cicerista, e a carbonatação que lhe é peculiar, bem acima da cerveja sertaneja. Por outro lado, a coloração marrom opaco da Orval e a espuma formada por bolhas, mesmo que mais densa, criou uma relação de proximidade com a Padim. “Já dizia a velha máxima: Toda Cerveja Trapista é de Abadia, mas nem toda cerveja de Abadia é Trapista”, enfatizou Zoby. “É importante esclarecer que Abadia ou Trapista não são estilos de cerveja, mas uma denominação de acordo com a tradição cervejeira oriunda dos monastérios. A Orval, uma das melhores Trapista do mundo, é do estilo Belgian Specialty Ale, enquanto a Padim é do estilo Belgian Dark Strong Ale. Nossas referências são a Trappistes Rochefort 8 e a Chimay Blue“,finalizou.

Copo com a Orval (Foto: Luiz Adolfo Andrade)

A Maribondo Sam é uma das cervejas confirmadas para II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco. A Padim Cicerista, no entanto, não estará disponível no evento. Elas podem ser adquiridas sob encomenda através de direct message pelo Instagram da Maribondo Sam.

II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco

Restam poucos dias para a segunda edição do Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco. O evento acontecerá na Chácara Milenium (Estrada das Pedrinhas, Km 2, próximo da Vila Vitória) no dia 17 de novembro a partir das 13 h. No total, 34 cervejeiros da região estarão oferecendo suas criações no sistema “torneiras abertas”: O ingresso dá direito a uma caneca especial e o participante pode se servir à vontade. Até agora foram inscritos 27 rótulos de 22 estilos diferentes de cerveja; no final, o público escolherá os três melhores rótulos servidos no Festival.

A maioria das cervejarias locais já confirmou presença no evento, como a Vale Brewer, Carranca Chapada, Na Tora HmB, Old Chico, Maribondo Sam, Apache’s Beer, Quimera, Number´s Beer, dentre outras. “Além de promover a união entre os cervejeiros da região, este festival é também uma oportunidade para provar vários estilos de cerveja produzidos no Vale do São Francisco. Também é um momento ímpar de interação, no qual o público pode trocar experiências diretamente com o cervejeiro sobre as especificidades de cada rótulo. Este festival oferece a chance de fugir do habitual, colocando o público em contato com receitas não muito comuns, por exemplo, cervejas com adição de frutas, baunilha e até melaço de algaroba”, disse o cervejeiro na Apache’s Beer, Rômulo Bezerra que é um dos organizadores do Festival.

Rômulo Bezerra, cervejeiro na Apache’s Beer. Foto: Luiz Adolfo Andrade

Para Rômulo, a grande novidade na edição deste ano é o maior engajamento de mulheres cervejeiras. “Além da confraria Puro Is`Malte, formada somente por mulheres, esposas de amigos cervejeiros foram pegando gosto pela arte de fazer cerveja e vão levar rótulos próprios para degustação no evento”, revelou.  O petrolinense Thiago Almeida esteve na primeira edição do festival realizada em outubro do ano passado e destacou como ponto alto naquela ocasião o acesso do público às cervejas . “O sistema que eles fizeram para servir as cervejas foi bem organizado, facilitou bastante a circulação do público, bem como a distribuição dos stands das cervejarias que ficaram lado a lado no espaço da chácara. Já fui em outros festivais em Salvador, nos quais foi muito mais complicado para a gente conseguir circular e se servir”, disse Almeida.

Cervejeiros do Vale do São Francisco interagem com público na primeira edição do Festival. Fonte: Rômulo Bezerra/Fotos: Kaio Cads.

O Festival de Cervejas Artesanais do Vale do São Francisco surgiu com o intuito de arrecadar fundos para investir na capacitação dos cervejeiros da região. “A ideia é trazer para cá cursos importantes para atualização profissional do cervejeiro, que são comumente ofertados de forma mais ostensiva nas capitais. Ano passado, o sucesso do festival superou as expectativas e a arrecadação permitiu que a gente trouxesse dois cursos de formação para o Vale”, destacou Rômulo, que confirmou o interesse na realização da terceira edição do festival em 2019 e a criação de uma agenda de eventos para cervejeiros no Vale do São Francisco. “Com certeza o Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco é um evento que vai pegar no calendário da região, a exemplo de outros que caíram no gosto do público, como o Moto Chico”, complementou Thiago Almeida.

Público cervejeiro vai ao delírio na primeira edição do Festival. Fonte Rômulo Bezerra/ Foto: Kaio Cads.

Para harmonização com os rótulos no II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco, algumas opções de foodtrucks e bikes já estão confirmadas, dentre elas Beer Side (hambúrguer artesanal), Rock Dog (cachorro-quente gourmet), Empadaria do Vale (empadas e tartaletes gourmet) e Vanzo’s (espetinhos, drinks alcoólicos e não alcoólicos). As bandas Dubaia e Classic Rock Club Band fazem o som para embalar os goles. Os ingressos custam 100 reais (primeiro lote) e podem ser adquiridos no St Anthony Beer & Burgers, Beer Side , Vanzo’s Beer e no Rock Dog. O II Festival de Cerveja Artesanal do Vale do São Francisco é promovido de forma independente pelos Cervejeiros do Vale, com patrocínio da Sanauto Peças e Serviços e apoio da Pulp Audiovisual e Conteúdo, Petro Hop, St. Anthony, Beer & Burgers, Rock Dog e Acerva-PE.

Alpha Bier Festival

Aconteceu na última sexta-feira (26) a 2a Edição do Alpha Bier Festival sediado no condomínio Terras Alphaville em Petrolina – PE. Realizado pelo segundo ano seguido e com sua terceira edição em planejamento, este festival vem contribuir para o crescimento do cenário cervejeiro da região, que já conta com eventos tradicionais como o Oktober Fest da Haus Bier, o Festival de Cervejeiros do Vale do São Francisco, dentre outros.

Moradores do AlphaVille em Petrolina e convidados prestigiam evento

Moradores do AlphaVille em Petrolina e convidados prestigiam a segunda edição do Alpha Bier Festival.

Neste ano, o Alpha Bier Festival reuniu associados do condomínio, seus familiares, convidados, mestres cervejeiros e apreciadores de cerveja artesanal.  Para harmonização, a hamburgueria 961 ofereceu cinco opções de burgers e o som ficou por contra da atração local “Temir e Banda”. A Vintage Tattoo e Barber Shop disponibilizou aos presentes serviço gratuito de barbearia além de realizar agendamento de outros, por exemplo de tatuador. “É o primeiro condomínio na região a fazer um festival assim. Um dos objetivos é familiarizar o público, neste caso os associados do Alphaville e convidados, com a cultura da cerveja artesanal”, disse o cervejeiro da Maribondo Sam Felipe Zoby.

Os cervejeiros da Maribondo Sam Felipe Zoby e Wal Maribondo (esq.).

Três cervejarias do Vale do São Francisco estiveram presentes, cada uma disponibilizando rótulos na torneira e em garrafa. A Na Tora HmB apresentou a witbier Chacrett (torneira) e a Demônia (garrafa). A cervejaria Doutorado do Chopp levou em garrafa seus quatro rótulos tradicionais – Weiss, Session, APA e IPA – sendo que o primeiro e o último também estavam disponíveis na torneira.

Da direita para esquerda: Lucyo e Rodrigo (Doutorado do Chopp), Ricardo (Du Pappi) e Caio.

A Maribondo Sam disponibilizou nas torneiras os estilos blonde ale “Alpha Blonde” e weiss com gengibre; na garrafa, ofereceu as cervejas Maribondo APA e IPA, além da trappist Padim Cicerista. “Procuramos mesclar a oferta trazendo estilos como IPA e APA, para satisfazer um público mais exigente, e outros mais leves, procurando atender justamente a parcela que não tem tanto hábito de consumir cerveja artesanal, mas aprecia regularmente as opções industriais servidas na maioria dos bares da região. Desta maneira, realizar um festival dentro de um condomínio é também uma forma de estimular os cervejeiros da região a produzir visando o público ainda sem tanto conhecimento da cultura cervejeira”, complementou Zoby.

Rômulo (dir.), cervejeiro na Apache Beer, ajuda o público na escolha dos rótulos.

Para o publicitário do Terras Alphaville, Yuri Leite, a segunda edição do Alpha Bier Festival é mais um evento dentre outros que ocorrem regularmente no condomínio. “Percebi que vários dos nossos associados eram cervejeiros; houve portanto o interesse mútuo de realizar o nosso próprio festival. A rede Alphaville no Brasil tem a preocupação de criar eventos voltados para o bem-estar de nossos associados”, destacou Leite.

Chapa quente: Hambúrgueres fazem harmonização com as cervejas artesanais

A associada Rosângela Jacó disse que o festival é muito interessante para complementar o lazer do morador. “Aqui já temos outros eventos, mas uma situação como esta é muito legal pois estimula uma interação entre os moradores”, destacou Rosângela. Para outro associado, Luiz Roma, “um evento como este, além de contribuir para nosso bem-estar, fortalece o sentido de comunidade, de companheirismo, algo que tem sido perdido hoje em dia”.

Os organizadores do Alpha Bier Festival informaram que entre 250 e 300 pessoas compareceram ao evento, consumindo cerca de 250 litros de cerveja. A terceira edição do Festival, ainda sem data oficial, deverá acontecer no primeiro semestre de 2019.

Fábrica da Doutorado do Chopp abre portas e torneiras

Em 2012, um grupo de amigos apreciadores de bons rótulos começou a pesquisar sobre como produzir cerveja de forma artesanal no Vale do São Francisco. O hobby foi conquistando mais adeptos até que nasceu uma confraria chamada Doutorado do Chopp. A partir a divulgação feita por familiares e conhecidos, vieram os pedidos para comercialização e com isso a necessidade de criar uma microcervejaria. “No começo éramos um grupo de amigos, todos médicos, daí surgiu o nome Doutorado do Chopp. Com o tempo, alguns membros entraram e outros saíram. Atualmente somos em cinco, três médicos e dois engenheiros”, conta Lúcyo Diniz, um dos sócios.

Os cervejeiros da Doutorado do Chopp (da esq. para dir.): Danilo, Marcelo, Rodrigo, Igor e Lúcyo.

Nesta semana, a Doutorado do Chopp deu mais um passo importante em sua trajetória. A microcervejaria, que até então só comercializava cerveja por meio de delivery ou vendas em pontos específicos, abriu as portas da sua fábrica em Petrolina (PE) para os apreciadores de cerveja artesanal experimentarem seus rótulos direto na fonte. Ainda de acordo com Diniz, a ideia deste evento foi um meio de chamar a atenção dos consumidores da região, deixando a marca ainda mais visível. O cervejeiro revelou também que, futuramente, o objetivo é que o lugar funcione como um food park nos finais de semana.

Público presente ao evento de inauguração da Doutorado do Chopp.

A microcervejaria dispõe de capacidade para produção de 1.500 litros. No evento de abertura, o serviço funcionou como uma espécie de “rodízio de cerveja”. Pagando valor individual, os clientes receberam uma caneca personalizada para experimentar à vontade os quatro estilos produzidos pela Doutorado do Chopp – Weiss, Session, APA e IPA. Aproximadamente 200 pessoas compareceram à inauguração da fábrica, consumindo cerca de 300 litros de cerveja distribuídos igualmente entre os estilos.

Outro panorama do público no evento de inauguração da Doutorado do Chopp.

Segundo outro cervejeiro da Doutorado do Chopp, Igor Silani, os dois primeiros estilos (weiss e session) são mais convencionais e buscam atrair o consumidor que está acostumado com a cerveja mainstreaming do mercado; já os estilos APA e IPA são voltados para o consumidor mais seleto e exigente. “Estes rótulos são mais lupulados e aromáticos, são as grandes apostas da casa”, concluiu Silani.

Instalações da microcervejaria Doutorado do Chopp

Os presentes aprovaram a iniciativa da Doutorado do Chopp. Para a engenheira ambiental Luise Chiochetta, a cidade precisava de um ambiente diferenciado. “Não é um espaço muito grande o que resulta em algo bem intimista e pela qualidade da cerveja eu acredito que será um grande sucesso”, disse.

De acordo com a universitária Tatiane Schmidt, o sistema de torneiras abertas funcionou perfeitamente e os colaboradores trataram muito bem os clientes enquanto serviam as cervejas; o ambiente ficou bastante agradável sobretudo pelo nível do som e da localização. “Experimentei os rótulos APA e IPA, que estavam impecáveis em aroma e sabor; a caneca personalizada foi um diferencial”, finalizou Tatiane.

Caneca do evento com a Doctor IPA, carro chefe da Doutorado do Chopp. Foto: Luiz Adolfo Andrade.

A microcevejaria Doutorado do Chopp funciona na Av. da Integração, 1554, em Petrolina, Pernambuco. Depois do sucesso na inauguração da fábrica, os cervejeiros estão pensando em quais dias o espaço vai funcionar para degustação. Existe também o desejo pela manutenção do sistema de “torneiras abertas” pelo menos uma vez na semana.

*Texto e fotos: Nina Dourado.

**Edição e fotos: Luiz Adolfo Andrade.